01 agosto 2015

PS ou PSD/CDS

Um bêbado pede um copo de vinho da casa.
- Branco ou tinto? - pergunta o taberneiro.
- Tanto faz, é para vomitar...

3 comentários:

Anónimo disse...

Aceito que haja quem veja as coisas assim. Para mim trata-se de escolher o mal menor, o partido que pode causar menos estragos. Basta ver como é frágil a situação de Portugal: as contas públicas ainda não estão consolidadas; o sistema financeiro ainda não deu totalmente a volta, embora haja melhorias; pode não ser possível resolver a situação do Novo Banco (crucial para estabilizar o sistema financeiro português) ainda nesta legislatura, devido ao que se passa na China; as empresas continuam muito endividadas (o valor do endividamento das empresas é superior ao resgate a Portugal...) e vai demorar muitos anos a desalavancar, quer pelo lado da recuperação financeira ou através insolvências (que depois se vão repercutir nos credores e nos bancos...); o endividamento das famílias é ainda também elevado, embora não tão alto quanto o das empresas; por via do endividamento privado altíssimo não há margem para haver investimento português na economia; mas para haver investimento estrangeiro em Portugal o país tem de ser mais competitivo.

Ou seja, não há condições para "decretar" um grande crescimento económico, porque há situações que vão demorar anos a resolver (se é que se conseguem resolver). O Estado pode e deve criar condições para ajudar a resolver, principalmente desagravando a carga fiscal (directa e indirecta) aos cidadãos e às empresas, o que é fazer a sua OBRIGAÇÃO no que concerne às finanças públicas.

Quanto aos partidos, chamava só a atenção para duas notícias que saíram esta semana, que dizem muito mais do que as sondagens. Uma é sobre as finanças do PS, que estão em muito mau estado, e pior, não há doadores. Se o PS fosse o favorito para ganhar as eleições, não faltaria dinheiro para pagar a campanha, na perspectiva de que depois se colheriam os favores. É assim com todos os partidos, não sejamos ingénuos. Havendo pouco dinheiro para a campanha, significa que as sondagens internas dos partidos - de que os grandes "doadores" de certeza têm conhecimento - não são iguais às que saem na imprensa e que colocam o PS na frente. E na linha disto, parece que o PS se prepara para despedir o Edson Athayde, porque os socialistas não estão satisfeitos com o material de campanha, em particular com os cartazes de rua. Nesta altura do "campeonato", tudo isto revela amadorismo, no mínimo.

Por falar em amadorismo, António Costa deu um tiro ao lado quando compara a sua experiência (falhada) como Ministro da Administração Interna, Ministro da Justiça e presidente da Câmara de Lisboa com a inexperiência de Passos Coelho, que pegou na governação do país num dos momentos mais difíceis da nossa história recente, sucedendo a um governo de que António Costa fazia parte.

E por falar em campeonato, o tiro no pé da Ana Gomes a acusar o Sporting de lavagem de dinheiro (enquanto omite as práticas dos rivais dos "leões"...) para defender milititantes xuxas que foram dirigentes do clube leonino, certamente que será mais um factor a aumentar a rejeição eleitoral dos socialistas.

Tudo somado, é só fazer as "contas".


Euro2cent disse...

> Para mim trata-se de escolher o mal menor

Também já acreditei nesta teoria, ou na similar de "se não se vota a favor deste, vota-se contra aquele".

Depois passou-me.

É um grande alívio.

Anónimo disse...


"Depois passou-me."

Que "avanço", que "style"! Só que eu sou uma pessoa "simples", daí que não queira que socialistas, comunistas e anarquistas decidam por mim.:)