23 novembro 2014

a culpa não é nossa

Os portugueses nunca elegeram José Sócrates para primeiro-ministro porque as eleições em Portugal não são nominais. Os portugueses, em 2005, deram a maioria ao PS liderado por José Sócrates contra o PSD, liderado por Santana Lopes. E em 2009 o PS repetiu a vitória, desta vez contra o PSD, liderado por MFL.
O que podemos afirmar é que os portugueses escolheram, quer em 2005 quer em 2009, "do mal o menos". Não devemos esquecer que Santana Lopes tinha acabado de ser "demitido" por alegada incompetência e que em 2009 José Sócrates era o "incumbent" (o primeiro-ministro em exercício).
A culpa portanto não é nossa, ao contrário do que afirma a Helena Matos.
Os culpados, se é que os há, estarão certamente entre as altas patentes do PS que permitiram e até facilitaram a ascensão de tão sinistra figura, como Sócrates, à liderança do partido. Recomendando-o aos portugueses para primeiro-ministro.
A culpa não é nossa, repito, porque nunca tivemos uma verdadeira escolha.

PS: Mas há culpados, Jorge Sampaio e António Guterres, por exemplo, são nomes que me ocorrem imediatamente.

41 comentários:

zazie disse...

E os media que fazem a cabeça das pessoas e são todos da escardalhada.

Anónimo disse...

Isso não e verdade: o PS não escondeu o Sócrates durante a campanha eleitoral.
Quem votou PS sabia quem iria ser o 1ministro

Anónimo disse...

Caro anónimo,

O k eu disse não foi k o PS escondeu o Sócrates. O k eu disse foi que as nossas escolhas foram entre o Sócrates e o Santana e mais tarde a MFL.
Não escolhemos candidatos individuais.

Joaquim

zazie disse...

O PS escondeu isto:

http://2.bp.blogspot.com/-LbzQP-RcV18/VHDCpdkQ4zI/AAAAAAAAW08/QNpv4D9Fx2o/s1600/P.9.9.jpg

Reunião nas vésperas das eleições:

Quem acha que está tão informado que explique o que sucedeu a seguir com a fuga de informação e a quem beneficiou.

zazie disse...

O resto é simples: basta prometer o impossível e aumentar os ordenados à função pública.

Josand disse...

http://www.pedro-magalhaes.org/como-votam-os-trabalhadores-do-estado/

Zazie: é uma sondagem e vale o que vale mas vale a pena ler

zazie disse...

60% da população portuguesa vive do Estado. Não basta serem funcionários.

Os profs são todos xuxas (generalização à parte) mas vê-se bem quem obedece aos sindicatso em cenas meramente políticas e barriguistas.

Faltou incluir os reformados. Sempre que prometem aumentos de ordenados (caso do Sócrates em plena crise) e aumentos de pensões, os votos vão para eles

zazie disse...

Profs, artistas, assistentes sociais, médicos, enfermeiros, tipos dos transportes, minorias emigrantes e quejandos são votos que sustentam os xuxas e comunas.

zazie disse...

Mas há mais formas de se ter retrato.

Por exemplo- aqueles 8 mil duzentos e tantos mentecaptos dos "Amigos de José Sócrates" são o quê?

zazie disse...

É ir lá ver e confirmar. Não são sondagens, são informações uma a uma.

Anónimo disse...

Agora fiquei a saber que os reformados vivem do estado.
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Bem, ele há alguns que vivem, mas a maior parte vive daquilo que previamente descontou e que, abusivamente o estado lhes subtrai para dar aqueles.
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É como dizer que os aposentados em sistema de capitalização privado vivem das seguradoras.
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Rb

zazie disse...

Olha, põe em conta a render o mesmo que descontaste e depois conta que pensão tens e por quantos anos.

Às vezes parece que gostas de te fazer de parvo.

Anónimo disse...

Os reformados vivem daquilo que descontaram. Os subsidiados (sejam eles aposentados ou não) é que vivem do estado.
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De entre os subidiados estão aqueles que integram os programas de estagio muito em voga agora para ganhar elições e que já abrange 130 mil jovens, os rsi's e os pensionistas que não descontaram a quem se lhes atribui umas verbas de sobrevivencia.
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No total esse pessoal recebe 4 mil milhoes (transf. estado) de entre 27 mil milhoes de receitas da SS. O que representa cerca de 14%.
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Rb

Anónimo disse...

