15 janeiro 2015

fundamentófilos


Terroristas sempre os tereis entre vós, apetece-me dizer. Jovens do sexo masculino obcecados por fundamentalismos e com o cérebro imerso em testosterona. Uma combinação fatal, para os outros e para eles próprios.
Não me preocupam mais do que os alienados mentais, normalmente menos violentos.
O que me preocupa são os “fundamentófilos”. Os milhares de cidadãos pacatos e integrados que simpatizam com os fundamentalistas, criando um clima propício ao desenvolvimento do terrorismo.
Perante os ataques recentes, muitos perguntam pela indignação islâmica. Onde está? Não está, ou está em doses homeoterápicas – tão diluída que não se vê.
Porquê? Porque entre os muçulmanos há mais fundamentófilos do que fundamentófobos, se me permitem os neologismos. E o que justifica a fundamentofilia? O ressentimento, a inveja e até o ódio.
Pessoas que se consideram injustiçadas e que se sentem vingadas pelos ataques terroristas. Os alemães têm uma palavra para este sentimento : “schadenfreude” – tirar prazer do sofrimento alheio.
Os fundamentófilos não são criminosos, nunca matariam. Mas pensam que as vítimas “estavam a pedi-las”. Porque são racistas ou porque são privilegiadas ou apenas porque são diferentes.
Esta multidão silenciosa de fundamentófilos é, quanto a mim, o verdadeiro problema. E o mais difícil de tratar.

11 comentários:

zazie disse...

Suponho que o tratamento que muitos propõe é os odiófilos de raiz contrária.

Está tudo louco.

Mataram Dewus, sobra o refugo sem moral.

zazie disse...

Mas ser revolucionário é isso mesmo- explorar a causa do ressentimento e transformá-la em "heroísmo".

marina disse...

O Joaquim está apenas com vontade de polémica . não simpatizo com terroristas , acho até que pena de morte é bem aplicada , a começar nos da ETA , mas também não simpatizo com comportamentos temerários. Se o toureiro leva uma cornada ? Problema dele, meu não .

Euro2cent disse...

Eu não sei o que andam a tomar aqui nesta casa, mas deve ser muito bom. Ou pelo menos muito forte.

Primeiro, vêem ressurgimento da França num estrebuchar patético.

Agora chamam zoófilos, ou seja lá o que for, a quem não alucina que a liberdade torna os devotos invulneráveis.

Podem chamar os progressistas americanos, que depois de despedirem e silenciarem tipos que dizem coisas não politicamnete correctas, explicam sapientemente que eles têm liberdade de expressão, mas têm de lidar com as consequências.

Isto é tudo muito instrutivo.

zazie disse...

zoófilos

":O)))))))

marina disse...

e acabo de dois banqueiros a um nariz colados na conversa , diziam :matar por motivos religiosos é bárbaro , civilizado é matar por motivos económicos.

Vivendi disse...

É tempo de montar umas bases americanas en France contra os fundamentófilos.

Chamem os yankees! Call the yankees!

É isto o Liberalismo in progress.

zazie disse...

aahahahahahah

Grande boca, Vivendi

Luís Lavoura disse...

Pois,m, quando os muçulmanos observam que podem gozar com a religião deles à vontade mas que não se pode dizer seja o que fôr do judaísmo, é normal que se tornem fundamentófilos.

Quando observam que o islamismo é amplamente acusado de ser anti-feminista, mas que a mesma acusação jamais é feita contra o hinduismo e contra o judaismo, é normal que pensem que estão a ser discriminados.

E estão mesmo. Na população europeia persiste a ideia de que o islamismo é inimigo do cristianismo e de que a luta medieval entre as duas religiões continua.

zazie disse...

È mentira que a população europeia tenha a pancada que o islamismo é inimigo da religião católica.

Ideologias são outra coisa.

Quem mais os instiga são os ateus militantes (caso dos países nórdicos, por exemplo)

Anónimo disse...

" jovens do sexo masculino"....essa é boa. Então o Ahyatholla K. qdo liderou o Irão era um jovem ? o mufti de Jerusalém é um jovem ? os imas nas mesquitas são uns jovens ?