25 novembro 2014

irrelevância

Um dia, numa hecatombe anunciada, cai o grupo financeiro mais estruturante do sistema, num novelo de fraudes. De seguida, a gloriosa empresa nacional de telecomunicações, metida em cavalarias baixas com emergentes em crise, cai em maus lençóis. Surge uma rede criminosa de corrupção, em que parece estarem envolvidas altas figuras da administração. Na sequência, um ministro cai. Nem uma semana era passada e é detido um antigo primeiro-ministro, acusado de várias malfeitorias.

Se, apesar do efeito reputacional destes eventos, o país não se afundar perante o mundo, só uma conclusão é legítimo tirar: já não somos nós que nos sustentamos perante o mundo, é apenas a nossa irrelevância no jogo global que nem sequer nos permite sermos sujeitos da nossa própria crise. Porventura, é melhor assim.

Seixas da Costa, no DE

4 comentários:

zazie disse...

Higiene, meu caro.

Higiene. Uma coisa muito útil que se esqueceu por ser associada ao nazismo.

O burguês prefere viver no pântano. Teme sempre perder qualquer merda que guarda.

simon disse...

By other side, por que foi tão tolo o tolo vezes de mais? Provavelmente, dado o destino, que o determinava assim. Ou por que diabo ricaço, se não do euromilhões, se exibe à toa, por chaufer próprio em correria de milhões daqui a Paris e levanta, quando podia deixá-lo na calma suíça para ele e para a mãe? Então não se via? Que andaria gente de nariz no ar? E como se entende tamanha ousadia? Por que há-de um tipo a tirar curso de Filosophia arrendar comprado um apartamento de tantos milhões, se bastava estúdio, anexo e T2? Olhasse o Loreiro e Costa do tal bpn, que manuseando miles de milhones, apareceram nus, sem nada a cobri-los, salvo mão à frente e atrás. Como o mesmo banqueiro, o da divindade, que ganhou que se farte e ao fim, não tenho nenhum... E o garnadeiro, ar de parvo, mais o balva, manhoso que nem indiano, a sorrir, que é que é saber e então dar o fora, sem nenhum alarde, longe bem longe de televisões. Sem o que o nosso homem não pode passar, qual uma prima-dona, ficar longe das palmas do palco. Ou teria outro jeito, sem ofender todos, dos professores à população, qual déspota, com aquela essa outra déspota, igualmente louca, atrevida, a lunática, amante da festa e de gastos aos milhões. E ainda me lembro De Sócrates ao cimo do Tua a dizer para o Mexia, pá, amanhã é só atirar-lhe cimento para cima e já está. Sem pingo de respeito, de ponderação. Grande tolo, ó Zé! Qual cavalo cego, vaidoso, com manias de grandeza, como um destemor, vai em frente, sempre, e não teme nada, até vindo a crise, perdeu-se, qual imperador.
E esperto que fosse, recatado, humano, como um ser normal, safava-se ainda, estou certo. Mas foi o destino, que ninguém engana, começo eu a achar .

zazie disse...

ò Corporation Dermostática, e se fosses jogar à carica?

zazie disse...

Phónix, que até meti um americanismo na corporación