04 março 2016

violência doméstica

É razoavelmente fácil acabar com um Papa - e, portanto, com o velho - quanto mais não seja assassinando-lhe o carácter (penso que o Papa Bento XVI foi, em parte vítima disto). É muito mais difícil acabar com a Igreja - e, portanto, com a mulher.

Aqui, para os seus inimigos, o melhor que se pode fazer é desgastá-la, depreciá-la, tirar-lhe importância na vida em sociedade.

Cristo só chamou homens ao seu apostolado, e alguns eram casados e com filhos. Nunca chamou mulheres. Um homem que, como Ele, defendia tanto a comunidade (de que a primeira e a mais básica é a família), não podia chamar mulheres. Sem homem, uma família pode manter-se. Sem mulher, não se mantém com certeza.

Por que é que isto é assim, por que é que, neste aspecto como em muitos outros, a mulher é diferente do homem? Porque sim, desígnio de Deus, que fez a mulher diferente do homem. A esta última afirmação alguns chamariam realismo católico.

Mas não poderá a mulher ser também padre (pastora, nas igrejas protestantes), e não terá Cristo praticado uma inaceitável discriminação contra as mulheres ao estabelecer uma tradição de que os padres (apóstolos) são apenas homens?

Ele, que era Deus, conhecia muito bem o que era um homem e uma mulher. Foi Ele que os fez. E acertou, não apenas quando deixou as mulheres junto dos filhos,  arrastando consigo apenas homens, como quando terá antecipado que as mulheres, embora podendo ser pregadoras, nunca iriam ser grandes pregadoras.

Na realidade, desde há cinco séculos que nas igrejas protestantes a pregação está também aberta às mulheres. Não se conhece uma mulher famosa pela sua pregação. Os únicos pregadores famosos continuam a ser homens, a começar pelos apóstolos de Cristo.

Como é que se depreciam as mulheres? Em primeiro lugar, atacando a instituição que lhes dá importância e autoridade (do latim auctoritas, fazer crescer) - a família.

Os casos de violência doméstica que, hoje em dia dominam uma certa comunicação social, são o mais recente ataque à família.



8 comentários:

zazie disse...

Esse fenómeno da "violência doméstica" onde entra tudo e que se dizia que era fruto do fascismo, também me intriga.

Cada vez mais emancipadas; cada vez mais lei; cada vez mais mortes.

Sendo que o que penso ser a grande mudança é esta violência ser já maior entre namorados que casados.

Uma pessoa amiga contou-me que um casal de profs teve de ir para tribunal para impedir um gaiato de continuar a bater na gaita deles de 16 anos- Vivem ambos em casa dos pais mas foi "violência familiar" prolongada.

A título de quê, se na cama, se no recreio e para que deixam, não sei.

Nunca conheci um único caso destes no tal de "facismo".

zazie disse...

na gaiata, gaita

eehhehe

Realmente, tanta loucura e tanta falta de vergonha na cara.

Era uma sova a cada um e acabava-se logo ali a "biolência"

":OP

zazie disse...

Ah, a explicação dela é que isto é fruto do "machismo" e daí doutrinarem na escola os males de todo o machismo.

Eu perguntei-lhe se no dito "machismo" também se incluía o facto de ser considerado essa coisa feia, um rapaz proteger uma rapariga, já que a igualdade de géneros impede tal discriminação.

Também lhe perguntei se achava que os rapazes que deixaram de andar à porrada entre eles, por ser feio e violento, deixarão depois de bater em meninas por ser mais fácil que enfrentar um matulão.

Ricciardi disse...

Parece-me que se trata apenas de maior publicidade. Não creio, portanto, que a violência tenha aumentado.
.
Mas creio que há um efeito interessante na publicidade. Incrementa os casos reais. É, digamos, um efeito incremental que se dá por efeitos da publicidade.
.
Penso que isto não está devidamente estudado, mas eu aposto que o incremento ou propensão para cometer certos crimes é maior se houver maior publicidade dos mesmos. Parece que dá ideias a quem não as teria se não fosse encharcado pelos meios de comunicação.
.
Rb

Ricciardi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Zazie: com aquela gai(a)ta deixou-me à nora uns dois minutos, até ver a emenda.
A comunicação anti-social é muito responsável por quase toda a criminologia actual porque a amplifica e difunde.
Não é o tema, mas leva lá. Um exemplo: boas sogras são aquelas que nunca dão razão ao filho mas à nora; ganham uma aliada para cuidar do filho.

marina disse...

mesmo que Cristo tivesse chamado as mulheres , elas não iam , não podiam. duvido que tivessem atá apetência por andar por aí a pregar . além disso , Cristo era homem , com uma serie de mulheres atrás , diriam que Ele tinha um harém , não uns apóstolos .
quanto a violência doméstica , é a primeira vez em séculos que os homens não dominam as mulheres através das regras e normas sociais é "normal" que percam a cabeça e usem a força física. é assim que ajustam conta com os outros homens :)
a comunicação social mete ideias na cabeça tonta das pessoas que já andam a cavilar no assunto : aquele matou-a , eu também mato ,cabra , sou muito macho :)

Pedro Sá disse...

Todo esse raciocínio é burguês e completamente fora do que ia na cabeça dos judeus da época de Cristo.

E por favor. Desde quando é que uma mulher precisa de família para ter importância e autoridade? Está a diminuir as mulheres sem margem para dúvidas.