27 janeiro 2016

intolerável

Roma cubre sus estatuas desnudas para no perturbar a la delegación iraní

15 comentários:

Ricciardi disse...

Quando se está a fechar um negócio gigantesco com alguém mais vale prevenir do que remediar. Se eu sei que quem vai assinar comigo um contrato de milhares de milhões tem certos pluridos e salamaleques e é um estado religioso é provável que não queira que o moço fique incomodado com alguma coisinha.
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E pronto, ele sai contente, assina, e os italianos encaixam uma pipa de massa e volta tudo ao normal.
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Da mesma forma, se o Papa vier em visita a Portugal, as primeiras damas usam um véu. Até a Michele Obama usou. É sinal de respeito pelas diferenças.
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Rb

Ricciardi disse...

O pessoal das esquerdas extremas e o pessoal das direitas extremas nao gostam nada destas coisas. Uns rejeitam a diferença e acham que se deve tratar toda a gente por igual, outros acham-se superiores, em cultura e raça, e não concebem descer ao nível dos convidados.
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Rb

Luís Lavoura disse...

O Joaquim quando recebe visitas em casa também se veste com boa roupa e calça bons sapatos. Não anda em ceroulas e chinelos. Não é?

Luís Lavoura disse...

O Joaquim provavelmente seria adepto de que ao jantar lhe tivessem servido um prato de carne de porco. O homem ia-se embora a correr e o Joaquim ficava todo contente com a sua superioridade cultural. Até se podia alimentar dela.

Rui Alves disse...

Joaquim, concordo com o que dizem o Ricciardi e o Luís Lavoura: Numa palavra: realpolitik.

Joaquim disse...

Caros amigos,

Quando recebo visitas, a minha mulher não põe burka :-)

zazie disse...

E quem os mandou ir a um museu com estátuas clássicas- fossem a um contemporâneo com tubarões em formol que eles adoram

Rui Alves disse...

Joaquim, se a filha de um muçulmano almoçasse na minha casa, eu evitava qualquer carne nessa refeição. Digo por experiência, pois a minha filha mais velha teve uma amiguinha muçulmana há uns anos atrás (que entretanto regressou ao Brasil).

Rui Alves disse...

E a superioridade moral não põe comida na mesa nem dá emprego numa Europa falida e decadente. Imagine-se falido e aflito, com o banco na iminência de lhe levar a casa. Agora aparece-lhe na sua casa um convidado, com quem andou zangado muitos anos, a propor-lhe boas relações e um negócio das Arábias (literalmente). Não acha que a Burka ou a ementa da refeição são uma questão menor?

Civilizações falidas não impõem valores aos outros. Beggars can't be choosers.

Rui Alves disse...

Correcção: na primeira linha, eu queria dizer "superioridade cultural".

Anónimo disse...

O Deus e a ética dinheiro tem mesmo muita força. Já Salazar dizia que não somos independentes porque temos medo de ser pobres. Pois pobres já somos...
Se o meu convidado que vai deixar milhões, for pedófilo, pois bem arranjo-lhe umas criancinhas para se ir entretendo nos temos mortos... já vale a pena...
Carlos

Rui Alves disse...

Onde esta conversa já vai! Eu falei em receber pedófilos à mesa?

Que eu saiba, exigir burka ou repudiar certas carnes não é imoral. Nem é igual a ser pedófilo. É até ofensiva a comparação (e muitos países islâmicos punem a pedofilia com a morte).

Anónimo disse...

Caro Rui Alves
“Joaquim, se a filha de um muçulmano almoçasse na minha casa, eu evitava qualquer carne nessa refeição.”
Olhe que será melhor jogar a carne de porco que possa ter no frigorífico fora, não vá ela pedir para ver o que tem dentro. lol
Falei no geral mas respondo com todo o gosto.
“Que eu saiba, exigir burka ou repudiar certas carnes não é imoral. Nem é igual a ser pedófilo.”
Concordo consigo e claro que não é igual a ser pedófilo. Levei a um extremo para mostrar o ridículo/absurdo da questão, a imensa falta de respeito pelos italianos da parte de quem os governa(?) A subjugação/vassalagem de levar ao vómito. Até que ponto nos respeitamos?
A zazie tem razão, se não querem ver estátuas com mamas à mostra, que fazem parte da cultura italiana, que vão visitar outra coisa qualquer. Mas, a questão nem é essa (aposto que até ficaram decepcionados lol), a questão é da parte dos governantes a humilhar os italianos, a sua cultura, tradições, etc.
Agora inverto a questão. Será que se o homem visse umas estátuas de mamas à mostra ia cancelar os acordos/contratos? Só a falta de um mínimo de bom senso (como demonstram os governantes italianos) levaria a isso e, com a fome que os iranianos têm, depois destes anos de embargos (ilegais, etc, diga-se)... Concordo que temos de respeitar os outros, mas não têm eles de nos respeitar? Pelos vistos os governantes italianos pensam que o auto-respeito é mau.
E o iraniano pensou; lá vou ter de ver umas estátuas de mamas à mostra, mas a bem do negócio tem de ser...
Carlos

Rui Alves disse...

Caro Carlos
Se o Presidente de Portugal fosse à China, certamente o governo chinês teria o cuidado de não lhe oferecer cão assado ou sopa de cobra no jantar oficial. Por muito que sejam uma iguaria apreciada por lá. Nós tomaríamos a mal. É assim que eu vejo esta história dos italianos. Claro que umas estátuas mamalhudas poderiam não arruinar o negócio, mas ajudariam a criar anti-corpos e divergências entre o influente clero islâmico. Que em nada favoreceriam as relações diplomáticas e económicas no futuro.

Ricciardi disse...

Epá, os italianos convidaram o iraniano para fechar um negócio muito grande que aproveita aos italianos. Agradar o convidado e comprador parece-me algo de bom senso. Principalmente naquelas cenisses a que dão muita importância, ao que parece. E não. Não foram os políticos que dexidiram estas coisas. Foi negócio entre os protocolos dos dois países. Previamente combinado para que o negocio não encontre resistências ou mal entendidos.
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Parece q há gente que vive na lua. As estátuas tapam-se e destapam-se, qual é o problema?
Acaso recebíamos alguem do Vaticano na nossa casa com quadros porno, satanicos, etc na sala de visitas? E que tal um preservativo na mesinha de cabeceira dos aposentos destinados ao Papa?
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Rb