25 fevereiro 2014

a tradição portuguesa

Os portugueses têm sorte, não têm que importar nenhum modelo politico-social pensado por estrangeiros, só têm que redescobrir, exigir, ou acima de tudo, praticar, o seu municipalismo, e eu iria mais longe, o seu freguesismo e bairrismo. Nem que seja preciso dar a independência a Lisboa.

45 comentários:

zazie disse...

Disparate pegado.

Os municípios foram à vida e fregueses é o que mais existe, incluindo os bairristas do Porto.

zazie disse...

Mas lembrou-se bem do termo fregueses.

É mesmo esse que o José devia andar à procura, quando tenta encontrar explicação para a facilidade com que os tugas viram a casaca.

Viram porque é tudo freguês ou anda à cata de fregueses jeitosos para o tirinho.

zazie disse...

Freguesismo e bairrismo é a desgraça portuguesa.

Anda tudo nas clientelas por mais que se mude de regime.
Precisamente por isto ser uma aldeia é que os vícios de escala grande continuam a ser os da escala pequena.

Xixo-espetice de freguesismo.

Anónimo disse...

CN estupenda a ideia de dar a independência a Lisboa. Como é que eles se amanhavam? Chulando-se uns aos outros, claro.
eao

Vivendi disse...

No tempo do "absolutismo", os concelhos no Reino e no Ultramar eram unidades políticas representativas e autónomas, gozavam de privilégios, foros e liberdades, eram governados pelas elites locais e possuíam riqueza, força negocial, produção legislativa e autodeterminação. A simples visita de um aristocrata, de um prelado, um juíz de fora, um cobrador de impostos, a passagem de uma coluna militar ou a visita do Rei ou de um seu representante careciam de autorização do corpo representativo. Quando Lisboa se lhes impôs, passaram a ser governados do Terreiro do Paço, foram submetidos à tributação fiscal, perderam isenções, privilégios e liberdades, viram a representação usurpada por políticos profissionais e por governadores. No tempo do "absolutismo", eram cidadãos de concelho todos os homens livres maiores de idade. Quando isso acabou, o corpo eleitoral passou a ser censitário e fixado nos limites dos beati possidenti, dele se excluindo todos quantos não fizessem prova de posse de propriedade e riqueza. A cidadania plasmada pela Constituição Histórica e pela indiferenciação dos súbditos perante o Rei foi substituída por uma abstração de "cidadania" que ainda hoje se contenta em enunciar direitos desligados da capacidade interventiva das pessoas.

No tempo do "absolutismo", eram portugueses de direito todos os cristãos que vivessem nos concelhos do Reino ou do Ultramar e aceitassem os princípios da monarquia orgânica de poder indirecto. Da costa de África aos confins do Oriente, as comunidades auto-governavam-se, não havia distinção de origem étnica, a posse do património público era fiscalizado, as instituições matriciais da unidade social - o concelho e a misericóridia - regiam-se por regimentos próprios. Quando tudo isso foi proscrito, os naturais passaram a súbditos, logo depois colonizados e a ideia de "português" foi varrida pelo preconceito racial. De longe chegaram em catadupa leis, regulamentos, avisos e burocratas estranhos ao meio e a propriedade pública e das missões foi usurpada por administradores nomeados pelo centro do poder distante e cego.

No tempo do "absolutismo", sobretudo na sua fase final, governantes notáveis houve que propugnaram a via da industrialização (José Acúrcio das Neves) e da revitalização global do comércio português (Miguel de Arriaga) no quadro da parceria luso-britânica. Portugal, através do ainda polémico tratado de Comércio e Navegação Luso-Britânico de 1810, passou a ser, de facto, uma economia liberal e capitalista, mercê da aplicação do alvará com força de lei de 4 de Fevereiro de 181, que procurou organizar o livre comércio entre as diversas partes do império. Depois, tudo caiu nas mãos de banqueiros, prestamistas e usurários.

Vivendi disse...

http://combustoes.blogspot.com/2014/02/o-terrivel-absolutismo.html

zazie disse...

Portugal é uno e foi devido a esse freguesimo que, de certeza, o Salazar percebeu que havia necessidade de ser-se ainda mais centralizador.

