19 maio 2015

empurrar a burra

No curto prazo, o programa da troika foi “um sucesso”, mas no que diz respeito às perspectivas de médio prazo muito pouco mudou. Esta análise é feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), uma das instituições da troika que, em 2011, chegou a Portugal para conceder um empréstimo, que vinha acompanhado por um programa de consolidação orçamental e de reformas estruturais.

Os objectivos da troika em 2011 eram claros: enfrentar a emergência da falta de financiamento do país e, ao mesmo tempo, acabar com as debilidades estruturais da economia, colocando-a outra vez a crescer rápido. Para o FMI, apenas a primeira meta foi atingida para já. No relatório de análise a Portugal publicado esta segunda-feira pelo Fundo, são feitos elogios à forma como Portugal conseguiu reduzir os seus défices e voltou a conseguir obter financiamento do mercado. Mas depois, quando se analisam as cinco prioridades para o médio prazo - garantir um equilíbrio interno (que significa por exemplo não ter uma taxa de desemprego demasiado alta), conseguir um equilíbrio externo (não ter défices externos excessivos), aumentar o crescimento potencial, reduzir o endividamento dos privados e assegurar a sustentabilidade orçamental – os sucessos observados pelo FMI são muito reduzidos.

Dessas cinco prioridades, quatro não eram cumpridas antes da crise. E agora, o saldo é o mesmo, ainda com quatro prioridades por cumprir. Houve apenas uma troca, antes apenas o equilíbrio interno estava assegurado e agora passou a ser o equilíbrio externo que está a ser cumprido.

PÚBLICO

Comentário: A coligação focou-se no curto prazo, nos 4 anos do ciclo eleitoral. E quem vier a seguir vai fazer o mesmo.

4 comentários:

Anónimo disse...

É o preço da democracia...

Ricciardi disse...

O FMI é um banco. As medidas que protagoniza e aconselha tem por objectivo principal o reembolso dos dinheiros emprestados.
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Para q esse objectivo seja alcançado reduzir o défice deve ser o mais directo e pragmático possível. Não se espere que o FMI advogue que a redução do défice e divida total se faz com investimentos massivos em educação especializada: ciência, inovacao, desenvolvimento de Marca etc. Nada disso, o FMI quer garantir q recebe, independenteente de tudo. A forma mais directa de efectuar poupanças orçamentais é: reduzir salários, aumentar impostos. Tudo se resume a isto. O nivel de redução de salários ou aumento de impostos não tem ciência alguma. Tem a ver apenas com o grau necessário para garantir uma poupança orçamental q acomode os juros e os empréstimos.
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É como se o Joaquim tivesse emprestado dinheiro ao bruxo de fafe e, preocupado com o futuro profissional do senhor, aconselhasse o bruxo a poupar na educação dos filhos, na alimentação. O q o Joaquim quereria era q sobrasse algum ao bruxo, não quereria saber se o homem devia investir em formacao, muito menos se se estava a alimentar convenientemente.
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E, no entanto, depois do bruxo lhe pagar a divida, continuará a ser um nabo sem preparação para melhorar métodos de previsão.
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Rb

Ricciardi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
marina disse...

ou pago impostos ou meto empregados , simples. como nao descem os impostos para valores razoaveis , trabalho por dois e meio e la fica pelo menos uma pessoa no desemprego e outra a beira da loucura :) de estafada. o governo , este e outros sao os principais responsaveis pelo desemprego , o dinheiro das empresas nao eh elastico como o do estado...