28 agosto 2014

produtividade


Esta manhã fui multado pela GNR por excesso de velocidade, ia a 82 Km/hora (... dizem que ia) numa zona de 50. Para quem conhece a Invicta, foi na Estrada da Circunvalação em Matosinhos.
Ia no trânsito , nem mais depressa nem mais devagar do que os outros, sem provocar qualquer perigo.
O agente da GNR, de resto muito cortês, fez o favor de me informar que era uma contraordenação muito grave que poderia levar à inibição de conduzir. Paguei 120,00 € de depósito e vou contestar.
Expliquei ao agente que era médico e que tinha doentes à minha espera, pelo que me trataram da multa de forma expedita. A GNR dispõe de computadores online e software próprio; na página aberta podia ler-se: “Folha de Produção”.
Não contesto a necessidade de controlar o trânsito e de aplicar multas aos prevaricadores, mas 25% do SMN não será um pouco excessivo? E porquê a inibição de conduzir a quem nenhum perigo provocou.
Cheguei com meia hora de atraso à clínica. O primeiro doente já tinha adiado a consulta porque tinha de ir trabalhar. Pensei: produtividade...
Quanto custará ao País a produtividade das forças de segurança? Não haverá ninguém no governo  que compreenda que operações stop, às 8 horas da manhã, com multas excessivas e coimas desproporcionadas, prejudicam mais do que beneficiam?

8 comentários:

sampy disse...

Tolere-se o choramingado.

Mas, para a próxima, conviria assumir a liberdade de fazer o que se deve: cumprir o Código de Estrada. Para não parecer que anda a dar água sem caneco.

zazie disse...

E foi pouco o que pagou

Cavalgaduras do asfalto devem andar com o carrinho de brinquedo à frente do volante para inibirem os instintos predatórios da andropausa.

lusitânea disse...

Os políticos não querem ficar sòzinhos como criminosos.Andam a espalhar isso tudo ao zé povinho...pois que assim são esfolados e ainda sentem culpa...

Rui Alves disse...

Deixe lá que há alguns anos atrás fui multado em Beja por conduzir à perigosa velocidade de 40km/h onde o limite era de 30km/h. Montaram uma operação stop numa rua de arvoredo, completamente desabitada, sem peões, à saída da cidade, onde nessa época passava um carro de quarto em quarto de hora, se tanto. Sorte a minha não ter passado irresponsavelmente a 51 km/h num local tão sensível, ou eu teria sido alvo de uma contra-ordenação grave.

Miguel S. disse...

Caro Joaquim,

Do meu ponto de visto - pessoal - este post é um total absurdo.
Primeiro, porque o código da estrada é para cumprir, não sendo relevante o perigo (ou ausência dele) que julga causar.
Segundo, usa o argumento ignóbil de "os outros iam à mesma velocidade". É um argumento que perpetua e sistematiza a falha, tal como um político poderá dizer "se os anteriores roubaram, porque não posso eu também roubar"?
O ponto terceiro é que o seu atraso não justifica, de forma alguma, a necessidade de ir a +75% do limite de velocidade instituído. É caso para dizer "saísse mais cedo de casa"...

zazie disse...

O argumento dos outros também fora da lei já eu o ouvi tantas vezes que sei de cor.

Também conheço quem se gabasse do máximo de velocidade que conseguia fazer entre Lisboa e uma localidade a uns 70 kms de distância.

Dantes até faziam a falar ao telemóvel, já agora. Homens e mulheres porque nista as cavalgaduras nem têm sexo.

São os mesmos que passam a vida a mandar fwds com a matrícula dos carros patrulha escondidos na estrada.

zazie disse...

Ah, só por coisas.

De acordo com a cadeia alimentar, a coisa agora até está mais proporcionada.

As cavalgaduras do asfalto já têm ciclistas para poderem atropelar quando faltam peões no trajecto.

Por sua vez, os ciclistas, como são mais pequeninos nessa cadeia alimentar, tanto podem ser atropelados pelas cavalgaduras do asfalto, como atropelarem livremente peões nos passeios ou nas passadeiras de rua.

Anónimo disse...

Eu gostava de ter um emprego assim: de cadeirinha à beira da estrada a multar quem vai a 70 ou 80. Estas leis são do sec. passado, um pais moderno e produtivo não pode ter a população a fazer km e kms a 50 km hora. Só quem não trabalha e não tem que circular na estrada em trabalho é que defende este absurdo