Eu faço isso Zazie. Tambem me faço de parvo, mas garanto-te que se descontares 33% do teu salario e o capitalizares todos os meses ficas a ganhar mais do que aquilo que a SS te dá. Precisamente porque pega na tua massa e a dá a outros.
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Rb

muja disse...

Olha! Tanto tempo a dizer que o povo era isto e aquilo, burro e canhestro, e que lá fora é que é bom, e agora vem sacudir a água do capote?

E os postezinhos de simpatia ao xuxa Costa?

E o escrever em crioulo?

São rosas senhor!

E ainda se admiram de como isto foi depois do 25A...

Anónimo disse...

Bem, na verdade, é bom que a justiça tenha bons fundamentos para ter promovido a armação daquele show.
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Porque se a justiça não tiver bons fundamentos para ter efectuado o que fez a José Sócrates, mais grave do que ter tido um primeiro ministro do calibre com que o colocaram na praça pública, será ter uma justiça com o mesmo nível rasteiro com que já nos fomos habituando a ver no hemiciclo.
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E se motivos há de sobra para requalificar a classe politica, como quem requalifica funcionários públicos, muitos mais haveria para a classe judicial caso se metessem a fazer espetáculos por razões exteriores ao apuramento da verdade.
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Não confio. Basicamente.
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Penso que o regime requer uma vassourada geral. Da politica à justiça. Há demasiados interesses e contra-interesses instalados que me enviesam o raciocinio. Já não se consegue discernir se é ladrão aquele que parece ser ou se é verdadeiro ladrão quem o detém.
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Um ex-primeiro ministro não é uma pessoa qualquer. Não está acima da lei, mas quem a aplica deve ter cuidados maiores por causa da exposição pública.
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Este procedimento da justiça para com José Sócrates só é aceitável se aquela tiver fundamentos muito fortes. Caso contrario poder-se-à virar o feitiço contra o feiticeiro.
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Rb

Zé Luís disse...

wishful thinking, pela negativa.

simon disse...

Razão a toda. E assim estou mais sossegado, que não votei Coelho e nem Sócrates, mas alguma vez pensei que eram honestos, capazes, enganando-me, redondamente. Então respeitante ao de coelho dos passos, que deus ma livre, pobo beato, quando o foste eleger, também, não achando nunca fulano mais mentiroso, pavão mais trafulha e desonesto .

Vivendi disse...

Uma pergunta simples que diz tudo sobre o fenómeno democrático...

Numas eleições democráticas quem tem a melhor hipótese de ser eleito?

a) o imbecil
b) o sábio


Anónimo disse...

Uma pergunta simples que diz tudo sobre o fenómeno autocrático...

Num golpe militar de tomada do poder quem tem a melhor hipótese de ser designado?

a) o imbecil
b) o sábio
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Rb

Euro2cent disse...

> Olha, põe em conta a render o mesmo que descontaste e depois conta que pensão tens e por quantos anos.

Atenção que um fundo de pensões também tem função de mutualização de risco, como um seguro. Ou seja, alguns descontam mas morrem mais cedo, sem beneficiar da pensão.

Portanto o raciocinio só com o caso individual não é completamente válido. Não tira que as contas bem feitas lhe possam dar razão - não sei, e não sei se alguém isento sabe.

(E, como o Rb apontou, os números globais da instituição não servem de muito, pois houve demasiados golpes na fila ...)

tric disse...

carreirismo politico...

Vivendi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vivendi disse...

Uma pergunta simples que diz tudo sobre o fenómeno autocrático...

Num golpe militar de tomada do poder quem tem a melhor hipótese de ser designado?

a) o imbecil
b) o sábio

RB

Respostas possíveis:

Caso seja o sábio a ganhar este vai querer governar dentro dos princípios da tradição da nação e será respeitado naturalmente por quem lá o colocou e pela comunidade enquanto governar ao serviço do bem comum.

Caso seja o imbecil a ganhar os idiotas que o lá colocaram vão ter de o substituir com a maior rapidez antes que a comunidade se revolte e o país vá para o charco.

Nota: nem todas as autocracias foram precedidas por um golpe militar.

tric disse...

"PS: Mas há culpados, Jorge Sampaio e António Guterres, por exemplo, são nomes que me ocorrem imediatamente."
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Passos Coelho...Ângelo Correia...e companhia...

jocker alhinho disse...

