Se Cristo estivesse aqui (eu julgo que está), e lhe perguntássemos, o que pensa do cartaz, como é que ele reagiria?
Julgo que teria sorrido e permanecido em silêncio, talvez com um encolher de ombros.
O cartaz não é nada ofensivo. Exprime uma verdade evidente e absoluta - a de que não apenas Jesus, mas todas as crianças, têm dois pais.
Aquilo que talvez Cristo tivesse acrescentado, mas não estou nada certo, era uma parábola sobre as mães - ele só tinha uma, e nós todos só temos uma, as crianças adoptadas por casais dos mesmo sexo é que vão passar a ter duas, ou nenhuma.
Cristo nunca se queixou, mesmo se foi alvo de mentiras, ridicularizações, calúnias e acusações falsas. Nunca o vemos a queixar-se. É um dos traços impressionantes da sua personalidade. Um homem, que seja verdadeiramente um homem, não se queixa. Aguenta.
Há um momento, já perto da sua morte, em que ele parece desesperado, talvez por força do sofrimento, e pede ajuda ao Pai. Mas não é uma queixa. Em nenhum momento ele se queixa de quem o agride verbal ou fisicamente.
Então, por quê toda a esta agitação em torno do cartaz do BE? Porque a cultura que anda no ar manda que não se traga Deus para a esfera pública. Quem condenou o cartaz do BE foram políticos, a começar por figuras do próprio BE.
A Igreja Católica também não esteve inteiramente feliz, mas a Igreja Católica raramente é feliz quando se exprime em público sobre uma polémica ou se sente atacada. Só o Cardeal Patriarca mencionou a mãe de Jesus (e essa teria sido a direcção certa na reacção ao cartaz), mas talvez por ter sido apanhado de surpresa, não desenvolveu o argumento.
O cartaz não é nada ofensivo, só os políticos o condenam. As pessoas do povo, tanto quanto pude observar, parecem-me absolutamente indiferentes. Quantos aos outros, aqueles que vêem na figura de Cristo o símbolo do Bem, da Liberdade e da Civilização, só devem celebrá-lo. Ali está ele a fazer as primeiras páginas dos jornais, dois mil anos depois de ter vivido (primeiro sinal de que, em breve, voltará a ser popular outra vez?).
E, claro, o cartaz do BE com a figura de Cristo será o tema do meu comentário de amanhã no Porto Canal, e um comentário a propósito, já que em muitas das outras ocasiões, eu tenho lá metido Cristo, literalmente, a martelo. Eles tiram Cristo a martelo e eu meto Cristo a martelo. Amanhã Cristo entrará a propósito, cortesia do Bloco de Esquerda.
22 comentários:
"Há um momento, já perto da sua morte, em que ele parece desesperado, talvez por força do sofrimento, e pede ajuda ao Pai."
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Se Cristo, que é simultaneamente Deus e filho de Deus, pede ajuda ao Pai uns momentos antes de morrer (porque sabia que ia morrer), e até pede para que lhe retire esse cálice, é natural que as pessoas comuns, em estados terminais, também o peçam.
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A diferença é que Cristo sabia que precisava de sofrer e por isso rematou 'contudo, seja feita a Tua vontade'.
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Rb
pensaria que a seguir pretendem legalizar a poliandria e a adopção por 3 indivíduos , a modos de Deus , Maria e José.
O cartaz, como disse o Pedro Picoito num dos gozos mais conseguidos, só é ofensivo para o BE porque aquele fundo rosa é muito amaricado.
http://nadaodispoeaac.blogspot.pt/2016/02/aquele-fundo-rosa.html
Força Pedro Arroja!
Com os anos está a melhorar.
O cartaz nao me incomoda nada. Para mim até prova que os líderes do BE acreditam em Deus.
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Incomoda-me mais que se proponha legislar para a comunidade tendo as crenças por modelo. A tradição é outra estória que merece atenção do legislador.
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Uma coisa é um gajo admirar e ter por exemplo moral Jesus. Outra coisa é dar valor absoluto aos Credos e tentar impo-lo.
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As crenças não se discutem. Cristo nao se dicute. Jesus sim.
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Quando se discutem crenças dá asneira. Para os muçulmanos Jesus é um profeta. E até o colocam entre os sete profetas mais importantes. Mas negam que Jesus ou Maomet sejam Deus ou consubstanciais a Deus. Até consideram isso uma heresia. Os judeus acham Jesus um bom rabino. Negam que seja o Cristo.
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Os Cristãos nem sempre O consideraram divino ou consubstancial a Deus. Isso só foi deliberado uns 400 anos depois e com muita resistência dos bispos. Foi tanta a resistencia para O tornar consubstancial a Deus que o imperador Constantino teve de usar o seu poder para impor essa crença.
