04 agosto 2014

teria ocorrido?

A falência do BES teria ocorrido no Escudo?

A pergunta, neste momento, não tem sentido prático, é apenas uma divagação teórica para a qual nem tenho a certeza da resposta. Contudo, arrisco a afirmar que não, que o BES no Escudo não teria falido.

O Banco de Portugal teria continuado a disponibilizar a liquidez necessária e a inflação teria valorizado os activos do GES e desvalorizado o passivo, em muito pouco tempo.

Alguém quer arriscar uma resposta?

5 comentários:

Anónimo disse...

Joaquim,
Quase de certeza não teria ocorrido.
Aos primeiros sinais de crise, que terão ocorrido há já alguns anos, o BES ter-se-ia financiado junto do BP (como afirma no texto), alertando o supervisor para as dificuldades que, assim, lhe passaram ao lado.
PA

Anónimo disse...

PA,
Está a presumir que a gestão do BES seria composta por pessoas de bem, que teriam alertado as autoridades para as dificuldades.
E se não fossem?
Cump.
Zeze

Rui Alves disse...

Sabem o que há de semelhante entre Jesus Cristo e o Novo Banco?

Ambos nasceram por obra do Espírito Santo.

Anónimo disse...

Morre o banqueiro Richard S. e é recebido pelo diabo.

"Vou propor-te um negócio", explica o diabo. "Isso de dizerem que o dinheiro não faz cá falta é treta. Preciso de fornalhas novas. Se me financiares mil euros, ofereço-te aqui um mês de férias e no fim desse mês devolvo-te o dinheiro."

O banqueiro aceita o negócio e consegue fazer chegar mil euros desde a Terra até ao diabo.

Durante um mês foi convidado de honra no inferno, com direito a suite de cinco estrelas, refeições gourmet e praias exóticas. Ao fim de um mês o diabo devolve-lhe o dinheiro conforme prometera e faz-lhe outra proposta.

"Olha lá, e que tal se agora me pagares um milhão de euros para comprares aqui um lugar de chefia por toda a eternidade?"

Entusiasmado, ele volta a arranjar o dinheiro pedido e compra o lugar. Desta vez porém é mandado para uma masmorra a sufocar de enxofre, cheia de fornalhas e infestada de diabinhos a lhe atazanarem todo o dia. Indignado, vai reclamar ao diabo, que prontamente o esclarece:

"Sabes, na verdade temos dois infernos, o Inferno Bom e o Inferno Mau. Quando emprestaste os mil euros foste para o Inferno Bom, mas depois de investires o milhão de euros foste para o Inferno Mau."

"Mas isso não faz sentido nenhum", exclama ele irritado.

"Claro que faz", explica o diabo. "Da primeira vez entraste cá como depositante, mas depois entraste como acionista".

Anónimo disse...

Com o Escudo o BES não teria falido pela simples razão de que não poderia disponibilizar empréstimos com taxas ao nível das que se financiou com o Euro.
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O resto são lateralidades decorrentes de se usar uma moeda que não pulsa ao ritmo da economia real do país. Desfazada, portanto, da realidade e que orienta os dinheiros que afluem ao país colocando-o em investimentos e consumos errados.
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Em suma, com o Escudo, nem a populaça teria tido acesso a dinheiros baratos, nem os bancos, por decorrencia, teriam de se financiar para o efeito.
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Os frigorificos seriam da vilacondense FRICON e não da BOSH ou da Miele. As televisões seriam as que se fabricavam no país e não as que se fabricavam no estrangeiro. Provavelmente teriamos uma UMM com modelos de carros fantásticos, a Casal Boss já estaria a exportar novos modelos para todo o mundo. O país, esse, estaria melhor ao nível do emprego, finanças públicas, e balanças de pagamentos.
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Rb