E é. Quem disser o contrário é mero saloio ressabiado e nem percebe sequer a História de Portugal ou o temperamento dos portugueses.

É preciso um comando central- um sentido centralizador para a xico-espertice não ficar à solta.

zazie disse...

O Estado Novo é o modelo melhor para se recuperar e restaurar alguma coisa.

Nada temos a ver com o Norte da Europa ou com o sentido comunitário que eles têm.

Os tugas são manhosos e dados ao xico-espertismo- todo o regionalismo só serve para propagar esses vícios e destruir o que de melhor temos- a unidade, apesar disso.

Tem é de haver um exemplo de cima. Um só- bem claro- bem forte.
Precisamente para que a dependência não seja clientelismo.

zazie disse...

Agora a tradição de bairro e pequenas tradições locais deviam ser preservadas.

Mas, para isso existe a Igreja sozinha frente a infinitas ONGS e partidos que destroem tudo.

Como se não bastasse, ainda temos a TV para acabar com o povo.

zazie disse...

E os morcões para imitarem neotontismo por mera possidonice.

Não há pachorra para morcão.

Anónimo disse...

O Vivendi fala como se o absolutismo fosse o melhor dos mundos! E não era. Falamos dum tempo de escravatura, de terra-tenentes com direitos de vida e morte sobre populações inteiras, etc.
Se porventura pegar num foral manuelino, e há-os por aí às centenas (chegou a haver mais de 900 concelhos), verá a enormissima quantidade de impostos que sobrecarregava o "homem livre" vilão: eram impostos do "rei" (Estado), do senhor (senhorio, quando os municipios não eram da coroa), e ainda os eclesiásticos!
Era tudo a mamar à conta do escravo que, fugia do jugo como podia, indo instalar-se por esses montes e vales em recônditos e quase inalcansáveis brenhas.
Donde nasceram aldeias impensáveis e que hoje desertificaram de vez.
De facto a Idade Média, em Portugal, só acabou em 1974! Mas isso já é outra história...

Vivendi disse...

"Continuo firme na ideia de que a Monarquia coordenadora de Municípios Republicanos foi o regime mais certo para Portugal"

"O regime de que o mundo precisa para sair do atoleiro em que está metido é realmente o da Monarquia Portuguesa anterior a D. João I..."

"Acima disso, o município, clara e inteiramente "republicano". Como "coordenador geral" e "inspirador" o Rei..."

Agostinho da Silva - Cartas inéditas

Vivendi disse...

"De facto a Idade Média, em Portugal, só acabou em 1974! Mas isso já é outra história..."


Daqui a 50 anos vai ser do senso comum que a idade média só terminou no fim da III república.

Vivendi disse...

Quanto ao Estado Novo estamos a falar de um regime absoluto e não centralista como muitos pensam.

Com Salazar o homem burocrático e o socialista foi mais amarrado que o povo.

Essa foi a providência de Salazar que lhe permitiu Governar de Minho a Timor sem precisar de colocar os pés em muita terra onde se erguia a bandeira de Portugal e o ser português lá se ia civilizando.

Salazar foi uma daquelas pessoas raras e independente perante qualquer pressão ou situacionismo procurando tomar as decisões exclusivamente em nome dos interesses de Portugal.

«Dizia-se em Portugal que a diferença de atitude do público perante os discursos do Doutor Salazar e os seus é que as pessoas não entendiam o Doutor Salazar, mas sabiam perfeitamente o que ele queria, ao passo que, a si, entendiam muito bem o que dizia, mas não percebiam o que queria…»

(in «primeira entrevista», a Franco nogueira publicada em 25 de Junho de 1976 no jornal do Rio de Janeiro O Mundo Português, in ob. cit., p. 14).

Vivendi disse...

O modelo de governação

Por Pedro Arroja

24-01-2014 (artigo publicado no publicado no jornal Vida Economica)

As dificuldades por que Portugal vem passando nos últimos anos são o resultado directo da má governação do país, caracterizada por um elevado desemprego, défices externos e orçamentais, crise das instituições, como a justiça e a segurança social, e um enorme endividamento. Como se governa um país?

