27 fevereiro 2016
O Alberto
A analogia entre o menino Jesus e uma criança adoptada por casais do mesmo sexo, à qual doravante, e por simplicidade, chamarei Alberto é pobre porque não é peculiar a estas duas crianças. Todos nós temos dois pais, o pai natural que nos concebeu, e o pai celestial, que nos criou, porque o primeiro não sabe fazer rins, fígados, cérebros, pénis ou vaginas.
Na realidade, em lugar de inspirar uma analogia única e distintiva entre o menino Jesus e o Betinho porque, na realidade, todas as crianças têm dois pais, aquilo que o cartaz faz é chamar a atenção para uma diferença que é única e distintiva entre o menino Jesus e o Betinho, e que é a seguinte. O menino Jesus tinha uma mãe, ao passo que o Betinho não tem uma mãe - o Betinho ou tem duas mães ou não tem nenhuma mãe.
E que diferenças farão em homens o menino Jesus e o Betinho, Cristo e o Alberto, o primeiro que foi criado por uma mãe, e o segundo que ou foi criado sem mãe, ou com duas mães?
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2 comentários:
A diferença está no rosa barbie do fundo.
Eu bem digo que toda a argumentação contra casamentos de homossexuais e adopção por casais homossexuais traz efeitos colaterais do lado heterossexual que são perigosíssimos.
Neste caso, onde é que ficam os filhos de viúvos? E os filhos de pais separados onde há ausência de um deles? Pois. É que toda a narrativa utilizada tem como consequência inevitável a defesa da proibição de separações existindo filhos. Mas nem isso poderia impedir a morte, portanto...
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