12 março 2014

Juro a 10 anos abaixo da ‘taxa Machete'

70 pessoas indignadas

7 comentários:

Ljubljana disse...

Aqueles que fizeram rebentar por três vezes a taxa Machete e nos trouxeram até aqui, estão abertamente numa postura de mandar f____ as gerações que lhes sucedem fazendo rebentar a taxa Machete mais uma ou duas vezes desde que isso lhes traga $conforto$ pessoal até baterem as botas. Para o Panteão com eles, já!

Anónimo disse...

O grupo dos 70 peticionários pela reestruturação da dívida estão provavelmente de boa fé.

Acredito que o que os move é considerar o montante da dívida de tal modo elevado que para o reduzir muita mais austeridade (o dobro, pelas minhas contas) seria necessário para que aquela se reduza paulatinamente com efeitos nefastos sobre a qualidade de vida dos portugueses em geral.

A austeridade, da forma como foi conduzida, foi um erro. Não do governo, que foi conduzido ou induzido a fazê-la (embora com uma sintonia de gostos horrivel), mas sim das instituições europeias, principalmente da Alemanha que, fiel ao seu instinto protestante, considera o Castigo a forma mais adequada para ensinar os países menos disciplinados a mudar de vida.

Mal eles sabem que os povos de cultura católica, logo ao virar da esquina, retomam novamente as suas ancestrais práticas. Está-nos no sangue fazer as coisas 'à nossa maneira'. É a tal distinção entre o individualismo protestante e o personalismo católico. Os primeiros geram pessoas disciplinadas, que acatam ordens e as seguem fielmente. Os segundos geram pessoas que dizem que aceitam as ordens mas tem sempre uma forma personalista de as fazer por trás, à sua maneira. Não é estranho, aliás, que os países de tradição e cultura católica sejam, de entre todos os países ocidentais, aqueles que têm mais micro empresas ou empresas familiares. Cada um gosta de fazer as coisas à sua maneira e a grande aspiração de qualquer trabalhador não é subir na hierarquia, mas sim montar um negócio por conta própria.

Ora bem, no entanto, aquilo que os 70 propõem não são medidas a que o governo e Portugal possam resolver por si próprios. As propostas do grupo dos 70 são propostas que precisam da aceitação de terceiros. Logo dependentes.

De nada vale propormos ideias, teses ou caminhos a trilhar se a opção de os seguir não depende de nós. O que eles dizem é que seria bom dilatar o prazo da divida e baixar as taxas de juro.

Está bem, no campo do 'supúzio' é muito bem dito. Mas o que se esperava de tais personalidades eram a indicação de caminhos cujo desbravamento dependa de nós próprios.

Tenho a certeza de que se 98% dos signatários fossem ao BCE ou a bruxelas ou outra qualquer instituição europeia propôr o 'negócio' das duas uma: ou nem os recebiam ou não ligariam puto. A consequencia, essa, seria uma imediata desconfiança de quem nos empresta a massaroca.
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Rb

Anónimo disse...

Esta gente devia ter noção do timming das coisas. Não é numa altura em que se luta para ver se passamos de fininho aos apetites sanguinários dos mercados, sem eles nos verem, que um gajo os vai alertar para a nossa posição. Não é?

Não é uma questão económica, é apenas uma questão de bom senso. Táctica militar, se quiserem.

E sim, o país precisa de muito mais tempo para pagar a divida. E precisa de reduzi-la drásticamente.

Porque não começar desde logo por forçar a dilatação do pagamento da divida aos parceiros da desgraçada (promotores privados das ppp's), forçando essa gente (que tem contratos leoninos com estado) a aceitar Titulos da divída publica com um prazo de 50 anos a uma taxa de juro variavel equivalente ao trafego que realmente ocorre nos investimentos dessas parcerias. 25% da divida seria dessa forma reescalonada e se essa gente tivesse de falir, pois que falisse. Antes eles que promoveram a desgraça em parceria com político corruptos, do que os pensionistas e trabalhadores e empresários que se dedicam ao negócio fora do estado.

Por que não concessionar a privados toda a área de transportes do país. Urbanos, suburbanos, nacionais, terrestres, ferreos, fluviais.

Porque não cancelar toda e qualquer privatização de monopólios. Sejam eles quais forem. Privatizar a EDP, a PT, ANA, REN, Aguas etc foi um erro crasso. Só o deveriam ter feito promovendo primeiro concorrencia eficaz como se fez nas privatizações da banca. EM alternativa podiam privatizar essas empresas partindo-as em bocados para umas compitam com as outras e sobrevivam aquelas que melhor serviço prestam aos clientes e ao melhor preço. De outro modo é ver o que se passou. Em monopolio privado os preços disparam sempre que uma empresa foi privatizada. Lembrar que no tempo do estado novo o fornecimento de energia electrica era promovida por 6 empresas.
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Rb

Anónimo disse...

