13 julho 2015

os gregos não confiam em si próprios para governar a Grécia

... The tragedy of modern Greece is that they don’t really trust themselves – any more than Schäuble does – to run their own affairs. There are still large public majorities for staying with the euro, for sticking with nurse – in spite of the toxic medicine she dispenses. I expect that the agony will go on, with endless deadlines and fudges and semi-disguised bailouts.
But the lessons from the Schäuble paper are clear. They apply to Britain as much as to Greece. The first lesson is that this is what happens when a nation gives up economic sovereignty, in the hope – accurate or deluded – of somehow becoming richer. The Greeks thought they were being smart to sacrifice their monetary independence; they thought they could free-ride. They didn’t appreciate that this autonomy might be something valuable in itself – something they would one day yearn for again.
The second lesson is that whatever they say in Brussels, there is nothing inevitable about any of this process of “integration”. It is all up for grabs. This is no time to moderate UK proposals for reform; quite the reverse, and David Cameron is dead right to open a new front on employment law.
No one can read that German paper, and conclude that the EU is still meant to be an association of sovereign nation-states. These Schäuble proposals are tyrannical. They should be bitterly resisted.

30 comentários:

Ricciardi disse...

Pensei, sinceramente, que o Syriza poderia ser o único partido com aquela real loucura própria dos esquerdistas mais radicais de poder sair do euro.
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Enganei-me. O Syriza, afinal, não passa de um partido do arco dos 'moderados'.
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O moço Varoufakis saiu e com ele a determinação.
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Rb

Ricciardi disse...
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Anónimo disse...

A verdade é esta. Há seis meses, a "guerra" entre a Grécia e os credores era sobre o que se seguiria ao segundo resgate. A Grécia queria uma saída "limpa" (como a Irlanda e Portugal), mas os credores queriam impor um programa cautelar, devido à dimensão da dívida grega. Escuso de recordar os indicadores económicos da altura.

Seis meses depois, o Syriza pede um terceiro resgate aos credores, depois de andar meses literalmente a GOZAR com os outros países europeus (um dia a opinião pública devia saber o que é que o "Varafukis" fazia nas reuniões do Eurogrupo...).

A Grécia foi imprudente e imbecil. Colocou-se na "boca do lobo". Pensou que tinha um peso maior do que o que realmente tem, e acabou traída por aqueles que a encorajaram a esticar a corda até ao limite, para tirar para si dividendos (mas sem dar o corpo ao manifesto...). Sujeitou-se ao enxovalho da reprovação pela "nova Europa", a qual adora o protagonismo que lhe dão. Oxalá os gregos aprendam a ser mais inteligentes após esta experiência DESASTROSA. E por uma vez, aproveitem o estado de excepção e façam as mudanças que TÊM de ser feitas.

Lições para Portugal: NUNCA, mas NUNCA mais passar por nenhum resgate! Não tenhamos ilusões sobre a Europa. A solidariedade e a igualdade entre os Estados europeus são princípios muito bonitos e louváveis, mas a práctica (dentro e fora da UE) é outra. Prevalece sempre o poder os Estados e a escala das respectivas alianças. A escolha é entre ter os olhos bem abertos, ou viver na ilusão. É este o mundo em que vivemos e a Europa que temos (e tivemos sempre, deixemo-nos de tretas).

PS - Certamente que o Mr Boris Johnson apelará ao Mr David Cameron para ajudar a Grécia. Desta vez com certeza não veremos os britânicos a resmungar se tiveram que contribuir para um novo resgate à Grécia, dadas as relações históricas entre o UK e a Ellada, e ainda pelo UK ser um parceiro europeu. Cheers.

Harry Lime disse...

O Boris Jonhson sabe escrever?

É uma novidade para mim...

Rui Silva

Harry Lime disse...

Estou com o Rb, também tinha esperança que o Syriza tivesse coragem para ir até ao fim.

Os gregos tinham de sair do Euro. Assim, isto parece-me como sempre uma solução temporária. Daqui a 2 anos temos o mesmo problema.

