O Norte tem uma certa tradição de resistência
aos desvarios da capital. Lisboa apaixona-se por todos os estrangeirismos e é o
Norte que tem de meter travão a fundo. No passado recente foi Pires Veloso que
protagonizou esta resistência, quando o Cunhalismo pretendeu suceder ao
Salazarismo.
Hoje os perigos são diferentes, a capital
oscila entre um sovietismo requentado e um neoliberalismo bacoco, de que
resulta uma espécie de “socialismo capitalista” inédito a nível global. Um
aborto sociológico e político, defendido e promovido por todos os partidos da
governação, que nos levou à bancarrota.
Ora é neste contexto que um homem adoptado
pelo Norte nos tem alertado para a necessidade de regressarmos à nossa matriz cultural,
que não é compatível nem com o socialismo nem com o capitalismo puro. Estou a
referir-me, claro está, ao Pedro Arroja. A voz actual da resistência do Norte às
leviandades lisboetas.
Regressado de uma semana que passei em Lisboa, ao ler
a notícia da morte de Pires Veloso, pensei: é bem possível que a mudança que
precisamos tenha de vir a ser imposta pelo Norte.
1 comentário:
Tem razão em tudo o que diz, com uma excepção:não são todos os partidos do arco da corrupção(leia-se da governação), mas sim todos os partidos com assento parlamentar, PCP, PS, PSD, CDS. Esta gente escraviza todo um Povo, fingindo, para agradar às suas clientelas que defendem o Povo
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