09 janeiro 2016

Diferenças

Neste post pretendo comparar o processo de eleição do chefe de Estado de Portugal com a eleição do chefe de Estado do Vaticano.

Número de eleitores.  Em Portugal, são cerca de dez milhões os eleitores. No Vaticano, apenas cerca de cem.

Relações pessoais. Em Portugal, a maior parte dos eleitores não se conhecem entre si. No Vaticano, todos os eleitores se conhecem entre si, fazem mesmo parte de um colégio.

Elite. Em Portugal, qualquer um pode votar desde que tenha mais de 18 anos. No Vaticano, só votam os membros da elite.

Partidos. Em Portugal existem partidos a apoiar candidaturas. No Vaticano não há partidos envolvidos nas eleições.

Candidatos. Em Portugal existem candidatos a chefe de estado e a escolha recai sobre um dos candidatos. No Vaticano não há candidatos, qualquer um dos membros da elite pode ser escolhido.

Campanha eleitoral. Em Portugal, existem campanhas eleitorais que são feitas por cada um dos candidatos. No Vaticano, não existem campanhas eleitorais porque nenhum dos membros da elite é candidato.

Eleito. Em Portugal, a vitória é uma gratificação pessoal para o eleito e, por isso, é sempre objecto de aceitação. No Vaticano, a vitória é uma responsabilidade pessoal para o eleito e pode ser objecto de recusa.

Sexo. Em Portugal, o eleito pode ser homem ou mulher. No Vaticano é sempre homem.

Poder. Em Portugal, o eleito tem um poder muito limitado. No Vaticano, o eleito tem um poder absoluto.

Mandato. Em Portugal, o eleito tem um mandato definido temporalmente. No Vaticano, o mandato é até à morte.

4 comentários:

Vivendi disse...

Não há qualquer dúvida de qual é o melhor sistema.


Mas como formar uma elite em Portugal?

Talvez com a instituição de corte como no tempo do rei e dos municípios.

Os cidadãos e os municípios devem estar preparados para acolher líderes e não candidatos partidários.


https://pt.wikipedia.org/wiki/Cortes_(pol%C3%ADtica)

Miguel disse...

Parece comunista, o vaticano

Miguel disse...

Parece comunista, o vaticano

Rui Alves disse...

Irónico, não é, caro Miguel? Os fundadores do comunismo, que tanto quiseram revolucionar a sociedade e tanto odiaram a religião, foram buscar o modelo de autoridade tradicional da Igreja Católica.