Rui Silva

Ricciardi disse...

Bem, se o novo programa for mesmo aprovado, os resultados da aplicação do mesmo encarregar-se-ao de, at the end, voltar a estar em cima da mesa a saída da zona Euro.
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Não há mal que sempre dure. No caso, enquanto dinheiro emprestado afluir a Atenas, os Gregos gerirao uma divida crescente.
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A falta de pragmatismo é chocante. Se a puta da dívida foi reconhecida com Insustentavel., isto é, não há capacidade da grecia gerar meios para a pagar, então torna-la num valor sustentável é a atitude economicamente mais racional.
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Quando se constacta que o nível de endividamento inviabiliza o seu reembolso, a opção q maximiza o retorno é reduzir a dívida para valores q viabilizam o seu pagamento. Perde-se o delta q vai da sustentabilidade até à insustentabilidade, mas assegura-se o recebimento de uma parte.
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Depois de entidido isto, deve haver um programa. Não antes.
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Metem o carro à frente dos bois e depois nem recebem o q podiam receber e ainda terao de continuar a emprestar.
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Cavalgaduras, é o q é.
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Rb

Harry Lime disse...

E concordo também com o Anónimo num ponto apenas: se era para acabar assim mais valia aos gregos terem ficado quietos. a não ser que o tal programa cautelar não fosse suficiente para fazer frente aos compormissos de divida de Junho e Julho... (espero que as pessoas tenham pensado nisto... porque o Varoufakis falava nisto em Janeiro...)

A estratégia deles era válida se estivessem absolutamente dispostos a ir até ao fim. e ir até ao fim era sair do euro à bruta (e não aquela "saida sem sair" que o Schlaube propunha). Não conheço a dinamica interna dentro do Governo Grego por isso não sei quem seria a favor ou contra duma coisa destas. O Varoufakis como é maluco, motoqueiro e gosta de jazz se calhar era o mais doido lá do sitio mas não tenho a certeza. :-):-)

Rui Silva

Harry Lime disse...

Outro aspecto importante dos desenvolvimentos desta semana foi o aparecimento finalmente dum "bloco do Sul". A Italia finalmente fez ouvir a sua voz, e a França alinhou com ela (tal como a Espanha). No final foi isto que convenceu a Alemanha. É que um bloco consituido pela França e Italia (com a ajuda da Espanha) é mais poderoso que a Alemanha.


No final foi isto que fez com a Angela não desse ouvidos à linha dura do Governo Alemão (Schlaube & Co.)

Aliás, sempre que a Itália levantou a voz, a Alemanha ouviu e baixou as orelahas. Exemplo: QE europeu apenas se começou a desenhar quando a Espanha e especialmente a Italia começaram a ter problemas com a divida, lembram-se?


Este bloco do Sul aparece demasiado tarde. Se se tivesse formado há 2 ou 3 anos outros galos cantariam! e agora que este bloco se parece estar a forma é boa ideia que Portugal comece a pensar a sério de que lado quer estar.

Rui Silva

Harry Lime disse...

Mas o artigo do Boris Johnson tem um "vibe" quase Churchilliano.

Apesar de ser xuxa (algo que o Boris Johnson manifestamente não é!) gostei muito de o ler..

Rui Silva

Ricciardi disse...

Eu gosto sempre mais da táctica q coloca no devedor o ónus de fazer o q é preciso de ser feito.
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Obrigar o devedor a tomar medidas não é boa solução porque lhe retira o ónus das consequências. Estais a ver, VCS obrigaram-me a fazer isto, agora passem para cá mais algum. É um never ending procedimento.
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Fazer com q seja o devedor a 'andar da perna' é a melhor solução. Perdoamos a parte da dívida Insustentável se, e só se, num prazo de 5 anos obtiveram um resultado positivo nas vossas contas públicas. Tomem as medidas q quiserem para chegar ao resultado positivo.
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Se, nessa altura, não lograrem obter esse resultado a dívida volta aos valores anteriores (sem perdão) e usaremos direitos de saque constantes nas leis internacionais. Isolamento, penhoras e arresto de bens no exterior, bloqueio de exportações e turismo.
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Isto colocaria no lado do devedor a responsabilidade em tomar medidas de poupança e gestão de reformas económicas com celeridade e, mais w tudo, vontade em fazer.
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Doutro modo andarão para ali a atirar culpas aos promotores dos programas e a discutir permanentemente a necessidade de mais fundos.
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Rb

Ricciardi disse...
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Ricciardi disse...
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Anónimo disse...