Pois é. Razão tinha o meu rebarbativo professor de moral, que perante tão magnos escândalos, logo grunhia: " Isto é o caralho com a picha de fora!"

menvp disse...

VOTAR EM POLÍTICOS NÃO É (NÃO PODE SER) PASSAR UM CHEQUE EM BRANCO!!!
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-> Mestres Anti-Austeridade [com o silêncio cúmplice de (muitos outros) mestres/elite em economia] enfiaram ao contribuinte autoestradas 'olha lá vem um', estádios de futebol vazios, nacionalização do BPN, etc, etc, etc...
---» Bom, ora, como é óbvio, quem paga (vulgo contribuinte) não pode continuar a ser 'comido a torto e direito'... leia-se: quem paga (vulgo contribuinte) deve possuir o Direito de defender-se!!!
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-» Votar em políticos não é (não pode ser) passar um cheque em branco... isto é, ou seja, os políticos e os lobbys pró-despesa/endividamento poderão discutir à vontade a utilização de dinheiros públicos... só que depois... a 'coisa' terá que passar pelo crivo de quem paga (vulgo contribuinte).
---> Leia-se: deve existir o DIREITO AO VETO de quem paga!!!
[ver blog 'fim-da-cidadania-infantil'].
NOTA: o contribuinte agradece que sejam apresentadas propostas/sugestões que possibilitem uma melhor gestão/rentabilização dos recursos disponíveis... ou seja: em vez de propostas de aumentos... apresentem propostas de orçamentos!
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P.S.
Uma opinião um tanto ou quanto semelhante à minha:
Banalidades - jornal Correio da Manhã:
- o presidente da TAP disse: "caímos numa situação que é o acompanhar do dia a dia da operação e reportar qualquer coisinha que aconteça".
- comentário do Banalidades: "é pena que, por exemplo, não tenha acontecido o mesmo no BES".

jocker alhinho disse...

Este euromilhões que "saíu" ao Pinóquio faz lembrar o daquela velha lá do norte que para aí anda a ser badalado: também vai meter divórcios, chulos, um cagarim do caraças e muita merda no beco.

Anónimo disse...

Caro Euro2cent

A idade média de vida está a aumentar. Essa questão não faz sentido

Rui Silva

Anónimo disse...

De acordo Vivendi. Mas a pergunta tinha a ver com probabilidades.
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Uma autocracia só é possivel se houver golpe militar. E daí não sabe o que devirá. Se o golpe for liderado por malucos colocarão um maluco à frente.
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A única hipotese de vingar uma autocracia com boas probabilidades de colocar à frente do país alguém decente assenta numa possibilidade que a Republica não permite. A Monarquia.
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A alternativa é mudar radicalmente a Republica, formando um Senado (Conselho de Sábios) com poder de designar um Primeiro-Ministro, como faz a Igreja. Uma espécie de Cortes onde estão representados a Sociedade Civil (e não politica) em ordem concelhia (procuradores do povo de concelhos), Académica (elites), Económica (poder) e Moral (religiões e instituições), os quais seriam eleitos por méritos e não por indicação partidária.
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Rb

muja disse...

Mas V. não explica ó Rb, onde é que vai buscar o rei...

Nem porque é que um autocrata com uma coroa é melhor que um sem ela.

Em todo o caso, V. como sempre não é nada rigoroso.

Tanta volta para não reconhecer o óbvio: que o regime de 33 era o melhorzinho que se arranjou e que tão cedo ninguém vai arranjar um melhor.

Bastava substituir o Exame Prévio (se se quisesse, por mim era deixar estar porque para ler merda, ao menos que alguém faça a triagem do grosso por mim) por uma Lei da Imprensa como estava previsto, e legalizar lá os grunhos dos comunas, ou proibir todos os movimentos totalitários.

E se tinha defeitos, nenhum dos que para aí alvitram os não tem. Com a diferença que os vossos são todos imaginários e o de 33 existiu e funcionou melhor que qualquer outro.

O que V. está a dizer não é muito diferente de um sistema corporativo.

Harry Lime disse...

Estou com o Rb, um golpe militar nunca é boa solução.

Para começar porque um golpe militar abre sempre um clima de excpção, e por melhores que sejam as intenções, os "excepcionais" que criaram o golpe acabam sempre por pensar que são "especiais".

