Penso, logo existo. Sou algo porque o
pensamento pressupõe a existência de algo pensante. Existo enquanto entidade
que pensa e enquanto organismo que suporta esse pensamento. Poderia dizer,
tenho um fígado logo existo ou tenho um dedo mindinho logo existo, mas é muito
mais elegante o “cogito ergo sum”.
Se eu estiver a falar com uma pessoa educada
vou naturalmente recorrer a esta última formulação, mas para a populaça são
preferíveis as metáforas e as parábolas, como o grande comunicador Jesus Cristo
não se cansou de explicar.
Se a minha filha adolescente vier com dúvidas
existenciais, eu não lhe vou recomendar que leia o Descartes. Chamo-a e
digo-lhe: ‹‹Não sabes se existes? Levas um par de estalos e ficas já sem dúvida
alguma!››
Na mesma linha de raciocínio, é possível demonstrar
a existência de um Princípio – os católicos chamam-lhe Deus – através do chamado
argumento cosmológico de Aristóteles, mais tarde desenvolvido por Aquino. Mas
não seria por aí que eu explicaria, a um humilde telespectador, a existência de
Deus.
Eu preferiria a fórmula da perfeição dos seres
humanos, para sugerir a existência de um Criador. Se a minha filha adolescente
me perguntasse se Deus existe, eu dir-lhe-ia: ‹‹Claro filha, se não existisse
Deus como é que tu tinhas nascido tão bonita?››.
Num programa televisivo, poderíamos sugerir: ‹‹se não existisse Deus, como é que a minha mãe tinha fabricado um pénis?››. Ora,
foi isto precisamente o que o PA disse e que tanto escândalo causou.
Julgo, porém, que só os intelectuais de meia-tigela é que se escandalizaram com esta afirmação. Os sábios pensarão: “se
não existisse Deus não só não existiriam pénis como não existiria nada”.
Os sábios conhecem a pergunta das perguntas: “Porquê algo? Por que não, nada?”. E conhecem a resposta! Os brutos preferem a
ignorância, a brejeirice e a chacota.
11 comentários:
São toscos mesmo, Birgolino.
Mas nem é por isso.É pela questão implícita ser tabu- o tabu da Loretta que é homem, não tem trompas mas quer ter filhos para lutar contra a discriminação da natureza. Uma luta simbólica.
Stan: I want to be a woman. From now on I want you all to call me Loretta.
Reg: What!?
Stan: It's my right as a man.
Judith: Why do you want to be Loretta, Stan?
Stan: I want to have babies.
Reg: You want to have babies?!?!?!
Stan: It's every man's right to have babies if he wants them.
Reg: But you can't have babies.
Stan: Don't you oppress me.
Reg: I'm not oppressing you, Stan -- you haven't got a womb. Where's the
fetus going to gestate? You going to keep it in a box?
(Stan starts crying.)
Judith: Here! I've got an idea. Suppose you agree that he can't actually
have babies, not having a womb, which is nobody's fault, not even the
Romans', but that he can have the *right* to have babies.
Francis: Good idea, Judith. We shall fight the oppressors for your right to
have babies, brother. Sister, sorry.
Reg: (pissed) What's the *point*?
Francis: What?
Reg: What's the point of fighting for his right to have babies, when he
can't have babies?
Francis: It is symbolic of our struggle against oppression.
Reg: It's symbolic of his struggle against reality.
:-)
Não foi, contudo, para perceber o Causador dum pénis que o PA disse o q disse.
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Foi para afirmar que um pénis não pode pensar que é uma vagina e vice versa. Que o pénis q Deus terá criado não pense que é uma vagina.
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Ora um pénis, como um fígado, não pensa. Ambos incham com inputs externos, mas não pensam. O que nos faz pensar é outro órgão: o cérebro. Cérebro esse feito por Deus, já q as nossas mães tb não sabem fazer cérebros.
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Ora, o cérebro dalguns acha que têm um pénis no lugar duma vagina, e o cérebro dalgumas sente que devia ter na vagina um pénis.
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Uns e outros são produto da Criação. E é cousa perfeitamente natural. A minha mulher que trabalha com crianças pequenas diz que todos os anos lhe aparece um menino com comportamento feminino.
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É o que é.
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Coisa diversa é, porém, abduzir uma família natural ao um bebê sem país. Em nome de igualdades que não existem.
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O normal é que a adpopcao poder ser feita por casal tradicional. A lei só devia permitir a adopção por casais gay em último recurso. Quando uma criança não conseguisse ser adoptada por um casal tradicional até uma idade limite.
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Rb
Por acaso achei engraçada a formulação do PA. E correcta.
Especialmente porque ele manda este tipo de bocas só para aumentar a confusão e chatear a malta politicamente correcta.
Rui Silva
PS. E sim, eu sou xuxa mas tenho sentido de humor. É que antes de ser xuxa sou fan dos Monty Python, do Asterix, do Allo Allo, do Seinfeld e do Herman jose. E acredito sinceramente que o PA se inclui nesta nobre tradição (e isto não é de forma alguma dep+reciativo para com o PA!!!!! A zazie por exemplo sabe que para mim há coisas muito mais importantes que a politica!) .
Com esta conversa toda de cérebro e de pénis, faltou mencionar uma coisa fundamental que Deus disse a Adão quando o criou:
"Tenho duas notícias para ti, uma boa e uma má. A boa notícia é que dei-te um cérebro para seres superior aos outros animais e um pénis para te divertires enquanto reproduzes. A má notícia é que o sangue não chega para os dois, por isso só consegues funcionar com um de cada vez."
":OP
Harry Lime, se ele gosta de provocar, também não se deve importar que lhe chamem nomes. Qual é agora então o problema de lhe chamarem parvo ou esganiçado?
Agora, meter Deus nesta estória é que não lembra ao diabo.
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Deus disse para que crescessemos e nos multiplicássemos. É esta ordem divinal procriativa que está por trás das teses desse pessoal e dos conceitos de família natural. A ordem natural que maximiza a ordem divina foi crescer e multiplicar.
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E fizemos bem o trabalho. Contudo, não creio que Deus tivesse em mente dizer para que nos multiplicassemos até ao infinito. Naqueles tempos a população mundial era pequenota. Se Deus falasse hoje como falava antes provavelmente diria para termos calminha, que o planeta não tem recursos para crescimentos desta natureza e que qualquer dia temos que ser enterrados de pé como na China por causa do espaço.
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Deus vê entao que nos multiplicamos mais do q a conta. Intuo eu. E, vendo Ele que não somos capazes de controlarmos o excesso de populacao de forma inteligente(pelo contrário, isto já vai nos 7 biliões em crescimento exponencial que nos leva a sobrepopulação), o mais provavel é Ele ter metido mãos à obra e fazer aumentar o número de famílias que não podem reproduzir-se. Aumentar os casais gay diminui o crescimento populacional.
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Portanto, acabo como comecei. Meter Deus na conversa dá para defender uma coisa e o seu contrário.
Qualquer dia os crentes passam a considerar os casais gay um ordem divinal descriativa. Uma ordem divinal a seguir, como aquela outra em sentido oposto, e passam a ser as famílias tradicionais os perseguidos.
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Rb
Um «par de estalos», mesmo que coadjuvantes da educação (como referiu o Dr. Narana Coissoró - grande deputado e político impoluto), mais de politicamente incorrectos nos nossos dias são crime público no capítulo da violência doméstica. Por isso cuidado com o que escreve: arrisca-se a que um esbirro do António Costa o incomode...
https://www.youtube.com/watch?v=-YR6P9Nmtds
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