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Discutir com crentes é inútil. O que tenho eu a discutir com quem crê em Maomet, ou em Krishna, Mazda? Se é inútil discutir crenças alheias, também acho igualmente inútil discutir a minha própria crença. É coisa pessoal. Se várias pessoas tem a mesma crença torna-se comunitária e com o tempo Tradição. Não tem valor de Verdade. Tem valor de coabitação comunitária.
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Discutir crenças com crentes descrentes nessa crença gera conflitos desnecessários.
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Por exemplo, as esquerdas (que não não tem o Credo por norte) pretendem legislar a adopção gay e o argumento é o direito de igualdade de quem adopta. No lado contrário, os crentes crêm que é uma perversão aos olhos de Deus.
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Estão os dois errados. O que realmente se devia discutir é tão só, e simplesmente, a felicidade das crianças. Centrar a discussão nos interesses da criança e não nos interesses dos adoptantes ou na hipotética opinião de Deus.
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De resto, é desta forma que eu leio o exemplo de Cristo. Dá a sua opinião independentemente dos ditames judaicos onde foi criado e dos interesses instalados.
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Rb
E agora uma provocação: a maior parte dos 'católicos' envolvidos nestas discussões vestem a camisola cristã, qusl cruzados, circunstancialmente, como mero instrumento de oposição à ideologia política que não colhe a simpatia. É caso para dizer como Jesus disse várias vezes aos fariseus: hipócritas.
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Rb
suponho que a doida sou eu pois , por mais que me esforce , não consigo ver a associação entre o cartaz a a adopção gay :
1- José não era gay , que se saiba
2- Jesus vivia com Maria e José , casal dos antigos
3-todo adoptado tem 2 pais , o biológico e o adoptivo ; ainda que com a lei da adopção gay vá haver alguns com pai biológico e paimãe camionista , está certo.
4. os do Bloco de esterco acertaram completamente fora do alvo , o rei vai nuuuuu.
Enquanto lia um post do Pedro Arrajo fui fazendo um enredo. É inevitável. É o meu principal defeito e pelo qual aduzirei argumentos, se for caso disso, perante o Altissimo. Em todo caso tenho pena, antecipadamente, do diabo que me aturar nos infernos.
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Então, enquanto o lia fui imaginando o enredo do filme:
-o PA nasceu em Portugal. Foi criado pelos seus estimados pais, provavelmente por um casal de portugueses católicos. Terá casado pela Igreja. Terá recebido e proporcionado o baptismo a si e aos seus filhos. Despertou para o catolicismo porque terá recebido um dom, um milagre, que los hay, que o faz mover em jeito de retribuição.
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A meio do enredo, imaginei o protagonista noutra dimensão. E coloquei uma hipótese:
-Então e se o PA tivesse nascido no Irão, e se os pais dele o tivessem educado na fé islâmica?
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Como seriam os posts desse Pedro Arrojah imaginario?
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Provavelmente seriam escritos com um turbante na cabeça, intui. A figura de Cristo deixava de ser central e Maomet fazia-Lhe a vez. Em vez de colocar Cristo no debate, colocaria Maomet. Em vez de guardar e enaltecer a tradição católica, exaltaria a tradicao islâmica.
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Assim colocada a hipótese, talvez se perceba melhor onde a crença deve ser colocada. No coração de cada pessoa. A pessoa e a sua circunstância.
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Rb
A gayzice está no fundo rosa e na treta que eles vendem que de dois homens nasce gente.
ehehehhe
É literalmente isto. Eles apagam as mulheres de cena.
Quando se fala que alguém fez aquelas crianças (muitas delas sacadas à má-fila à conta da miséria) dizem que todo o adoptado é um abandonado.
Os hetero fazem mal às criancinhas e depois aparecem os gay no choco para só lhes fazerem bem porque gay e fufa já atingiu o estatuto de santidade na terra.
Pode-se tocar e gozar e perseguir tudo, excepto com a santidade LGBT.
E isto só foi retirado porque agora estão no Governo.
Cuidam-se para não voltarem ao táxi.
hipócritas são os fariseus como tu que te mascaras de cristão para dar uma ajudinha a ateus militantes marxistas.
PQP que já fede.
Sempre com a cena do "vejam como eu sou muito mais bonzinho e purinho que o publicano" até sou capaz de denunciar a falsa fé do publicano porque a minha é que é".
Os cabrões é que são hipócritas com tanto melindre a que apelidam logo de fobia e ódio se lhes tocar.
E são falsos porque sabem, como todo o comuna sabe, quem é o inimigo principal. São capazes de se aliarem a prots e islâmicos só para atingirem o "inimigo principal".
E tu, idem. Ès um fariseu marrano que te mascaras de tudo para vender socretinice xuxa e trampa ideológica da tua tribo.
Pareces tolinha moça.
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Anyway, mas não é só isso. Vou-te dar mais razões. Vê bem. Os travestis católicos (aqueles que vestem hiprocritamente a camisola, uma espécie de fariseus que não anuncia coisa boa) conhecem-se facilmente. Porquê?