Agora aqui estão dois xuxas que queriam que a Grécia saísse do Euro para ver como era, mas à DISTÂNCIA. Que "solidariedade"!

O Costa português também deve precisar de novas "guidelines"...

Anónimo disse...

Em contrapartida há um sadomasoquista aqui que gostava que a grecia se mantivesse para ver de PERTO os Gregos a levarem vergastadas no lombo e sevícias nas partes intimas.

Anónimo disse...

"Em contrapartida há um sadomasoquista aqui que gostava que a grecia se mantivesse para ver de PERTO os Gregos a levarem vergastadas no lombo e sevícias nas partes intimas."

Eu não tenho essas "tendências". Se tu tens, é lá contigo. Agora também digo que achava melhor que os gregos não se tivessem posto a jeito, porque os países com mentalidade de potência, ainda para mais se forem mesmo grandes potências, não reagem bem à gozação.

Anónimo disse...

Portanto, gozar as grandes potencias é defender o que está certo. Defender o que está errado é o quê?


Anónimo disse...

Todo o Homem tem o seu preço, mas parece que o teu é demasiado baixo.

Anónimo disse...

Mas o que é "defender o que está certo"? O que é o "certo", aqui? Mas quem é que lhe diz que a Grécia é alguma coisa que preste, no presente?

Anónimo disse...

Por alma de quem é que a Grécia é mais importante do que os outros países? A Europa tem estado paralisada por causa da Grécia. Tem havido DEZENAS de reuniões do Eurogrupo em que não se tem tratado mais nada. Já não se fala na Ucrânia (que é uma situação muito mais grave), não se fala na situação explosiva no Norte de África, etc.

A governabilidade da zona euro é mais importante para a Europa e para o mundo do que a(s) crise(s) grega(s), e foi isso que os gregos finalmente tiveram de perceber este fim-de-semana. Ou põem o seu país em ordem, ou a porta da rua é a serventia da casa.

Ricciardi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ricciardi disse...

Os Gregos perceberam que os programas de ajustamento impostos desde 2009 arruinaram a economia grega. E que a rectificação dos erros cometidos nos tais programas é mais do mesmo.
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Contudo, estao a ser obrigados novamente a esbarrar contra parede. Frankfurt pressionou o BCE a retirar apoio aos bancos gregos. Esta, sim, foi a pressão máxima e contra a qual não há resistência possível e q obrigou o governo a capitular.
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A acção de Frankfurt é errada. Sob TODOS os pontos vista. Draghi e o Shaueble zangaram-se. O BCE quer fazer uma coisa e a Alemanha impõe outra. Calvinismo em accao, punição em progressão.
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Basicamente ninguém ousa dar a sua opiniao no Eurogrupo. Devem estar todos acagaçados à espera de uma decisão do ministro alemão. Se ele diz sim, todos dizem sim. Se diz não, todos dizem não. Ninguém ousa enfrentar com argumentos racionais o homem das Finanças alemão. O único q o fez, o Varoufakis, saiu.
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Rb

Ricciardi disse...

As medidas anunciadas vão fazer regredir o PiB fortemente. Não sou eu q o digo. São a generalidade dos economistas de todo mundo.
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Não tem muito q saber. Aumentar impostos no turismo e às empresas só pode dar mau resultado. Colocar contas públicas em ordem desordenando as dos privados é economia fabulastica. Para totós, claro.
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No próximo ano, iremos constatar q serão precisas mais medidas porque as agora propostas deram resultados piores do q o esperado. Começar-se-à a intensificar as medidas. The sky is the limite. O syriza, cozinhado em lume brando vai ter de se demitir. Ganharão as eleições os comunistas ortodoxos ou, melhor ainda, os nazis da extrema direita.
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Rb

Harry Lime disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Harry Lime disse...

