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Esta introdução um pouco longa serve de enquadramento para uma notícia recente, oriunda do blogue portugalcontemporaneo.blogspot.pt e assinada por Pedro Arroja, que nos conta um filme de terror do nosso Estado e sobretudo deste novo governo.
Este economista dirige uma ação mecenática de edificação de uma nova ala pediátrica no Hospital de São João, no Porto, para substituir uma construção provisória feita de contentores metálicos.
Depois de muita burocracia, a obra iniciou-se em novembro passado para ficar paralisada a partir do mês seguinte, porque o hospital deixou de fazer o pouquíssimo que lhe cabia, que era desimpedir o espaço.
Pedro Arroja tentou insistentemente averiguar as causas desta mudança de comportamento, em várias instâncias, tendo recebido como resposta apenas silêncio. É natural associar estas alterações à substituição de governo entretanto ocorrida. Este executivo, tão lesto defensor das corporações públicas, tornou-se um inimigo do mecenato social, mesmo neste caso em que os beneficiários são crianças doentes.
É impossível isto ser mais chocante, quer por se atacarem este tipo de beneficiários, quer por se querer derrotar as mais saudáveis iniciativas da sociedade civil, para manter os cidadãos o mais possível escravos do Estado e seus agentes.
42 comentários:
Também fiquei impressionado com essa notícia.
Mas não devemos ficar revoltados, para tudo há uma (ou várias) explicação.
Curioso porque também tive algumas experiências um pouco semelhantes.
Verdade seja dita que o Professor Arroja é casmurro. Casmurro até ao absurdo.
D. Costa
Os comentadores residentes do "Portugal Contemporâneo" conhecem bem o Professor Arroja.
Nunca, mas mesmo nunca ele reconhece o erro.
Nunca vi ou li o Professor dizer: "...sim, eu estava errado"
D. Costa
PS - Por diversas razões Considero-me um comentador residente.
D. Costa
PS - A Zazie também...
Costumo dizer com a minha mulher que nunca me engano.
E as vezes até tenho razão...
D. Costa
Quer dizer. os comentadores fogem à questão e atiram-se às pessoas…
Francamente!
A obra "um lugar pró Joãozinho" é generosa.
Mas a generosidade funciona?
D. Costa
Não fujo à questão, nem me atiro às pessoas.
Nunca odeie ninguém na minha vida.
D.Costa
Confesso que a generosidade já me fez alguns amargos de boca (ou de consciência).
Por regra - regra subjectiva - detesto a pedinchice.
Se alguém me pede algo sem contrapartida é porque algo está errado, seja a pessoa seja o projecto.
D. Costa
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Peditório é um pouco aquele modelo de negócio sem concorrência.
Sei que posso parecer cruel mas vou explicar melhor.
D.Costa
Recentemente tive uma reunião com uma importante empresa nacional.
Dizia-me um director, depois de um longo discurso, "não temos concorrência...somos os melhores".
A minha resposta foi rápida:
"Acredito que sim mas se não tem concorrência há algo de errado com o seu modelo de negócio.
Obrigado mas não me serve..."
D. Costa
Mas voltando ao tema...
A minha pergunta fundamental é saber aquilo que nos faz ser generosos.
Entenda-se.
Generosidade = Dar algo sem retorno imediato ou sem contrapartida evidente.
A questão é antiga.
D. Costa
Deleuze, por exemplo, dizia que a diferença entre esquerda e direita estava precisamente aí.
Um tipo de direita emociona-se com o sofrimento do vizinho, mas é indiferente à morte de 10 mil crianças em África.
Pelo contrário um sujeito de esquerda é um cabrão com os vizinhos, amigos e família mas emociona-se com a morte de uma única criança num país distante.
Esquerda ou direita, dizia Deleuze, é uma questão de perspectiva. De linha do horizonte.
Olhamos para aquilo que está demasiado perto ou demasiado longe.
No resto somos humanos...ou cruéis...
D. Costa
Em termos religiosos ou teológicos a questão ainda será mais complicada.
Mas com a idade confesso que começo a ficar de acordo com Herman Melville, é preferível dormir ao lado de um canibal sóbrio do que um católico bêbado.
Não encontramos muita generosidade nos últimos...
D. Costa
Não vou dizer que o Professor Arroja é o exemplo católico de Melville.
Mas confesso que nunca encontrei nele um traço de generosidade.
Há um EGOTISMO extremo e quase doloroso em Pedro Arroja.
No limite sem piedade, sem generosidade, sem caridade.
Pela minha parte e nesse aspecto não o posso julgar, condenar, menos ainda redimir.
"L’inépuisable moi…" - Pedro Arroja
toujours et tout court.
D. Costa
Já vimos o Joãozinho nos noticiários, felizmente.
Eu também sou comentador residente aqui. Nem sequer sou da mesma área ideológica do PA, uma vez que a minha experiência de vida não me ensinou as mesmas lições. E é verdade que o PA nunca reconhece erros.