Porque não concessionar as escolas públicas exclusivamente das cidades médias e grandes a privados. As escolas das cidades mais pequenas e vilas onde não tem massa humana suficiente para gerar concorrencia continuaria a serem geridas directamente pelo estado. Selecionaria um punhado de instituições com experiencia a gerir escolas.
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Desde logo a Igreja Católica (que tem tradição secular na área da educação - a estória dos jesuitas é interessante a este nível) e que já provou ser uma instituição capaz, ao nível do melhor que se pratica no mundo, de gerir escolas. Mas existem outras instituições; como cooperativas de pais ou de professores etc; privados que reunam critérios de excelencia com provas dadas etc.
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Daria uma concessão de 10 anos a cada uma das instituições com avaliações anuais da performance. E ainda pgavam um aluguer pelas instalações. A escola que produzisse três anos consecutivos de maus resultados seria retirada a concessão e atribuida selectivamente aos outros concessionários com resultados bons. A concessão deveria ter liberdade de contratação de pessoal docente e liberdade negocial para fixar salário, mas não de seleção de alunos. Seria paga pelo OE de estado por um custo 20% inferior ao que hoje o estado paga por cada aluno. Acabavam-se as escolas com contratos programa e cenas dessas que só serve para beneficiar amigos dos politicos.
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Esta medida, além de promover a concorrencia entre escolas e entre concessionários, reduziria os custos com a educação em cerca de 2 mil milhões de euros sem necessidade de despedir ninguém.
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Rb

Anónimo disse...


Mais do que tudo, permitiria que um prof de elevada qualidade e empenho e esforço na sua profissão pudesse ver esse esforço consubstanciado na sua conta bancária. Caso contrário, no modelo actual, um prof bom e um prof mau são pagos da mesmíssima forma. É, digamos, um modelo anti-natural.

A saúde permaneceria nas mãos do estado e o SNS mantido. É o sistema mais poupado de entre todos os paises da OCDE. Muito menos de metade do Americano. Metade do Alemão. Inferior ao espanhol, Francês etc. Mais a mais, a saúde é um daqueles casos onde a procura é inelástica. Quer dizer, independentemente do preço, os doentes pagam o que for preciso para se safar da morte qdo a coisa diz respeito a tratamentos de coisas sérias. Por isso é que não pode ficar nas mãos dos privados. Os EUA são disso exemplo. Gastam três vezes mais do que Portugal gasta e não colhem maiores beneficios nos macro-indicadores da saúde.

Com estas medidas teriamos um orçamento superavitário. A economia dinamizar-se-ia muito mais e poderia o governo canalizar as massas para promover a independencia energética do país. Construindo um gasoduto em parceria com espanha para o magrebe para distribuir por toda a europa que está demasiada dependente dos russos. Seria bom termos o poder de poder abrir e fechar a torneira de gas para alemanha e holanda e frança. Lançando também concursos para exploração de gas nas zonas que já sabemos existirem em Portugal. Lançando concurso para a construção de três centrais nucleares de 4º geração; e até as podiamos colocar ao lado das espanholas que estão na fronteira. Ainda sobraria massa para explorar melhor os recursos martimos. A pesca, os minérios etc

Cereja em cima do bolo. Reduzir as actuais taxas de impostos. Eliminar o IRS e o IRC. EM contrapartida seriam aumentados os impostos indirectos, como o IVA. Ainda assim uma redução geral de 20% em contrapartida seriam impostados todos os dinheiros recebidos em contas bancárias.

Nem era preciso declaração de IRS. O acrescimo nos depósitos bancários de um ano para o outro seriam o rendimento taxavel pelo fisco. Se as pessoas em vez de poupar a massa a gastasse apanhavam com o IVA mais elevado. Com esta medida apanhavam-se os traficantes de droga, a prostituição, o jogo ilegal e o mercado informa (aquele que não passa facturas). Todos os bens adquiridos e registáveis (casas, carros, etc) teriam de ter suficiente equivalente em depósito ou emprestimo bancário.

Em suma se ninguem pudesse fugir (em Portugal fogem cerca de 25% do PiB - isto é, cerca de 41 mil milhões) as taxas de impostos poderiam baixar radicalmente. E isso atrairia maior investimento, mais emprego, mais negócios.
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Rb

zazie disse...

Exacto. É não ter o menor sentido estratégico.

Euro2cent disse...

> Para o Panteão com eles, já!

Sepultá-los ainda vivos é bocado cru ... não é que não mereçam, mas mesmo assim ...

Mas como slogan, tem potencial:

"Soares para o Panteão, já!"

Fica bem, carago.