Os filhos são uma “escravatura”. Obrigam-nos a
trabalhar mais e a gozar menos. Quem tem filhos sabe isto perfeitamente, quem
não tem que meta a viola ao saco.
Ao longo de quase toda a existência humana, os
pais sujeitaram-se a esta escravatura porque os filhos acresciam à economia
familiar e eram uma espécie de seguro de incapacidade. Quando os pais já não
conseguiam “empurrar a burra”, os filhos assumiam o controle.
O socialismo, porém, desarticulou toda esta
engrenagem. Por mil e um motivos, os filhos deixaram de contribuir para o bem
estar económico da família e passaram a lastro, que muitas vezes as famílias
têm de arrastar por décadas.
Depois, o Estado substituiu-se ao seguro
familiar. Garantindo reformas precoces e assistência até ao estado vegetativo
prolongado, nos chamados cuidados continuados.
Assim sendo, quem é que está para se sujeitar a ter
filhos? Tal como antigamente a Igreja Católica, o moderno Estado Social entrou
no lar e enfiou-se debaixo dos lençóis conjugais. Só que com o efeito oposto ao
do Espírito Santo.
18 comentários:
Essa é a verdade que poucos querem ver.
Eu em percebo o post.
Se as pessoas têm menos filhos pelo facto de existirem lares e reformas, então em qualquer outo país que não é "socialista" já deixaram de ter há muito mais tempo.
Por outro lado, num país pobre, com reformas de treta e lares caríssimos só mesmo a classe média pode contar com um mínimo de dignidade sem ajuda familiar.
Pelo que o post do Birgolino é mais um exemplo de agit prop a dar para o mongo.
Como é óbvio, a principal razão razão de não terem filhos prende-se com as exigências laborais que passaram a ser para iguais entre homens e mulheres.
Só os pobres, imigrantes e ricos tendem a ter muitos filhos.
Com a família desfeita, agora, por mais anormal que seja, parece que vai ser a gayzada a parir por empréstimo.
"Como é óbvio, a principal razão razão de não terem filhos prende-se com as exigências laborais que passaram a ser para iguais entre homens e mulheres."
Zazie,
Isso é um aditamento que também faz toda a diferença mas o Joaquim não deixa de estar certo.
Qual estado social debaixo dos lençois qual quê.
Algures no início da década de 80 do Sec XX inventaram a pílula, mais nada.o primeiro método contraceptivo verdadeiramente eficaz desde que as mulheres são parideiras.Eficaz.
E as mulheres não são estúpidas.Usam-no para serem mais do que fêmeas parideiras.
Década 60, claro.
Isto é tudo obra da pílula, dos subsídios, foi perda de temor a deus, junto ao trabalho igual, libertador de sujeição e canseiras ...
E a mais que a mera força de imitação já tomada com o leite assim impere, quem é que entende que alguém ainda se sujeite a ter filhos a alturas de tal século austero de um passos, portas e albuquerqa ?
Hoje acordei com uma dor de costas do caracas...sera do socialismo Jaquim?
A Helena Matos ja me disse que sim, gostava de saber a sua opiniao...
Elaites
quase todas as pessoas querem o melhor para os seus filhos , querem-nos , como é obvio , perfeitamente integrados , a subirem na escala social. é carissimos conseguir isso hoje , e como diz a Zazie , só os ricos e os que se estão lixando prós filhos é que podem ter filhos... os outros limitam-se a ter um e a esperar que tudo corra bem. e falta aí o divórcio , que tem efeitos na natalidade. nenhuma mulher com 3 dedos de testa tem mais filhos do que aqueles que pode criar sozinha ou com a ajuda dos avós.
E eu que julgava que ter filhos era um projecto de vida e uma alegria imensa. Afinal é uma decisão que se toma em função do Pib, e do Orçamento Estado socialista. Não sei como é que o nosso Portugal aguentou estes seculos todos. A classe média não tem mais filhos pq não abdica da vidinha burguesa pós 25 abril, das férias no algarve, do carro novo de 4 em 4 anos, das roupas de marca, dos gadgets com que se entretêm os pais adultos que não conseguem deixar de ser crianças...
Claro que o poder de compra conta para a decisão de se ter um filho, mas a decisão de não se ter mais que um, vem mais da chatice que dá criar um filho do que do dinheiro disponível.
Claro que eu não acredito que existam estatísticas de nascimentos de filhos em função de mulheres solteiras.
E a questão laboral até nem é muito premente por cá. É-o cada vez mais em países mais desenvolvidos com cargas horárias que por cá nem conhecemos e com famílias reduzidas ao casal e filhos, como por cá ainda não é tradição.
Agora é óbvio que em não havendo possibilidade de a mãe ficar mais tempo com os filhos, com horário reduzido, os filhos tenderão a ser menos ou até nenhum.
Isso não é critério para pobres e muito ricos mas até nos pobres o efeito da instituição da família estar a ir à vida tem efeitos.
Quem geralmente se balda são mesmo os homens. Incluindo às pensões. E dantes ainda havia algum controle mas agora, com a globalização não rigorosamente nenhum- quem não quer pagar, não paga. A mulher que se amanhe.
Agora a burrice do Birgolino é que nem tem ponta por onde se pegue-
Pela lógica dele vivemos em tamanho paraíso de pensões e lares que os novos nem pica têm para se reproduzirem.
Na lógica bimba dele, um casal jovem sonha é com o paraíso de ficar sozinho em lar.
Nem estou a par de estatísticas mas também é coisa que se observa a olho- há cada vez mais homens e mulheres a viverem sozinhos.
Portanto, se não fazem família, não fazem filhos.
E aí, sim- entra a moda e as ideologias, o hedonismo, a fuga às responsabilidades e as carreiras- tudo em paridade artificial- como se nem instintos existissem.
Hoje preferem ter cães! Até porque os canitos apresentam um rol imenso de vantagens em relação aos putos. A começar por aos primeiros não ser preciso limpar a merda e a acabar por os poderem abandonar quando perdem a graça.
Mas o Birgolino diz aí outra treta que historicamente nem é verdade.
Que agora os filhos ficam em casa dos pais até tarde e por isso ninguém está para os sustentar.
É falso- nos tempos mais recuados, os filhos rapazes, que não eram filhos de pobres viviam até muito mais tarde em casa paterna.
E viviam dos bens familiares por serem futuros herdeiros. As pessoas sempre tiveram filhos em função da permanência da herança.
O capitalismo vem daqui- ainda que os neotontos também sejam marxistas e acreditem que o capital se consegue sem acumulação à Ayn Rand
Os pobres é que os tinham para terem alimento e mais mãos para o trabalho.
Conclusão- neotontismo é uma ideologia da pequena burguesia.
Olha, era isso mesmo que eu dizer.
A olho nu é mesmo bosta de cão no passeio que comprova a mudança de hábitos.
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