Estava a bebericar o meu gin tónico no bar do
Ritz quando ela entrou. Fiquei sem conseguir desviar os olhos daquele anjo...
pelo menos com 1,80 m, com o cabelo cor de avelã solto pelos ombros,
periclitante nos seus “stilettos”.
Que figura de mulher... e vinha na minha
direção, desviando cabeças e torcendo o pescoço dos invejosos.
-
Olá, eu sou a Irina – disse-me,
com um leve sotaque.
-
Olá, estava à tua espera. Nunca
imaginei que fosses tão bonita...
-
Desculpa o atraso, apanhei muito
movimento – o sorriso agradecia o meu elogio.
Ficamos a tagarelar durante algum tempo, até
que ela me tocou na mão e perguntou:
-
Queres ir até ao quarto?
Levantamo-nos, desafiando os olhares
concupiscentes e lá fomos....
Sós... toco-lhe no cabelo e encosto-a ao meu
peito. Sinto o rosto dela frio no meu pescoço e o cheiro espantoso do seu
corpo.
-
És um anjo Irina, se eu soubesse
que existias tinha ido à Rússia raptar-te...
-
Ahahah
Os lábio dela escaldam e contrastam com a face
que continua fresca...
Gostava de continuar a contar todos os detalhes
deste encontro erótico, mas a verdade é que não guardo uma memória descritiva
do que ocorreu. Passei-me para o outro lado de qualquer coisa, do espelho, da
vida, do cosmos...
Acordei apenas com os gemidos da Irina e as
suas unhas cravadas na minha carne.
-
Acaba comigo... f___-me!
Tirei a Lolita – o meu vibrador miniatura – da
minha bolsa Chloé e aproximei-me dela. Parecia tresloucada... trincava-me as mamas e
acariciava-me a vulva com os seus dedos delicados.
Aperto-a com força contra mim e ela soçobra
lentamente. Abre os olhos, mas parece agora mais distante. A magia da
imaginação, para a Irina, parece ter ficado aquém da realidade.
‹‹O meu medo é o do inconseguimento, de não
realizar todo o potencial deste anjo›› - penso. Se eu fosse homem sentiria a
mesma insegurança? Será que não me dispersaria tanto? Será que ficaria mais vigilante,
mais focado nos objectivos da Irina?
‹‹Tenho medo... ››
- Irina, tens gatos?Vera (todos os personagens são ficcionais)
* Subtítulo de F., bestseller do PA
Comentário: É muito difícil uma sociedade feminina definir objectivos e perseguí-los com tenacidade. Falta-lhe algo...
17 comentários:
Comunicado da Comissão para a Virtude e Prevenção do Vício.
O bloguer Joaquim, não deve fazer passar a sua mensagem usando narrativas erótico-pornográficas.
Se persistir no erro, será conduzido a Meca e vergastado na presença de Sua Excelência o Príncipe Abdel Ibn-Saud.
O Inquisidor
Ali Akbar-deKagar
Já se percebe bem que a América tenha exercido tanto fascínio no susceptível doutor - a terra da independência, dos bravos (patos?), libardade, etc:
Põem-lhe um país como figura de mulher, e ele só pensa em f___-la.
Realmente, na gringolândia é que estava bem...
Mas que anormalidade é esta.
Se fosse uma velha de 61 anos a postar isto queria ver.
Chamavam-lhe o que merecia- gaiteira fora de prazo.
Olá Zazie,
Não seja inconseguida. É apenas uma brincadeira para demontrar que uma sociedade feminina tem dificuldades de concretização.
Eu achei piada e não é uma história ofensiva.
:-)
Joaquim
Também não acho ofensiva.
Apenas quis dizer que v. se expõe demais, mesmo em se disfarçando de mulher
eheehhe
E aposto que nem tem os problemas que finge, ainda que não tenha unhas para chegar onde gostava.
":OP
Passou-se!
Passou-se!
Joaquim se mal pergunte... não anda inconseguido, ou anda?... -- JRF
muito bem. é assim qualquer coisa entre delta de venus e opus pistorum :)
Joaquim, por este caminho ainda vai a tempo de escrever o seu próprio best seller, enquanto a moda do 50 grays of shade não passar.
shades of gray... a minha dislexia
Olá Francisco,
Estou a pensar nisso, mas quero um romance conseguido, não inconseguido...
Joaquim
Uma das minhas palavras preferidas é mesmo VULVA. Obrigado Joaquim!
Caro Pedro Sá,
Muito bem, mas se se sentir inconseguido contente-se com VOLVO
Joaquim
A referencis à carteira Chloe (1500euros no minimo ) embrulha a narrativa num perfil porno-chic.Fantastico.
Ao contrário do que seria de esperar, mal acabara de ler o sonho erótico do dr. Joaquim deu-me um ataque súbito de preguiça fálica, como costumava dizer, escusando-se às piquenas, o engraçado mas já falecido coronel Aventino, quando amesendava ali no seu quartel do Procópio.
Isto para me confessar francamente preocupado pelo infausto acontecimento, estando a ponderar mesmo um pedido de indemnização ao autor, por perdas e danos graves. Entretanto vou aguardar estoicamente que isto passe. Quer dizer, que isto alce.
E Deus dá nozes a quem não tem dentes...coisa que o Papa Francisco ainda não nos abordou...
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