E na maior parte das vezes não são: corrompem-se facilmente como o comum dos mortais porque o poder corrompe e o poder excepcional corrompe excepcionalmente (sim, corrompi a citação).

Exemplo: o nosso 25 de abril não foi feito por radicais. Na madrugada de 25 de Abril de 1974 nem o Otelo era radical de extrema de esquerda. Os "capitães de abril" eram na maior parte dos casos oficiais que estavem um bocado chateados com a guerra colonial. Passados 2 ou 3 meses estavam (na sua maior parte) deslocados para a esquerda radical. Tornaram-se excepcionais.

Os verdadeiros excepcionais foram tipos como o Salgueiro Maia que paradoxalmente achavam que não tinham nada de especial :):)

Rui Silva

Harry Lime disse...

Assim, a saida é propria reforma do sistema e eu penso que este até tem formas de se reformar internamente. como?

Ora bem, o que se observa em toda a Europa (Siriza, Podemos, Beppe Grillo e cá o Marinho e Pinto) é o advento de demagogos que estão a erodir o poder dos partidos tradcionais, Durante algum tempo, vão ter sucesso.

Mas depois, duas coisas vão acontecer: a) os partidos tradciionais vão-se reformar (quer ao nivel das pessoas quer da ideias) b) o eleitorado vai perceber as limitações dos partidos alternativos (basicamente vai perceber que meia duzia de palvras de ordem não significam capacidade de governar um pais)

o problema destes processo é que nem são lineares (ie, vai haver avanços e recuos e estagnaçõe spelo meio) nem acontecem à velocidade a que os "iluminados" gostariam que acontecessem.

Mas pronto, isso é a vida e o Mundo e alternativa: golpes militares, ditaduras (de esquerda ou direita) são demasiado horriveis e arriscadas para serem consideradas num regime que é, apesar de tudo, democratico.

Rui Silva

Harry Lime disse...

E a cena corporativa à maneira do Salazar é que é uma fachada um bocado hipocrita.

é fazer de conta que existe um "interesse nacional" partilhado por todas as classes e grupos sociais quando na realidade o que existem são interesses individuais que podem (ou não) coincidir com o tal interesse nacional.

a conjugação desses interesses não é linear: por vezes ganham os interesses de um grupo, noutras circunstancias os de outro grupo, ocasinalmente talvez ganhem todos, ocasionalmente tambem talvez ganhe o Primeiro Ministro manhoso que manda o motorista com malas de dinheiro para Paris.

Mais uma vez isto é o Mundo. E o problema não está no Mundo: o problema está nos "iluminados" para quem o mundo nunca se reforma à velocidade desejada nem na direcção desejada.

Esses iluminados é que são perigosos porque depois inventam coisas como o "interesse nacional" (o deles claro) em nome do qual fazem revoluções, golpes de estado e camaras corporativas (nenhum regime autocratico de esquerda ou direita vive sem uma forma ou outra de corporativismo, nunca reperaram nisso?)

Rui Silva

Anónimo disse...

