"Esta cumplicidade é rara no Alentejo, até porque há mais dois pormenores a trabalhar para esta carência afectiva: não há tratamento por "tu" e as pessoas não se tocam. Nunca tinha pensado nisto, mas a verdade é que os alentejanos não se tocam. Estar ao pé de um homem do norte é estar sempre a levar com braços, cotovelos, encontrões, abraços..."
(Henrique Raposo, Alentejo Prometido, Lisboa: Fundação FMS, 2016, p. 29).
O livro é uma viagem pessoal do autor às suas raízes e tradições alentejanas.
Por que é que gerou tanta polémica?
Primeiro, por ser pessoal (e, portanto, não científico). Os críticos acreditam que a verdade é impessoal e igual para todos. Estão errados. A verdade, embora seja única e absoluta, é pessoal, é vista de maneira diferente por cada um. Deus, como qualquer pai de família, é o mesmo para todos os seus filhos, mas fala (revela-se) a cada um de maneira diferente.
Segundo, porque o autor foi às suas raízes e tradições. Para os críticos, que acreditam que se fizeram a si próprios, é um escândalo vir alguém dizer que cada um de nós é, em grande medida, o produto do meio em que nasceu. É essa a própria descoberta do autor ("Nunca tinha pensado nisto..."): uma pessoa não se faz a si própria. Fazem-na.
14 comentários:
Portanto, os neoliberais como o Raposo, ou ex-neoliberais como o Arroja, nunca tinham pensado naquilo que aquele barbudo adorador de Satanás disse há 150 anos: que é a existência social que determina a consciência e não o contrário. Ou dito de outra forma pelo mesmo satânico: os homens são um produto ou resultado das suas relações sociais e históricas. Só que afirmar isto, caros espiritualistas, é defender uma visão materialista da realidade. Cuidado, portanto, com essas descobertas tardias.
Tosco: olha aqui a existência social a inventar a genética.
Palermas
http://www.cocanha.com/o-que-e-que-os-frankenstoinos-vem-fazer-para-mertola/
«uma pessoa não se faz a si própria. Fazem-na».
Uma ideia muito apreciada pelo PA. Eu também concordo.
Tens que te explicar melhor, querida, e não ser tão telegráfica.
Porque se o que pretendes dizer é que a consciência e a existência social está determinada pelos genes, então o teu grau de palermice e idiotice é tão grande que nem percebes que estás a defender um materialismo e determinismo ainda mais radical.
Se não sabes ler nem compreendes o que vem no link, nada a fazer. Vai cavar batatas
O que ali está escrito é básico- o Raposo não inventou nada. De tal modo não inventou que uma organização finlandesa já se tinha instalado no Alentejo para recolher dados genéticos que explicam as altíssimas percentagens de suicídio.
O suicídio no Alentejo não se explica com a imbecil da comuna Varela inventou- pela tal cartilha das "consequências materiais de vida".
A Science-Brain & Mind technological Research Centre”, uma instituição científica finlandesa que desenvolve estudos na área da neurofisiologia e da informática, acaba de assinar com a Câmara Municipal, o Clube Náutico e o Centro de Saúde de Mértola um memorando de colaboração para o desenvolvimento de um projecto de investigação científica sobre a actividade cerebral (EEG) e demografia naquele concelho alentejano.
Os trabalhos de investigação vão tornar-se extensivos a áreas tradicionais do conhecimento como é o caso da arqueologia e a etnografia, para observar as especificidades no campo da saúde pública na região de Mértola.
A instituição finlandesa pretende procurar caracterizar a actividade electrofisiológica cerebral (EEG) da população e as patologias e distúrbios que directamente se relacionam com esta actividade, no «momento de registo»…
…o estudo pretende aumentar e diversificar o foco de investigação científica quer dentro do âmbito nacional quer internacional.”
Isto não é "a minha opinião". São factos que na altura me alertaram.
É seguir este rasto e dar com as estatísticas de estudos genéticos que lhes fizeram
E mais a dizerem o mesmo e a apontarem o facto de não serem religiosos como ajuda para a mais alta taxa de suicídio no mundo
http://www.theportugalnews.com/news/view/798-15
Pois claro, como eu suspeitei o teu espiritualismo e anti-materialismo é tão palerma e tão idiota que depois reduzes o suicídio, os pensamentos suicidas e as crises existenciais ao determinismo e materialismo biológico e genético. Fantástico, cientoina!
Mas que boi que este cretino é.
Enfia o materialismo do chouriço onde mais precisas e cala-te porque ninguém veio com essa treta básica a não ser tu.
E nada disso tinha a ver com o assunto do post.
Imbecil que já no outro dia levaste uma coça com a propósito do Swift e não te chegou.
Tudo o que já foi escrito a propósito do suicídio no Alentejo confirma a conjugação dos 2 factores- a tradição ateia e a genética.
A imbecilidade do Marx nem vem ao caso, tanto mais que o Marx propõe um sistema idealista do "homem novo" nascido da luta de classes e isto nada tem a ver com o caso.
Dizer-se que são apontamentos pessoais e não científicos não faz preceder nem praxis e experiência sobre apriori ou o inverso. Podia ser científico partindo de apriori com verificação experimental.
Não é, por ser relato de mera recolha pessoal. Não há aqui treta de epistemologia alguma, a não ser para patapoufs que se acham gente por dizerem umas banalidades que se aprendem no secundário.
Ó querida, quanto mais ladras mais te enterras. Continuas a mostrar a tua ignorância e desonestidade intelectual, provavelmente genéticas (como diriam as cientoinas como tu).
Ès ignorante porque só dizes asneiras acerca do materialismo histórico que na tua cabeça passou a ser um idealismo. Vai estudar Filosofia como deve ser para perceberes as diferenças.
És intelectualmente desonesta porque o assunto do post era o de que "as pessoas não se fazem a si próprias mas são um produto do meio", que foi aquilo a que eu respondi, e depois tu é que vieste com a conversa da genética, o que faz de ti uma materialista inconsciente, ou, se quiseres, uma espiritualista idiota.
E querida estás a confundir-me com outro anónimo, porque a mim não me deste tareia nenhuma, mas que tens jeito para dares coças a ti mesmo, lá isso tens. Vê lá, toma cuidado, não te suicides! Perdão, não deixes que os teus genes determinem o teu suicídio!
http://dragoscopio.blogspot.pt/2015/02/o-cuco-de-hegel.html
http://dragoscopio.blogspot.pt/2015/02/o-estranho-caso-do-onanista-adultero.html
Não se fazem a si próprias- porque não são Deus. Para um materialista não há Deus, logo podem fazer-se a si próprias.
Para um liberal materialista, até se fazem- individualmente.
Para um marxista- são produto colectivo das leis da História que são leis como as da ciência e aí o gajo imitou de tal modo o Hegel que nem materialismo foi capaz de explicar.
Produto do meio- descrença religiosa.
Genética- o resto.
Imbecilidade da alimária marxista não atinge.
Enviar um comentário