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Porque em questões morais, contrárias aos dickates do partido ou ideologia, atacam a moral de Cristo. Sem dó nem piedade.
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Para não ir mais longe. São os beatinhos que se insurgem contra a adopção e simultaneamente tem prazer em fechar a porta a refugiados. Um prazer sórdido. Não discutem a felicidade das crianças a adoptar. Nem procuram perceber.
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Usam palavras que Cristo não disse acerca de adopção e eutanásia e rejeitam as palavras que Cristo efectivamente usou para o acolhimento dos estrangeiros. É estranho. Por aqui destapamos-lhes a careca. Em nome Dele dizem tudo e mais alguma coisa, mas são, enfim, canais secos.
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Rb
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PS. O Deus bíblico, por questões desta natureza (refugiados, estrangeiros a precisar de acolhimento) enviou um anjo a Sodoma, cidade que mal tratava estrangeiros. Aliás, tratava os emigrantes de forma sádica, além do apego à ganância. Por estes actos imorais foi destruída.
"São os beatinhos que se insurgem contra a adopção e simultaneamente tem prazer em fechar a porta a refugiados. Um prazer sórdido. Não discutem a felicidade das crianças a adoptar. Nem procuram perceber. "
Fontes?
Parece o Ricardo Lima do insurgente a falar
> Um homem, que seja verdadeiramente um homem, não se queixa. Aguenta.
Amen.
(É assim que pessoas teóricamente adultas descobrem que o pai era um homem de coragem, e percebem que ainda lhes falta crescer mais um pouco antes de ser a vez delas morrerem. Falando em geral, claro ;-)
Os hetero fazem mal às criancinhas e depois aparecem os gay no choco para só lhes fazerem bem porque gay e fufa já atingiu o estatuto de santidade na terra.
Bem, gays e fufas são apenas pessoas que gostam de ir para a cam com outras do mesmo sexo. Não são mais nem menos que o resto da humanidade. não são santos nem são diabos.
Rui Silva
Aí vai o link do Arroja no Porto Canal: http://portocanal.sapo.pt/um_video/u5wAiIoOy70jlOsmOevd/
Eu creio no que ele diz: que uma criança adoptada por duas mulheres ou não terá mãe ou terá duas para o dividir. Uma criança pode ser criada por 2, 3 ou 5 mulheres; não será novidade. Também não é novidade que vai ser um adulto indeciso porque cursou 2, 3 ou 5 universidades da Vida.
A questão central não é se a criança vai ser isto ou aquilo, indecisa ou não. Já sabemos qu, em teoria, criadas por um casal natural seria melhor. O equilíbrio das referências masculinas e femininas.
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Mas não é disso que se trata. Trata-se de perceber se, nos casos em que não são adoptados por ninguém, se nao seria melhor para a felicidade da criança ser adoptada por duas mães ou se, pelo contrário, são mais felizes se continuarem numa qualquer casa pia.
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A resposta a esta pergunta não se responde com comparações com o melhor dos mundos. Responde-se encontrando o melhor dos males.
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Em suma, se uma criança não encontra casal adoptivo tradicional, e se por hipótese há duas mães (casal) disponiveis, será preferível que a criança se perpetue na casa pia ou que seja adoptada pelas mães?
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Rb
Eu teria preferido, se tivesse sido o caso, ter sido adoptado por duas mães. Já não digo o mesmo se fossem dois melros. Esteticamente é-me deplorável.
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Crianças criadas exclusivamente por mulheres (mae e avó, mãe e tia etc) são aos milhões e crescem naturalmente sem perturbação alguma. E se tiveram maior insegurança... é a vida.
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Rb
Estive a ler as estisticas acerca da adopcao. E, de facto, existem 4 vezes mais pedidos do que crianças a adoptar. No entanto há um problema nesta estória. É que os adoptantes pretendem escolher, legitimamente, o tipo de criancas a adoptar. Parece que se não tiverem olhos claros e cabelos loiros a coisa torna-se dificil. O que faz com que, mesmo havendo mais potenciais adoptantes do q crianças, há uma chusma delas que nunca são adoptadas em tempo útil. E isso parece que lhes provoca distúrbios imensos. Ansiedade e infelicidade porque tem de passar por uma espécie de show room cujo resultado é a rejeição na maior parte das vezes.
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Estes são os problemas reais das crianças órfãs. Nao se resolve este problema aduzindo argumentos de perfeição, por contraste, do mundo perfeito.
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Rb
"Mas não é disso que se trata. Trata-se de perceber se, nos casos em que não são adoptados por ninguém, se nao seria melhor para a felicidade da criança ser adoptada por duas mães ou se, pelo contrário, são mais felizes se continuarem numa qualquer casa pia."
Casais heterossexuais tem prioridade como sugere?
Os homossexuais estão como ultima opção?
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