Esta questão não tem resposta universal – a melhor maneira de governar um país depende de país para país. Existe, porém, uma forte corrente filosófica e de opinião, que tem origem no norte da Europa e na América do Norte, que considera que a resposta a esta questão é absoluta e universal, e que a melhor maneira de governar um país é através da democracia partidária.

Esta corrente de opinião apenas se divide ligeiramente em duas correntes no que respeita ao papel do Estado, a corrente germânica ou do norte da Europa (social-democracia) enfatizando o papel do Estado e a corrente anglo-saxónica (democracia liberal) desvalorizando-o.

Esta corrente de opinião, na versão americana ou de democracia liberal, teve nas últimas décadas a sua mais conhecida expressão filosófica na tese do Fim da História de Francis Fukuyama.

A ideia era a de que se a democracia-liberal era boa para a América e os americanos, se tinha trazido felicidade e prosperidade à América e aos americanos, se a América e os americanos gostavam dela, então todos os países e todos os povos haviam de gostar dela.

Todos os países do mundo estavam destinados a ser democracias e desejosos da democracia. Foi animada por esta ideia que a América iniciou em 2003 a Guerra do Iraque, sob a Administração Bush.

Os americanos estavam convencidos que iriam levar a felicidade ao povo iraquiano, e libertá-lo, apeando Saddam Hussein do poder, e instaurando em seu lugar um regime de democracia liberal semelhante ao americano.

O resultado não poderia ter sido mais contrário às expectativas. Aquilo que os americanos deixaram no Iraque foi uma guerra civil permanente onde continuam a morrer milhares de pessoas todos os anos, senão mesmo todos os meses.

Portugal, embora em grau mais atenuado, sofre das mesmas razões do Iraque. Com a nossa adesão à União Europeia em 1986 e, em parte, por ser a Alemanha a pôr o dinheiro para o projecto europeu, criou-se a ideia na Europa – uma ideia muito bem aceite em Portugal – que o modelo de governação alemã – que é o modelo da social-democracia ou do socialismo democrático, inventado pelos próprios alemães – é o modelo universal de governação de todos os países, e o melhor de todos os modelos. Os resultados estão à vista. Este modelo de governação devastou a economia e as finanças do país, e também muitas das suas instituições, com a justiça à cabeça. Então, qual é o melhor modelo de governação?

A resposta a esta questão implica reconhecer, em primeiro lugar, que não existe um modelo óptimo de governação válido para todos os países, mas que ele varia de país para país. Em segundo lugar, que o melhor modelo de governação de um certo país é aquele com o qual ao longo da história a população desse país se deu melhor, é o modelo de governação que a tradição desse país consagrou.

A última questão é, então, a de saber qual o melhor modelo de governação para Portugal, qual o modelo de governação com o qual os portugueses se deram melhor ao longo dos seus quase nove séculos de história, qual é, enfim, o modelo de governação da tradição portuguesa?

É a Monarquia Absoluta. Desde a Revolução Liberal de 1820, em que o rei perdeu poderes para os ceder à democracia – iniciando o período da chamada Monarquia Constitucional -, mais ainda quando em 1910 o Rei foi afastado e substituído por um Presidente da República, que Portugal nunca mais foi bem governado. Nestes duzentos anos, a única excepção foi o período em que Portugal viveu sob um modelo de governação absolutamente excepcional, em que Salazar, não sendo rei, tinha poderes que o aproximavam muito de um rei absoluto.

Eduardo Freitas disse...

Vivendi,

Metáfora por metáfora, talvez fosse preferível falar em "idade das trevas".

Vivendi disse...

De acordo... caro Eduardo.

Arranjem-me uma idade das trevas qualquer onde o peso do estado na economia não ultrapasse os 15%.




zazie disse...

Gente ignara tem de repetir o chavão jacobino da Idade Média das trevas.

O Salazar até era medievalista. Inspirou-se na Idade Média para defender o corporativismo.

Só que isso nada tem a ver com a pancada ancap do regionalismo.

Anónimo disse...

