Em 2005 a liderança do Partido Conservador, no
Reino Unido, disputou-se entre David Davis e David Cameron. Uma luta de que me
lembrei a propósito das primárias do PS, entre o António José Seguro e o
António Costa.
As parecenças poderão não ser muitas, mas a
verdade é que a eleição de um líder partidário depende sempre da personalidade
dos candidatos, uma vez que são da mesma área política (em Portugal esta
realidade abrange todos os partidos políticos por serem todos socialistas).
O Spectator apoiou o David Cameron e a
Petronella Wyatt (que segundo as más línguas mantinha um affair com o Boris
Johnson) publicou nesta revista dois artigos que “arquivei” para a posteridade,
como exemplo acabado do que eu considero “a job well done”.
O primeiro, de 1 de Outubro de 2005, é baseado
numa entrevista ao David Davis. Podem lê-lo aqui. O simples título: “A bastard?
Me?”, já é revelador.
O segundo, de 29 de Outubro de 2005 (aqui), é sobre o
David Cameron e está escrito sob a forma de um diário: “Diary - Why did I muff my chance to become the wife
of the next Conservative party leader?”.
Da
comparação resulta evidente para que lado pende o Spectator.
Reparem como
a Petronella se refere ao actual primeiro-ministro do RU:
‹‹David Cameron had
me in his arms. His breath was warm on my face. Oh, be still my beating heart!
It all lasted less than an hour, but I shall never forget. Yes, the probable
future Tory leader and I enjoyed our own brief encounter — on the dance
floor.››
Eu não sei se para este estilo é necessário
beber chá desde tenra idade. Ou se a aridez dos nossos “tiros ao Costa” é fruto
de muitos expressos curtos sem açúcar em chávena aquecida.
O que eu sei é que estas disputas políticas
são lutas de galos pelo poleiro e que devem apenas ser tratadas como tal. O
resto é lixo.
1 comentário:
https://www.youtube.com/watch?v=e-NDXtDUcGQ
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