Comecei a escrever um romance, vai intitular-se: A Peregrina. É a história das vicissitudes de uma miúda da província numa peregrinação a Fátima que vai mudar radicalmente a sua vida.
Comecei por delinear o enredo, depois desenvolvi os personagens. Dei-lhes nomes e histórias de vida, personalidades e problemas com que se debatem.
Fátima, a personagem principal, vai a Fátima pedir uma graça, claro está. E a graça vai ser-lhe concedida... posso já confidenciar-vos.
O processo da escrita é deveras interessante, absorve completamente, o que para mim é uma surpresa. É como se os personagens que criamos passassem a fazer parte da nossa realidade, do dia-a-dia.
Há páginas que saem logo bem, outras que tenho de reescrever dezenas de vezes. Até haver uma sequência lógica e os diálogos serem convincentes.
Um aspecto engraçado é que o escritor é confrontado com tantas possibilidades que é difícil fazer escolhas. Porquê dar mais ênfase aqui e menos ali? Há uma certa aleatoriedade, desde que não se fuja ao essencial.
Desconfio que terminada a obra não terei qualquer interesse em reler o romance. Já reli cada parágrafo dezenas de vezes, fónix.
O produto final não é para mim, por certo. É para quem possa beneficiar das experiências de vida que lá vão ser transmitidas.
Esse é o grande objetivo da escrita: partilhar experiências de vida.
3 comentários:
Escritor??? lol
Este senhor tem mesmo muita piada...
Força drº Joaquim. Vá em frente com ânimo .
Ficarei curioso com a história e o estilo.
gaudio gaudete
Muito original.
O título deve ter um acréscimo- "Quando o Arroja era mula"
E também imagino algumas passagens picantes como aquela em que a mula está cansada e vai à tasca do Birgolino e recebe umas massagens nas pernitas pelo filósofo tasqueiro.
":OP
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