Se municipalismo significa a criação de mais estruturas sorvedoras de dinheiros então, bem, então é perfeitamente dispensável.
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Portugal deve ser dos raros países onde o povo tem uma identidade comum. Onde não existem clivagens de qualquer ordem ou razao. Identificam-se uns com os outros. A mesma lingua, a mesma religião, uma tronco de tradições comuns.
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As regionalidades são, porém, bem vindas. Principalmente ao nivel cultural e folclorico. A este nível devia a Educação (ensino) regionalizar-se tambem. Dar mais enfase às coisas da terra (região).
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Os nortistas não passam de gente que pretende fazer do Porto aquilo que Lisboa representa para eles. Uma tonteria. Uma vez conceguida uma independencia do Norte o Porto transformava-se naquilo que agora combatem.
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Sou um regionalista convicto, porém, para efeitos de gestão dos dinheiros sou centralista. Salazarento, se quiserem. Os motivos disse-os a zazie, e bem.
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Rb

Vivendi disse...

Zazie,

Acredite que o municipalismo só tem vantagens.

Os municípios devem ser proibidos de gerirem orçamentos através de dívida ou seja única e exclusivamente por via de impostos e onde haverá assim uma competitividade fiscal como nunca existiu em Portugal. Os municípios irão logicamente procurar atrair pessoas e investimento por essa via. Os municípios mais socialistas serão automaticamente penalizados.

Outra questão prende-se com o ressurgimento do espírito comunitário em que as pessoas podem julgar de perto a administração da freguesia e do município e tomar medidas imediatas contra a má gestão ao contrário dos dias de hoje em que temos uma canga de chulos a passearem nos corredores de poder em Lisboa.

Hoje se a Zazie quiser ser contra a remoção da calçada portuguesa na sua freguesia pouco ou nada pode fazer já no modelo municipalista tradicional basta unir a sua comunidade e mandar o(s) idiota(s) para a puta que o(s) pariu.

zazie disse...

ehehe

Como é que sabe que eu faço parte dos que têm pó a essa treta da calçada lisboeta, transformada em calçada de Portugal inteiro, incluindo aldeias?


Leia o que eu escrevi. Não foi nada disso.

zazie disse...

Ah! v. pensava que era contra a retirada da calçada?

Pelo contrário. Estou farte de dizer que votava no primeiro energúmeno que se atrevesse a retirá-la.

É a maior parolice que se inventou.

Ninguém pode curtir as cidades (agora nem as aldeias) com essa porcaria que custa balúrdios e só serve para se escorregar.

zazie disse...

Esse é um bom exemplo da parolice de meio mundo querer imitar Lisboa.

A calçada é lisboeta, apenas. Foi o D. Manuel que lá deu a ideia aos comerciantes para calcetarem esse caminho até ao Paço da Ribeira.

mais nada.

Depois, a bimbalhada começou a imitar Lisboa e vá de calcetarem Porto, Coimbra, por aí fora, que eu ainda conheci sem essa trampa que nada tem a ver com a cor granítica do Norte.

Agora qualquer aldeia tem essa porcaria, mesmo que nem tenha passeios.

zazie disse...

Até criei o grupo dos inimigos da calçada Lisboeta.

nem lhe chamo portuguesa porque é mentira.

Anónimo disse...

Até parece que não sabemos para onde iria o dinheiro se os municipios pudessem gerir a massa dos impostos. Eram centenas de Joões Jardins a desbundar a massa pelos amigalhaços da região.
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Em suma, é exactamente ao contrario. Esta gente não tem de ter massa disponivel. A coisa até é bonita em teoria; na prática, em Portugal, não funciona.
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Os impostos devem servir para unir Portugal como um todo; para esbater a interioridade tambem.
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A captação de investimentos pode muito bem ser feita através de beneficios fiscais ao investimento .
De certa forma já o é. Existem beneficios, embora com pouco significado, para investimentos que se verifiquem em determinadas regiões do país.
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Rb

Anónimo disse...

Se eu mandasse mandava prender quem tirasse a calçada.
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Em Braga, há uns 20 anos, o presidente da camara Mesquita Machado resolveu tirar a pedra das estradas da cidade. Paralelos antiquissimos num formato que já nem se faz. Alcatroou a cidade toda. Os alemães compraram a pedra toda para calcetar as ruas das cidades deles.
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A besta vangloriou-se na altura que tinha feito um negócio fabuloso com os alemães. Os palermas, dizia ele num jantar, deram x contos por metro cubico. Vendemos-lhes tudo.
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Rb

zazie disse...

