A minha posição de tudólogo e bloguer leva a
que muito amigos me confundam com o “coach” ou até com o psicoterapeuta. Vai
daí pedem-me constantemente opiniões sobre assuntos pessoais e familiares. E eu
dou, se calhar é o início de uma nova carreira.
Ontem, um advogado amigo, dizia-me exasperado
que não conseguia aturar a mulher.
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Isso é o normal pá – disse-lhe.
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Pois, só que eu não sei como lidar
com o assunto.
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Dá-me um exemplo...
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Chego a casa, cansado e chateado
com um determinado problema e começo a desabafar com a patroa. Ela escuta e em
vez de me “consolar” desata a sugerir-me soluções, como se eu fosse incapaz de
resolver os meus próprios problemas.
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É pá, mas tu é que começaste...
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Ó Joaquim, eu apenas estava a
desabafar, a falar alto, por assim dizer. Agora ela vira-se para mim e diz-me
‹‹isso só se resolve à antiga portuguesa...›› – sabendo perfeitamente que eu
detesto esse tipo de abordagem...
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Stop.... vou-te dar o meu
conselho: não levantes assuntos que sabes perfeitamente que a tua patroa não
tem sensibilidade para compreender.
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Pois, mas então com quem desabafo?
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Marcas uma consulta comigo e eu
ouço-te; são 200,00 €/ hora. Em alternativa vais a um bordel e por 150,00 €
desabafas com uma puta e ainda te alivias.
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Sempre é mais barato, ahahah
Acho que vou mudar de profissão. O meu amigo
acabou a sorrir com a minha piada e ficou muito mais bem disposto. A psico é
isto: usar palavras para mudar a perspectiva dos clientes.
2 comentários:
Supostamente não era ao contrário?
Se estivessem os dois calados e ele fizesse o que a mulher lhe disse para fazer, é que tinham juízo.
Um sueco/finlandês/russo vai a casa de outro para beber vodka.
Bebem a primeira garrafa em silêncio.
Abrem a segunda, bebem uns copos, e o visitante larga:
- Eh pá, esta vodka esta mesmo boa.
- Ouve lá, vieste cá para beber ou para conversar?
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