14 agosto 2014

mais uma vítima

Portugal é o único país da Zona Euro em que um grande banco foi à falência.

A falência foi determinada pelo BCE quando, na Sexta-feira anterior ao colpaso, cortou o crédito ao BES.

O Joaquim, num post recente, perguntava se existisse o escudo emitido pelo Banco de Portugal, o BES teria ido à falência.

Ponha-se na situação do Governador do BP que, nessas circunstâncias,  teria de decidir entre emitir dinheiro e emprestá-lo ao BES ou, em alternativa, deixar o BES ir à falência.

O BES é mais uma vítima do Euro.

As consequências podem ser devastadoras.

11 comentários:

Luís Lavoura disse...

teria de decidir entre emitir dinheiro e emprestá-lo ao BES ou, em alternativa, deixar o BES ir à falência

Mas o "risco moral" de fazer uma coisa dessas teria sido enorme.

A partir daí todos os administradores de grandes bancos saberiam que poderiam doar dinheiro sem fim à sua família e aos seus amigos, que o banco numca faliria.

Luís Lavoura disse...

O BES é mais uma vítima do Euro.

A gente está cheia de pena desta vítima, Pedro Arroja, pode crer.

Anónimo disse...

Sim. Provavelmente um Gov. de BP teria emitido mais dinheiro para evitar a falência do BES.
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Não. Provavelmente um Gov. do BP teria feito o mesmo que este fez sem a parte de usar massa emprestada ao estrangeiro para alimentar um Fundo de Resolução.
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Na verdade, a única coisa que verdadeira mudaria se tivessemos o Escudo seria a capacidade de decisão. Bem ou mal, sim ou não, a decisão seria nossa e não de um qualquer outro banco central estrangeiro.
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E, qdo a decisão é nossa o problema deixa de existir. Este problema não existiria porque só existe porque outros bancos centrais estrangeiros alimentaram o BES.
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Rb

zazie disse...

Eu até choro com tanta peninha desses vigaristas socialistas

Carlos Duarte disse...

Pessoalmente, ainda não dormi a pensar nos pobres Espírito Santo a dormir debaixo da ponte...

O problema aqui não é o BCE ter obrigado o BES a ir à falência. O problema aqui é ter demorado tanto tempo sem que BdP ou CMVM dessem por nada.

cfe disse...

Todo mundo salivando contra os donos do banco e ninguém dando conta que muitas poupanças foram para o espaço. Quando rico caiu constipado , o pobre pega pneumonia.

cfe disse...

O BP ou qualquer instituição portuguesa não tem força para dizer não enquanto existir fundos disponíveis. Estivéssemos no escudo e nenhum banco português conseguiria fazer o que o BES (e provavelmente vários bancos da eurolandia) fez por um motivo muito simples: não haveria tanto dinheiro disponivel

cfe disse...

Se alguém tiver interesse para saber o que pode acontecer ao velho banco, deve consultar Banco econômico da bahia e PROER. Essa solução ai tomada e muito parecida com a que o presidente FHC tomou anos atrás, no Brasil.

Anónimo disse...

O BES não foi uma vítima do BCE. O BES é uma vítima da intervenção do Estado que cada vez que mete o bedelho onde não tem de o meter, sai cagada pela certa! Por exemplo o cliente que tinha obrigações que foram para o banco mau, e um empréstimo para uma casa que foi para o banco bom... Fantástico!
Em todos os outros negócios quando as coisas correm mal, as empresas vão à falência, e os credores ficam a arder. Mas porque carga de água os bancos são uma vaca sagrada que tem de ser intocável? Simples: porque isso nos foi impingido assim, são muitos anos de marketing bem sucedido, a vender a mesma receita impingida pelos banqueiros (os aristocratas do actual sistema político), cujo verdadeiro valor é zero - como a Islândia se encarregou de o demonstrar, ou alguém imagina que sem o BES, Portugal, o planeta Terra, ou a Humanidade, tinham desaparecido?
Num sistema capitalista - e foram escritos vários textos sobre este assunto aqui no blog recentemente - bancos, prostitutas, vendedores de droga, tascas, Hermes, Ferrari, o Sr. Manuel e a D. Maria, empresas de cobranças difíceis, são todos tratados da mesma maneira. Em Portugal passamos o tempo a inventar argumentos para dizer que é tudo diferente, quando é tudo a mesma coisa: actores no mercado que basicamente só tem como regra entregar ao cliente o que se prometeu.
Num sistema capitalista existe liberdade, responsabilidade, e responsabilização. E não é isso que temos por aqui. Dado o primado da Inveja, preferimos a igualdade (conceito absolutamente incompatível com liberdade), ou seja para simplificar as coisas: o nivelamento pela merdaleja. Somos governados a pedido dos 'tadinhos, dos lamechas, dos do fadinho, dos subsídio dependentes, dos pobrezinhos, e toda a sorte de medíocres desta laia, ou como alguém sintetizou somos um país com um problema agrícola: excesso de nabos e falta de tomates.
Os negócios têm - ou deveriam ter todos - risco. Há bibliotecas inteiras de livros de economia e gestão a falar disto. Aqui no burgo estamos a escrever tratados para meter o risco sobre as costas dos - não!, não é do Estado! - dos Contribuintes.
Com as minhas desculpas pelo calão mas Porra! Porra! Porra! Estou farto de ser chulado para sustentar isto.

lusitânea disse...

A Sra Merkel é que falou lá em Berlim.A partir daí veio o "exemplo" porque afinal somos bons alunos e até temos um monhé a candidatar-se a 1º ministro...

simon disse...

essa aí, ó lusitânia, a ser assim, nem ministro devia casar com alguém mais diferente, não?, foi a mais por isso, então .
E indo ao assunto, quem não se prejudicou com o BCE foi esse de braço direito ou esquerdo do Sarkozy, francês, que sem mesmo ser da família, diretamente, arrecadou a tempo uns bons milhões .