13 julho 2014

No longo prazo estamos todos mortos

De acordo com a revista the Economist desta semana, foi levado a cabo um estudo com crianças em que estas eram colocadas perante a possibilidade de comer um doce imediatamente ou então esperar algum tempo e comer dois. Inevitavelmente, algumas optaram por comer o doce de imediato, incorrendo no custo de não beneficiarem do segundo doce minutos mais tarde.
Os investigadores depois seguiram o percurso dessas crianças, concluindo que as mais impacientes, aquelas que mais subestimaram o retorno futuro, tiveram menores performances escolares e maior probabilidade de cometer crimes na vida adulta. Ou seja, a desinteligência e a aptidão pelo roubo estão directamente ligadas à preferência temporal pelo presente.  

9 comentários:

Anónimo disse...

Não seria preciso estudos elaborados para intuir que crianças que querem obter ganhos imediatos tendem a ter profissões ou 'actividades' que gerem retornos igualmente imediatos. Roubar por exemplo ou Negociar na bolsa de derivados devem ser profissões de crianças que optaram pelo doce já.
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Rb

Anónimo disse...

Se bem que um bom ladrão, o ladrão de elite, é um tipo com capacidades de planeamento e timming perfeitos.
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A elite da ladroagem deve estar no grupo das crianças que escolheram esperar...
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Rb

Anónimo disse...

O que significa que a inteligência não está na profissão que deveio, mas antes na inteligencia em perceber o momentum.
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Um idiota é aquele que espera 5 anos e não percebe que daqui a 5 anos não irá ter doce algum. O inteligente é aquele que analisa a realidade e tanto toma uma decisão de comer o doce agora como a decisão de o comer amanha dependendo dos constragimentos que sente no presente.
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Rb

Anónimo disse...

Um estudo mais realista centrar-se-ia nas profissões que vieram a ter as crianças se no futuro, afinal, não lhes deram os doces prometidos.
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Rb

Anónimo disse...

É por estas razões que intuo que eu teria sido um ladrão fantástico. Não sei se escolheria o doce já. Dependeria muito da credibilidade de quem mos prometessem.
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Se fosse um José Socrates a prometer dois doces para amanha, o mais provavel era comer de imediato o doce agora. Se fosse o PPC a faze-lo até fazia um desconto e comia já metade do doce, mas se fosse o meu vizinho que é lavrador e criador de cabras provavelmente eu esperaria pelo dia seguinte para ele me dar mais um doce.
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Rb

Anónimo disse...

Caro CGP,

Já conhecia o estudo, é interessante.
Na minha opinião, as religiões podem ter um papel positivo por focarem na "eternidade", na descendência, no longo prazo.

ABÇ
Joaquim

zazie disse...

?

desapareceu

Anónimo disse...

O corolário da tese de que 'no futuro estamos todos mortos' é a máxima popular de que 'mais vale ter uma na mão do que duas no soutien'.
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Na minha aldeia a populaça diz frequentemente, não sem razão: 'não troques o 'toma lá' pelo 'dar-te-ei'.
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Tem muita ciencia de experiencia feita neste postulado popular.
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Rb

lusitânea disse...

Bem os comem tudo de imediato mas ficam sempre a olhar para o que os outros guardaram...O Louçã até já anda a doutrinar como vai ser.O problema é se os até agora cornos mansos acordam e dizem alto e pára o baile...deixando as cigarras com fome...