Sem duvida, RB.

Estas medidas não passam de mais um acto de "kicking the can down the road".

Quer dizer desta vez foi um chuto forte, estilo Cristiano Ronaldo, mas trata-se na mesma de um chuto que vai falhar a baliza. Mais uma vez.

Estes tipos não entendem que os chutos do CR não são só força, são também pontaria.

Rui Silva

Anónimo disse...

Toda a gente percebeu o ambiente que se iria viver dentro do Eurogrupo e da reunião entre os Chefes de Estado e de Governo quando os intervenientes falaram aos jornalistas à chegada. Quase todos falaram, quase todos cresceram para a Grécia. Foi a desforra destes meses todos. Depois das "ensaboadelas" do Varafukis, foi a vez dos outros pagarem na mesma moeda, mas já sem a "pop star" a assistir. O seu sucessor nem deve ter aberto a boca...

Houve no entanto um país que não gozou o prato, e podia tê-lo feito. Ontem o que a Grécia merecia é que Portugal lhe pagasse na mesma moeda, depois desta corja do Syriza nos ter andado a ameaçar com o contágio dos mercados e a interferir na nossa política interna. Tudo comportamentos "diplomáticos" e de relações "cordiais". Por isso não tenho pena NENHUMA! Só lamento por aqueles que não votaram nisto e levam com a crise na mesma.

Unknown disse...

Os idiotas ric-ric e Silvinha voltaram. Já não era sem tempo.
Os idiotas nunca conseguirão perceber aquilo que disse quando Tsipras ganhou as eleições. Eu disse aqui ao imbecil que era óbvio desde o 1° minuto de Tsipras que ele queria dinheiro, e fez tudo para o conseguir tal como previa, chegando a acordar um programa mil vezes pior que aquele que era necessário em dezembro. É que se ele nāo quisesse dinheiro tinha saído da UE ou do Euro há 6 meses atrás.
O imbecil do Silvinha andou para aqui a dar lições de moral a dizer que estava errado que Tsipras e Varou não queriam dinheiro, e mais meia dúzia de tretas.
Como é óbvio eu estava certo, e o atrasado mental estava errado. Mas só esteve atrasado 6 meses, acho que agora já percebeu que eu tinha razão. É portanto um atraso mental com 6 meses de atraso.

Mas estes imbecis são os mesmos que acusam a austeridade de todos os problemas. É preciso ser-se mesmo um imbecil de todo o tamanho para não se perceber que a austeridade não é causa dos problemas mas sim consequência dos problemas. Por isso é que se vê esquerdalhada por esse mundo fora (Brasil, Angola, Venezuela, Cuba, Coreia do Norte) a ter que ser austera, tal como terá de ser o Tsipras, A catarina, o Costa ou estes dois imbecis que passam aqui o dia.

Quando os países precisam de financiamento e não o conseguem só têm duas soluções: austeridade sem desvalorização da moeda ou austeridade com desvalorização da moeda. Tudo o resto, são palermices , idiotes, criancisses, próprias de alguém com um atraso mental profundo tal como o Silva.

Silva, agora tens que te agarrar a outros heróis. Tens sempre o austero Maduro na Venezuela ou a austera Dilma no Brasil. Depois diz-me quem são os teus novos heróis.

Anónimo disse...

Gasparzinho, se tu fosses mulher eu dizia que estás com algum problema hormonal.

Harry Lime disse...

Phonix, este Gaspar é levado do Diabo...

Rui Silva

Harry Lime disse...

Os meus herois: J.M. Keynes, J.S. Bach, Graham Greene, Warren Buffet, Diego Armando Maradona, Martin Scorsese, Michael Jordan e Sonic Youth

Não entendo a pergunta,..

Rui Silva

Harry Lime disse...

Ok, falta um.

O Marlon Brando.

Rui Silva