è pá, de acordeo em relação à treta dos plesidentes da junta espalhados ao infinito.

Em absoluto desacordo com a porcaria da calçada.

V.s falam assim porque nasceram no outro dia.

Nunca houve calçada sem ser em Lisboa e nem faz sentido no Norte.

É mesmo das coisas que há séculos mais me encanita.

Agora até aquelas ruelas íngremes para a Serra, em Sintra, têm essa porcaria que estraga completamente o ambiente dessas paragens.

Não só ninguém pode curtir andar a pé, porque aquela merda escorrega, como está sempre cheia de buracos.

Já fiz apostas com amigos meus- ninguém sabe a data em que se calcetou qualquer lugarejo.

Acham que já vem assim da Idade Média.
E gostam muito porque só sabem andar de carro.

Já ninguém anda a pé. Se for preciso metem-se no carro para atravessarem a rua.

zazie disse...

A cvalçada Lisboeta fica bem junto ao rio. Onde, por acaso, agora lhes deu para botarem terra batida. E nem sou contra a terra batida.

Mas adoro o tom escuro das terras do Norte e só por gigantesca falta de gosto estético se pode defender Guimarães calcetada de branco.

É o mesmo espírito megalómano do Marquês de Pombal.

E pior, como é tema recorrente meu, já tive debates com muita gente que apenas defende a calçada por puro melindre de não querer passar por "provinciano".

E assim é que passa- porque a tara de calcetarem Portugal inteiro começou precisamente por complexos de clonagem lisboeta.

A mania de tudo ser cidade, como a capital, para poderem ser gente.

zazie disse...

A calçada fica bem ao Sol, em espaço claro do Sul e apenas e exclusivamente no centro histórico.

Tudo o mais que isso é outro exemplo de como se gosta de deitar dinheiro pela janela fora, com os complexos à Mirós pendurados à janela.

Vivendi disse...

Invés de discutirmos como a calçada deve ser de norte a sul o que fica melhor aqui ou acolá devemos discutir localmente e só assim a vontade de cada comunidade vencerá.

Vivendi disse...

Quanto ao suposto endividamento municipal repito que não haverá pão para malucos. A única fonte de receita será por via tributária. Acabou-se a mama dos endividamentos. Os municípios até podem criar moeda e fazê-la circular entre os seus mas endividamento jamais.

zazie disse...

Não haverá como? agora também falamos no plural majestático?

Vivendi disse...

Não haverá porque o rei ou o conselho de sábios republicanos não o permitirão.

à receita deverá surgir pelos impostos e não haverá qualquer solidariedade nem responsabilidade nacional para bancarrotas ou credores. Os socialistas que se enforquem sozinhos.

zazie disse...

E quem é o rei, Majestade?

AHAHAHAHHAHA

V.s, os utópicos, são como os comunas- vivem a delirar com fantasias.

Vivendi disse...

Fantasia é esta república inútil e falida onde a democracia é glorificada mas que jamais servirá aos interesses de Portugal e dos portugueses.

Caberá às elites decidirem o que será Portugal... Se as elites não se movimentarem no sentido certo para libertarem os portugueses restará a criação de tribos para defesa da comunidade.

Anónimo disse...

Certo Zazie. A calçada onde ela é tradição.
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Esteticamente gosto dela, em Lisboa.
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É engraçado, o centro da cidade de Benguela, em zona de parques e jardins, está 'jardinado' por calçada portuguesa. Adorei.
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O calçadão do Rio de Janeiro tambem ele é todo em calçada portuguesa.
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Mas no norte tambem me parece deslocado.
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Guimaraes nem me parece que tenha essa calçada. Tem aquela predinha que não é calcario. Branca e preta de granito. Em pleno Toural. Esteticamente não gosto nada. Mas pronto, dizem que marcou uma época.
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Tambem desconheço o que querem fazer em Lisboa. Creio que não irão tira-la toda, não é?
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Talvez o façam apenas naquelas ruas manhosas de acesso ao bairro alto e aí, sim, embora fiquem bonitas, devem ser escorregadias para caramba.
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Em abstracto sou contra a retirada da calçada em Lisboa.
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E, ao contrario do que diz o Vivendi, e embora eu seja minhoto, Lisboa tambem me pertence porque sou portugues. Tambem tenho de ter uma palavra a dizer. Gosto muito de Lisboa e mesmo que não gostasse identifico-me com as terras portuguesas. Se fizerem merda no alentejo sinto-o como se o fizessem em Braga.
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Rb

Anónimo disse...

ahhh, em coimbra tambem me parece apropriada a calçada. Os monumentos são de calcário. Tem tudo a ver.
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Rb

Anónimo disse...