Mas não há erro nenhum nesta questão. 20 milhões de euros é um projecto megalómano? A sério? O Cristiano Ronaldo custou quase 100 milhões de euros. Há uns anos, caiu um F16 perto da base aérea de Monte Real - calcularam o prejuízo em 20 milhões de euros. Vão dar agora 17 milhões para calar os taxistas (coisa da qual discordo, mas que o PA defenderia, porque se trata de defender uma corporação, como numa família que protege os mais fracos.)
Sabem quem é o Bernardo Silva? O Benfica vendeu-o por 15 milhões. 0,75 Joãozinho.
20 milhões de euros são TROCOS. Dava para comprar 34 vezes o quadro de Domingos Sequeira. Aliás, proponho ao PA que contacte os Ismaelitas; eles devem estar numa de mostrar a boa face do Islão que não é sunita e com certeza também contribuirão para o Joãozinho.
O PA afrontou os lobis e as sensibilidades? Paciência! Também Tomé Feteira se queixava que Salazar não o deixa construir. E também eu me queixo que nenhum governo entenda que os recibos verdes não podem entregar ao Estado metade do que ganham, e portanto tenho que aplaudir este governo que vai mudar isso. Não tem nada a ver com esta situação vergonhosa, em que o governo tem que sair da frente, rapidamente!
D. Costa
Deixe de tomar o laxante. Há três graus de desarranjo intestinal: diarreia, soltura e caganeira. Cuide de si.
O comentário anterior foi escrito pelo D. Costa ou por um anónimo a dirigir-se ao D. Costa?
José Lopes da Silva, quanto é que já deu? E é voluntário na tal associação? Quanto é que já angariou? Como é possível terem lançado uma obra para a qual não existe nenhuma garantia de financiamento? Isto é de doidos. E vem o José dizer que vinte e tal milhões de euros são trocos, dando o exemplo do futebol. Ora, obrigadinho, ó amigo. Então arranje os tais trocos e menos conversa. Dá quem quer.
25 milhões. Num ano aumentou 5 milhões; em 6 passou para mais do dobro do previsto. A bronca é que para o Estado pagar, vão ter de fazer concurso público para a empreitada. As empresas contratadas foram-no a título particular.
Para o Estado pagar? Eles querem que o Estado saia da frente! :):). A desfaçatez é incrível. O PA e todos os responsáveis anteriores que se desemerdem agora, como se diz na minha terra.
O Museu Nacional de Arte Antiga também já copiou este "mecenato" marado.
Agora andam em peditório para "Pôr o Sequeira no Lugar Certo"
ehehe
Hoje vão dançar para o Lux para ajudar.
Vai dar buraco com direito a mais uma IPSS
As crianças precisam de estar muito mais anos em contentores para a coisa render...
Internamento de Neurocirurgia do Hospital São João deixa os contentores em 2016
20 milhões de euros são 2 euros a cada português, amigo anónimo. Não tenho problema nenhum em dar 2 euros - aliás, pela minha família, dou 10 euros. Você já deu 2 euros? A Zazie já foi trabalhar para ganhar 2 euros para dar ou prefere perder tempo nestas caixas de comentários?
O amigo anónimo conhece o projeto Bairro do Amor? Se não conhece, dou-lhe duas pistas: o Deleuze nunca falou nele, e não tem nada a ver com o Jorge Palma.
Cala-te imbecil.
Eu dou por obrigação ao Estado mensalmente e anualmente porque pago impostos.
Agora ainda andar a dar mais ao Estado em socialismo por voluntariado, que o dêem os morcões imbecis.
Nunca, em parte alguma, se viu um director de um hospital estatal inventar um peditório impossível para pagar obras no hospital.
Nunca! em parte alguma. Ele próprio o disse. E as obras são um luxo maior que a Festa Escolar e são para ser pagas por todos os portugueses.
Com a diferença que uns melros que se auto-inventaram "gestores do mecenato" conseguem ter o dinheiro a render e ainda direito a regalias fiscais por IPSS e os otários que deram o dinheiro têm apenas direito a enfiar o barrete.
Quem usa chantagem emocional com crianças é um merdas cuja vaidade desmedida é capaz de tudo.
Chamarem a este conto do vigário uma cena liberal que tira o Estado da frente é demagogia para alimentar estas alimárias que se boldam todas quando escrevem e que não passam de analfabrutos de hoolighans do FCP.
V.s sabem que não têm 25 milhões agora, como não tinham 14 há 6 anos nem vão ter 30 daqui a um ano.
Apenas andam com esta propaganda devido à panca bairrista de acharem que estão a dar uma banhada ao "Governo de Lisboa".
Só que o Governo é de todos os portugueses e os portugueses têm mais coisas para pagar que luxos faraónicos num hospital estatal.
Se era obra privada não precisavam de fazer ninho em hospital estatal.
Se é obra estatal, já podia ter usado os 80 milhões que tinham em 2008 para fazer a nova ala, sem ser uma cena faraónica única em Portugal e arredores.
