O artigo que citei no post anterior analisa
uma fenómeno político que parece estar a ocorrer a nível global: a morte do
centro-esquerda.
O partido democrata, nos EUA, e o partido
trabalhista, no RU, estão a ser vítimas deste fenómeno. Igualmente, em
Portugal, António Costa tem tido dificuldade em escapar-lhe.
Porquê?
Explicações haverá muitas. A minha é que se
trata de uma reação ao sucesso da “democracia liberal e capitalista”, aliado à
globalização.
Para a esquerda, este sucesso é visto como uma
espécie de ditadura do pensamento único e a reação natural é uma deriva para
uma oposição frontal a este sistema. Oposição que naturalmente põe em causa as
democracias constitucionais (burguesas...) e o capitalismo.
Os líderes radicais estão a aproveitar esta onda para
capturar os partidos do socialismo democrático ou social-democracia e
confrontar o status quo.
Terão sucesso?
Previsões só depois do jogo, como se costuma
dizer. Penso que no longo prazo não terão qualquer sucesso porque a
globalização vai impor a lei dos que abraçarem a “democracia liberal e
capitalista”. Mas, no curto prazo, todas as apostas estão em aberto.
3 comentários:
pois , o "fim d historia" revisitdo , Joaquim ? e logo agora q o fukuyama ja se retractou ....
Há 15 anos, as eleições para a DG/AAC eram assim: 1 candidato do PS/PSD/CDS e 3 ou 4 candidatos de esquerda. O candidato do PS/PSD/CDS ganhava sempre. E a abstenção era elevadíssima.
O Partido Democrata está a ser rejeitado? Por quem?
Rui Silva
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