Os partidos do poder passam a vida a acusar-se mutuamente. Medem o grau de corrupção pela intensidade com que se acusam. Acusam para poder demonstrar ao povo que são os outros, do outro partido, os corruptos e não eles próprios.
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Na verdade tratasse de uma pescadinha com o rabo na boca. Se vós nos apontastes o dedo nós vos apontaremos o nosso. Parece que ganha quem acusa o mais próximo possível das eleicinhas porque a populaça tem memória curta e os últimos acontecimentos estão sempre mais frescos na memória do que os primeiros.
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Porém os dois (ou três) partidos do poder tem imensos casos de corrupção. Mais até do que a populaça desconfiava. Para além da margem que sempre se dá a este tipo de actividades. Uns mais para trás, outros mais recentes.
Dias Loureiro, Duarte Lima, Armando Vara, Filipe Meneses, Oliveira e Costa, José Penedos, José Sócrates, Vistos Gold (uma série incontável), Paulo Portas com os Submarinos, o pantano da Expo-98 e do Euro, BPP, BES, Portocale, Face Oculta, Isaltino Morais, Maria de Lurde Rodrigues, Cavaco e as acções do BPN, Passos e a indisponibilidade para o striptease etc etc etc... todos eles alegadamente envolvidos ou suspeitos em casos de corrupção.
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Se estes não foram outros tê-lo-ão sido. Vai dar ao mesmo. A corrupção está lá independentemente das pessoas concretas e da produção de prova.
E depois ainda há a contabilizar algumas dezenas (estou a ser comedido) de casos onde se tornou difícil os meios de prova.
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Principalmente a nível camarário que deve ter uma dimensão assustadora, sem esquecer a corrupção ao nível das empresas públicas, institutos e restantes organismos que vão desde a Educação (parque escolar) até à Saúde onde se transacionam direitos de saque como quem transaciona camisas.
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Em suma, não há margem para rodeios. Ao contrário do que disse Passos Coelho, eles bebem todos da mesmíssima fonte. A fonte do poder arbitrário que os partidos conduzem e alimentam.
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O regime está podre e deve ser enviado para o caixote do lixo.
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A 1ª Republica acabou por motivos semelhantes. Os militares conduziram um golpe em 1928, creio, que até partiu da cidade de Braga (olé) e instalaram Salazar cujo regime acabou com outro golpe militar (25 de Abril) onde quase sovietizaram o país.
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Chegou mesmo a vias de facto e até nacionalizaram (como quem diz, roubaram) patrimónios e expulsaram aqueles que criavam riqueza. Livra-mo-nos de ser uma república soviética, mas alimentamos vícios semelhantes como podemos facilmente constatar.
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Chegamos aqui, não restam grandes alternativas. A dívida do país (pública e privada) é gigantesca e bastará um pequena crise para provocar o caos absoluto e completo nas finanças do país. A margem foi derretida neste processo de consolidação. De 68% do PiB em 2008 passamos para uma divida de 130% do PiB.
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Nestes três anos, ao contrario da propaganda, não se evoluiu nada. A PII (posição de investimento internacional) que é uma espécie de Balanço do país degradou-se significativamente. Temos maiores responsabilidades para com o exterior hoje do que tinhamos há três anos. E temos menos Disponibilidades sobre o exterior.
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Isto quer provavelmente dizer que as exportações se fazem com margens demasiado baixas para o país poder criar recursos e pagar ao exterior o que deve. As Importações, depois do colapso na procura, baixaram intensamente, mas estão a subir vertiginosamente à medida que os consumidores pensam que a crise passou. Subiram de tal forma que já colocaram outra vez a Balança de Transações no vermelho.
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Rb

Anónimo disse...

Estes partidos que entram e saem dos sucessivos governos não querem saber disto para nada. Enquanto houver uma pinga de leite na Mama da Lusa não deixarão de a abocanhar. Rejeitam em sintonia algumas das soluções para fazer o país cair na realidade. Como seja a saída negociada do Euro e da zona Euro que não nos serve de modo algum.
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Para se ter uma ideia da impossibilidade de seguir este rumo, dizer que o equivalente a desvalorizar a moeda em 10% equivale a uma redução de salários na ordem dos 40%. Isto é, para o país ganhar alguma competitividade sobre o exterior precisa de reduzir os salários (privados e públicos) em cerca de 40%. Se o fizesse, perceberiamos de imediato os efeitos e o impacto que tal teria sobre o orçamento de estado. O défice dispararia de supetom por défice nas receitas fiscais.
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O país precisa de ganhar competitividade sobre o exterior. E isso faz-se reduzindo preços relativos para ganhar quota nos mercados externos. Ou aumentar o Valor que se acrescenta aos produtos.
Para reduzir os preços relativos as empresas precisam de ter custos mais baixos. Baixar salários é uma das (más) soluções. Mas há outros factores. O preço da energia, por exemplo. Portugal tem uma das energias mais caras da europa. Quase o dobro dos EUA. Mas ninguém ouve falar em promover investimentos na exploração de Gas Xistoso que já sabemos existir algures pelas zona de Lisboa, nem de investimentos em centrais nucleares.
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A única noticia boa que este governo nos deu foi ter negociado com a UE maior capacidade para poder vender energia. Passos bateu o pé e lá conseguiu qualquer coisinha com efeitos daqui a 10 anos. Enfim, daqui a 10 anos poderemos usar os excedentes de produção eólica e vender para a UE. Provavelmente daqui a 10 anos as eólicas já estarão velhas.
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O outro caminho é mais esperançoso mas requer mais tempo. É o caminho da excelencia onde a produção deixa de ter sentido no preço e passa a centrar-se mais na criação de Valor. Apostar em bons produtos a preços maiores. Conceito de marca, marketing, qualidade, inovação etc.
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Isto requer que o ensino seja diametralmente mudado. Passar a investir em formação de elevada necessidade e menos em licenciaturas que não servem para nada.
Portanto, para resolver o curto e médio prazo a solução passa por readoptar o escudo. Para resolver o longo prazo a solução passa pela educação e formação de empresários e trabalhadores.
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O resto é conversa partidária de quem quer continuar a mamar nas tetas quase secas da nação Lusa.
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Rb