Agora vigarizar dizendo que é uma coisa, quando afinal é outra, vai dar bronca e da grande e o primeiro responsável é esse médico que foi director e inventou a vigarice. O tal António Ferreiro demissionário de tudo, menos de vogal da IPSS.
António Ferreira.
Este melros são pagos para escreverem estas imbecilidades nos jornais e nem precisam de se informarem de nada. Inventam qualquer patranha para a usarem como tribalite partidária.
Entrevistem quem inventou isto no cinquentenário do hospital e entrevistem a trisneta do regicida que também alinhou na anormalidade, para se perceber qual era a deles.
E entrevistem o Vítor Baía e a Fundação Vítor Baía que também já andou com estes dinheiros.
E perguntem ao António Ferreira o que fez dos 4 milhões que veio dizer para os jornais que já tinham em 2010 e que agora se transformaram em 1 tendo o valor aumentado para mais do dobro
E perguntem como é que um director de hospital estatal pode andar a patrocinar coisas destas e quem foi o responsável pelos dinheiros arrecadados aos otários, durante estes últimos 7 anos.
E vai mais uma aposta que a cena do lugar para o sequeira é cópia chapada disto?
Eu estou como o D. Costa. Não acredito em fariseísmos. As pessoas querem sempre algo em troca, nem que seja por vaidade.
Dar, dou directamente ao que é próximo e conheço. Intermediários dispenso-os. Até o cretino da AMI fez negócio familiar da coisa para toda a famelga.
Agora este caso é ainda mais escabroso- é andar em peditório para o Estado.
Dar para luxos, nem para os meus; quanto mais alimentar os dos outros.
Isto é tara e da grande e parece que se espelha aqui a panca da megalomania tuga- ou é obra única no mundo, ou tem de ser contentor até se conseguir o luxo único para ficar para a posteridade.
José Lopes, com tanta farronca, deve conseguir dar mais do que 10 euros. Eu dou, se quiser. Tem é de perguntar ao PA onde estão os 25 milhões.
têm 500 mil euros disponíveis
Não preciso de perguntar ao PA onde estão os 25 milhões. Preciso que ele me indique o NIB.
Por falar em impostos, a região de Lisboa devia pagar uma contribuição extra a distribuir pela "província", que reflectisse as diferenças de rendimentos.
As diferenças devem sobrar para v.s
São os magnatas do país que nem precisam do Estado para levarem a cabo uma ideia tão sensata quanto esta: Tudo começou com uma simples e concisa ideia: construir o melhor Hospital Pediátrico do Mundo!
Têm 500 mil euros disponíveis para a obra, passado 7 anos de peditório e o custo vai nos 25 milhões.
São uns génios que deviam era pagar excedente IVA por tanto desbarato aritmético.
José Lopes, pelo que vejo, ainda não deu nada... está com alguma dificuldade em saber como é que há-de contribuir e essa dificuldade dura há anos?
Lol. Quer que lhe mande um extracto de conta?? Mando para onde??...
Em 95% das ocasiões eu não me importo nada que o meu interlocutor fique com a última palavra nas caixas de comentários. A minha intenção é participar no debate, não é sair como o galo que ficou por cima. Se não fosse nunca teria acompanhado este blog desde há tanto tempo. Se o outro não aceitar ou não responder aos meus argumentos, não faz mal.
Esta intervenção do D. Costa cai nos outros 5%, é tão absurda que apetece-me ficar aqui a acrescentar palermices para o D. Costa não pensar que ficou com a última palavra. Um modelo de negócio onde não há concorrência não funciona, diz ele. Lol. Acha que a Google tem concorrência na parte dos motores de pesquisa, desde há 15 anos?!
Ao menos a Zazie acrescentou argumentos mais razoáveis. Vem com insultos, claro, mas no caso dela não faz mal, vale pelo debate. Com certeza ela não imagina que eu fico melindrado ou irritado por ela me chamar imbecil. Só me dá é gozo.
Não sei se o Anónimo é o D. Costa, mas como o D. Costa não sabe fazer assinaturas, posso presumir o que me apetecer.
José Lopes, eu não quero nada de si. Você é que vem dizer que 25 milhões dá 2 euros por cada português. Ora, sendo assim, perguntava-lhe eu quanto é que já deu. Se veio dizer que quer o nib do PA, deduzi que ainda não deu nada.
Pois claro que não. Você, em vez de estar a perder o seu tempo e o seu meu, já tinha posto aí o NIB.
José Lopes, eu perco o tempo que quiser e isto está a dar-me um gozo tremendo. Quer que seja eu a dar-lhe o NIB do PA, é? Você, para dar dois euros, é muito complicado.
Mas acha que eu sou seu criado, para ir buscar o NIB?
LOL pronto, José Lopes termino aconselhando o mesmo que disse à zazie: já foi trabalhar para ganhar 2 euros para dar ou prefere perder tempo nestas caixas de comentários? over and out.
Já agora, vá preparar-me o jantar, também.
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