02 maio 2015

esta guerra não é séria

Segundo os sábios da tribo, é assim: de um lado, está a hipótese de fazer crescer a economia através das empresas e da exportação; do outro, a possibilidade de obter o mesmo resultado por meio do Estado e do consumo. E perante estes dois caminhos, é suposto os nativos irem para casa e meditarem: empresas ou Estado? Exportar ou consumir? Hayek ou Keynes? Por aqui, ou por ali? Como se tudo fosse possível e tivéssemos imenso por onde escolher.
Desculpem não conseguir levar a sério esta guerra do alecrim e da manjerona. É como se, quando muito desesperados, tivéssemos este jogo colectivo, em que nos dividimos em dois bandos teoricamente opostos, e fingimos ter imensas alternativas. Ou seja, sabendo que temos de fazer x, preferimos, em vez disso, discutir se devemos fazer y ou z. Perante a necessidade, optamos por examinar duas impossibilidades.

12 comentários:

Euro2cent disse...

Já comprou a sua T-Shirt "je suis Uber", como ali no blog dos Chicos Fininhos?

Harry Lime disse...

Há tipoas muito basicos: o Rui Ramos por exemplo.

Pergunto-me como é que ele quer crescer a economia atrave´s da exportações se todos mercados para onde exportamos est\ao em contenção do consumo... (vulgo cris ou austeridade): Brasil, Angola, Europa...

É que as minhas importações são as exportações dos outros. Ou estes senhores querem que a gente exporte para quem? Para o Eter?

Rui silva

Harry Lime disse...

Por outroa lado, as medidas para incentivar o consumo na Europa (o nossa maior mercado exportador) são também as necessárias para incentivas o nosso consumo (estamos na Europa, apesar de tudo...)...

E já agora, o Keynes não defende o recusro a investimento publico incondicionalmente defende apenas que o Estado ajude em tempos de recessão, quando o invesitmento e consumo privados não conseguem fazer o trabalho.

Alguem tem de dizer a estas cabeças pensante que o Keynes pertencia ao Partido Liberal não pertencia o Parido comunista (nem sequer foi trabalhista)

Rui Silva

Ricciardi disse...

Isso Rui, este pessoal não sabe bem o q Keynes defendeu. E é pena.
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Colam-no ao socialismo por meras questões tribais, partidárias. Keynes, q era um capitalista empedernido.
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Também é verdade q as esquerdas aproveitam parte dos argumentos de Keynes para fazer política (a parte q lhes convem), esquecendo a outra parte para repor o equilíbrio.
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E, no fundo, tudo se resume ao q o Rui disse: qdo a procura cai por razoes de confianca, arrastando o emprego, falencias e receitas fiscais, a ideia é repor a procura (agregada) através de iniciativas do estado (baixa de impostos, diminuição taxas de juro, investimentos). Medidas essas q sustêm temporariamente a queda na procura, o desemprego e falências. Sustidas essas variáveis e começando a economia a crescer, as taxas de juro aumentariam, bem com as taxas de imposto na razão directa do crescimento obtido, isto é, sem prejudicar o emprego e as empresas. Em suma, uma no cravo e outra na ferradura.
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Hayek era um académico e defendia q se a economia entrasse em recessão nada devia ser feito. Nada. Que o mercado encontraria o equilíbrio a prazo (pode ser nunca, porque num prazo indefinido muita coisa acontece).
Se o consumo diminuia e com ele o emprego e receitas fiscais, então era deixa-lo diminuir até onde fosse necessário, dizia. Com o desemprego muito alto, o custo laboral baixaria (esqueceu-se q existem leis q o impede em todos os paises)o q daria mais competitividade às empresas q aumentariam a oferta a preços mais baixos.
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A proposta de hayek desconsidera a realidade das coisas. Na pratica deixar uma economia em recessao em piloto automático significa um aprofundar da recessão. O desemprego e a baixa nos salarios provoca incumprimento generalizado atingindo a banca. E esta por sua vez tira o tapete a outros negócios q se endivudaram. E ao proprio estado. A queima de recursos, empresas e pessoas é, pois imensa. Desnecessariamente imensa.
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Se Keynes fosse vivo, aposto, que, num espaço de moeda única como na UE, ele diria aos Boches para aumentar o investimento nos pigs. Como?
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Baixando impostos sobre as empresas drasticamente na pigolandia, baixando impostos sobre as pessoas na bocholandia. Isto é, aumentando o investimento nos pigs e aumentando o rendimento nos Boches. Os pigs beneficiariam duplamente: com mais massa para investimentos e com maior procura as seus produtos e serviços por parte dos Boches. Na lógica: não dêem dinheiro à Grécia, comprem isso sim os seus produtos. Não dêem subsídios ao emprego, o o invistam em fabricas na Grécia.
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Rb

Ricciardi disse...

Já agora, dizer que um país eminentemente exportador não significa q seja uma economia desenvolvida. O mundo está cheio de paises exportadores líquidos subdesenvolvidos. No medio oriente, Rússia, África...
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O q interessa não é a quantidade de exportações per si, mas sim o equilíbrio de várias variáveis económicas. A produção interna, para consumo interno (q substitui impirtacoes) é tao importante como as exportações. Ao nível da independência nacional. Ao nível do emprego.
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E depois, bem, e depois exportar consistentemente não se faz sustentadamente de supetao. É precisa muita preparação, de muitis anos, para explorar mercados no exterior. O q implica muito investimento prévio. Exportar só para nos safarmos, muitas vezes praticando preços a perder dinheiro, não é solução q se aguente.
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Rb

Ricciardi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ricciardi disse...

Portanto, eu diria que esta nova leva de hayekianos sao, sem se aperceberem, mais intervencionistas que is seus opositores. Intervêm na economia com mais vigor e influência. Escolhem pelos empresarios. Os hayekianos forçam os empresários a escolher pela exportação, retirando dinheiro aos consumidores nacionais. Se isto é liberal vou ali e já venho.
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Na pratica é assim: ai continuais a produzir para o mercado interno, seus empresarios malandros? Então vou baixar poder de compra a quem vos compra. Mesmo assim, ainda continuais a vender para o mercado interno? Entao, oh consumidores internos, tomai lá mais impostos sobre o rendimento e consumo.
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Agora verificam, espantados, q as exportações liquidas estão a andar para trás e q as importações estão novamente a ganhar momentum.
A famosa transformacao do tecido empresarial, afinal, não se verificou. Nem será assim q se transfirmará.
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A PII, q mede a diferença entre disponubiludades sobre o exterior vs a responsabilidades para com o exterior não parou de se agravar. O q significa q o equilíbrio na balança corrente é apenas nominal. Provavelmente assente em exportações com margens reduzidussimas ou a perder dinheiro. Só não vê quem não quer ver.
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Rb
Rb

Ricciardi disse...

E tanto assim é q, basta a confiança dis consumidores deixar de cair para vermos a nossa balança externa a sofrer de imediato. Porquê? Porque continuamos a depender das importações sem gerar politicas q promovam negócios q as substituam.
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Rb

Anónimo disse...

Sem exportações de onde vem a riqueza para o consumo interno? Só se for para o consumo de éter...

Ricciardi disse...

Sem consumir de onde lhe vem energia para exportar?
Só se se alimentar a éter...

Ricciardi disse...

Sem consumir de onde lhe vem energia para exportar?
Só se se alimentar a éter...

Anónimo disse...

Para variar uma boa dúvida vinda do seu lado! E que tal começarmos por cortar nos custos da energia proveniente das ecotretas?