Anónimo disse...

Oh Muja v.exa. quer que eu diga mal de salazar à força. Mas hoje isso não é possivel porque não se está a falar da guerra colonial.
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Vc ainda não entendeu. Aonde é que vc arranja um salazar. Como? de que forma? vai ressuscita-lo?
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Ele está morto e não aponta para lado algum.
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O que temos é de arranjar uma forma de produzir salazares com regularidade. O que eu lhe digo é que a monarquia consegue isso mais tranquilamente. Mas não é infalivel. Dentro da républica a única via que vejo é a estória que acima descrevi do Conselho de Sabios e da Igreja que o PA tem vindo a descrever etc etc etc.
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De resto, epá, se vc me garantir que o próximo golpe militar vai colocar um salazar e não um mao-tsu-tung eu estou consigo e juntos rezaremos para que a alminha do senhor Dr que inspire os novos governantes.
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Rb
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muja disse...

Ó Rb, eu não quero que V. diga mal de ninguém.

E até estou consigo na monarquia. Mas mais uma vez lhe pergunto: onde vai buscar o rei e com que legitimidade o põe lá agora?

De resto:

Quanto aos golpes militares: antes do 28 de Maio houve outros. É suficiente mencionar o do Sidónio Pais que pelos visto toda a gente gostava menos os que o mataram. Isso é prova suficiente que era pessoa de bem, porque se houvesse costume de limpar o sarampo aos trampolineiros, os democratas já tinham todos dançado na ponta de uma corda...

O 25 de Abril porém, é preciso ser visto à luz do que realmente foi: um golpe militar com vista a perder e a fazer perder a Portugal o Ultramar, entregando-o à união Soviética. Quem o encabeçou e chefiou foi o Costa Gomes com esse propósito. Para isso foi preciso deitar abaixo o Governo e o regime, porque doutra forma seria impossível controlar a população e o Estado.

Por isso, não é exemplo para nada, porque o objectivo do golpe não era mudar o regime nem o governo no que respeita à governação em si, mas apenas alienar o Ultramar. O resto veio por arrasto. Portanto, afirmar-se que não eram radicais os militares é uma falácia, porque o cabecilha, no que importava ao golpe, era o mais radical que se possa haver; e é dizer pouco de quem manda para o galheiro 90% do território e larga fatia da população portuguesa.

muja disse...

Quanto às corporações, mais do que saber se existe interesse nacional partilhado, ou uma sobreposição de interesses pessoais ao nacional (qual é a diferença?) é saber se a melhor forma de defender uns e outros é à bordoada ou serena e calmamente.

Epá, para perceber isto não é preciso ler mais o que prefácio aos Discursos do Salazar e está lá tudo.

Anda tudo a tentar inventar a roda...

muja disse...

E quanto a reformas de regimes, porque é que este se há de reformar quando já nasceu perfeito e a caminho do socialismo, e o Estado Novo não tinha reforma possível (embora se tenha reformado e o próprio Salazar admita no tal prefácio que a Constituição de 33 era para ser melhorada e não era senão o início de trabalho que havia a empreender)?

Não é possível uma discussão produtiva quando se negam sistemàticamente as evidências...

E já agora, estes partidos são tradicionais para quem? O socialismo e a social-democracia são tradição em Portugal desde quando?

Começa logo aí o embuste: partidos "tradicionais", ahahaha!

E esta merda a que chamam democracia é tão democrática que a malta não perde tempo a dar corda aos sapatos para se por daqui a andar, mesmo com o sol, a praia e a comidinha...

Ora adeus!

Vivendi disse...

Carrega Mujah!

Não adianta a alguns querer debitar faladura sem primeiro conhecer a história de Portugal.