11 junho 2015

de forma diminuta

Uma medida absolutamente excepcional deve ser usada para evitar um perigo diminuto?

O meu juízo sobre o caso Sócrates é muito claro, foi um dos piores primeiros-ministros de sempre e há suspeitas de que possa ter sido corrupto.
Se as suspeitas se confirmarem, este subespécimen da raça humana deve apodrecer na cadeia. Contudo, e até à sua conclusão, este processo tem de ser conduzido "com pinças" para evitar prejuízos maiores.
O argumento de que Sócrates é um cidadão como outro qualquer é falso e usá-lo é cínico. Até agora, o que vimos foi o MP dar tiros nos pés, uns atrás dos outros. Desde a encenação da prisão aeroportuária em directo, até à pulseira electrónica e, sobretudo, à ausência de acusações devidamente formuladas.
Só espero que Sócrates não saia deste processo um herói, para mal dos nossos pecados.

9 comentários:

Anónimo disse...

Lança suspeitas, aliás, fundadas, de ilegalidades ou irregularidades praticadas pela justiça contra alguém, e diz que as mesmas são um tiro no pé da própria justiça? Essa é nova. Eu, ingénuo e conservador, pensava que qualquer ato prepotente da justiça era um “tiro” naquele que é afetado, seja arguido, seja simples suspeito. A noção de justiça do Joaquim deve ser pós moderna.

Renato

Anónimo disse...

Balelas...
Ver o que aconteceu ao Ehud Olmert aqui e porquê:

http://www.washingtonpost.com/world/ex-israeli-prime-minister-ehud-olmert-sentenced-to-8-months-in-prison/2015/05/25/a534ff74-1503-4720-afe6-152aaf3ad273_story.html

Se a bitola fosse a mesma o Sócrates seria condenado a 20 prisões perpétuas (pelo menos). Mas para isso era preciso que este país fosse um país a sério em vez duma casa de passe.
António

Anónimo disse...

apodrecer na cadeia ?....eh lá, isso não se faz. Uma pessoa apodrece é a trabalhar de sol a sol, no campo, nas minas etc. Não em Portugal numa cadeia, com televisão, comida quentinha a horas, cama lavada, computador e psicólogos e directores de cadeia amigos e visitas como a que o nº44 tem tido numa romaria nunca antes vista !!!!Como diz o advogado o nº 44 está melhor que ele com uma força e uma saúde nunca vista.

Harry Lime disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Harry Lime disse...

O problema aqui não é o Socrates ser um cidadão como os outros. Não é. Teve mais responsabilidades e tem mais poder (influencia mediática, poder financeiro) para lidar com o sistema.

O problema é que se o socrates com toda o poder que tem é tratado desta maneira, não imagino como será tratado o cidadão vulgar que não possui um fracção da influência que o Socrates possui.

É um pouco como o caso da Maddie: se bem se lembram pouco depois do desaparecimento da Maddie McCann desaperece um miuda duma familia pobre do Algarve.

Como é que a PJ resolveu o caso desta miuda? Muito simples arrancou uma confissão à porrada à mãe da miuda. Para quê perder o tempo com tretas processuais e presunção de inocência e essas m***as?

O caso McCann foi muito mau mas foi tratado com pinças porque os senhores eram camones... e até acredito que o MP esteja a lidar com o caso Socrates com aquilo que eles consideram pinças (afinal de contas tudo indica que os amiguinhos do Socas ganhem as próximas legislativas e independência de poderes é outra coisa que os nossos juizes também não conhecem)

Mas quando não existe essa protecção politica, financeira ou mediatica os casos em Portugal são resolvidos com base na porrada.

É com o que este caso nos mostra acerca dos procedimentos da justiça portuguesa que nos temos de preocupar e não com o facto do Socas ser ou não corrupto (quer dizer... o Socas é corrupto até à medula mas há que prova-lo, certo? É assim que as coisas se fazem num pais civilizado).

Rui Silva

Rui Alves disse...

O caso McCann foi muito mau mas foi tratado com pinças porque os senhores eram camones...

...e grandes amigos do Gordon Brown.

Ricciardi disse...

"É com o que este caso nos mostra acerca dos procedimentos da justiça portuguesa que nos temos de preocupar"
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Pois é. Um sistema judicial q não produz justiça em tempo útil, só aproveita aos demónios que até acham bem estar na preventiva o maximo tempo possível. Quem é inocente e tem q espiar culpa por estes tempos está tramado.
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É uma questão de bom senso e temperança. O investigador deve poder prender preventivamente durante um tempo razoável e ser obrigado a indeminazacao automática se não produzir acusação nesse tempo.
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Se as decisões (discricionárias) tardias tiverem um preço, pode ser que a justiça ande da perna.
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Eu estou convencido q prendem pessoas por mais tempo do q o admissível por questões pouco celestiais e mais mundanas. Falta de tempo, de meios, preguiça, laxismo, ou ainda por altivez naquela postura de poder.
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Se a lei obrigasse esse pessoal a investigar primeiro e deter no fim da investigação para suster os perigos de fuga etc.
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Eu fui educado a preparar e estudar bem os assuntos antes de iniciar um negocio ou uma tarefa. Este pessoal do direito primeiro inicia a empresa e depois é q trata de saber se há mercado.
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É a lógica dos juristas. Mas não admira. Deve ser a classe onde tirar um curso tem notas de acesso mais baixas, enfiando todo e qualquer nabo nas universidades.
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Rb

Ricciardi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Euro2cent disse...

> este subespécimen da raça humana deve apodrecer na cadeia.

Lá está o jacobinismo a vir ao de cima. Só sabem lidar com as diferenças alienando-as.

Um pulha não é menos humano que os outros.