É claro, em termos folcloricos, sou a favor da independencia do Minho em congregação com a galiza. eheheh
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Até tinha jantares com galegos onde planeavamos na brincadeira as fronteiras do futuro condado portucalense que ia do minho até à galiza. Depois de dois ou três 'chupitos' ou lcor de ervas até fui nomeado Marquês do condado.
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Na verdade os galegos levam a coisa mais a sério do que os minhotos.
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Rb

zazie disse...

Eu conheci Coimbra sem calçada, excepto na praça principal.

Não havia esta pancada da calçada por todo o lado e custa balúrdios.


Se a querem, paguem-na e paguem os danos a quem não consegue andar a pé, à conta dela.

Em Lisboa, tem havido tantas queixas e quedas que agora andam a susbstituir as pedras brancas por umas negras porosas que não escorregam.

Mas é a mesma fortuna para nada.

Possivelmente vão tirá-las dos passeios, como os da minha rua, onde crescem mais ervas que pedras.

Calcetaram Portugal de lés a lés, de forma bimba e isso custa fortunas.

Passam a vida a deitar veneno para as ervas, depois morrem animais à conta disso e lá vêm de novo com a areia e com mais pedras para retocar a porcaria.

Há anedotas absolutas de terras cortadas ao meio pela auto-estrada que, apesar disso, lá têm a calçada e os corvos lisboetas por todas as ruelas.

Guimarães, tal como muitas outras terras do Norte em parte espatifadas pelo Marquês, tem na avenida grande, aquele disparate que felizmente não estraga o centro histórico que é lindo de morrer.

Mas está tudo calcetado. Todas as ruelas de acesso aos castelos têm esse disparate.

A última que vi foi Sintra- algum anormal da Câmara lá se armou em "povo"- como o Vivendi diz, e decidiu calcetar a vila até nas rampas de acesso à serra.


Uma bestialidade que há muito combato.

Tenho posts no Cocanha a dizer sempre o mesmo- no dia em que aparecesse um quqlquer, até podia ser o maior mafioso, que acabasse com essa merda, sem ser no centro histórico, eu votava nele.

O prometido é devido, vou votar nos energúmenos que garantem que vão acabar com esta possidonice que custa fortunas e que serve apenas para "inglês ver"- ou bimbo de carro- o que é o mesmo.

zazie disse...

Lisboa é das cidades mais bonitas do mundo é só um morcão besta pode dizer mal dela.

Detesto a labreguice bairrista.

Nenhum lisboeta tem asco do seu país, como esses morcões idiotas.

Eu sou portuguesa. E mais que isso, sou descendente de um das famílias mais antigas de Lisboa- portanto, se o meu antepassado participou na conquista dela à mourama, eu também tenho voto na matéria de correr com mourama besta daqui e mais as suas possidonices de gastos públicos.

De resto, adoro Portugal, todo- e a família do meu pai era do Porto- Cedofeita. Também tenho raízes em Trás-os-Montes.

zazie disse...

Esta conversa parece ter-se desviado do assunto do post mas nem por isso.

De facto, o gigantesco problema dos "plesidentes da câmara"- desse pseudo-regionalismo de fregueses e clientelas, deu nisto.

Por estúpido complexo de inferioridade, em vez de defenderem as características específicas das suas terras, não- deram em fazer caricaturas de mini-lisboazinhas por toda a parte.

Por isso é que também não há povo- terraplanou-se o país em imitação do que de pior existia na capital.

E fizeram isso com dinheiros públicos. Porque a única coisa que o dito regionalismo conhece é sacar mais ao Estado.

zazie disse...

Agora é que reparo que antes de seres morgadinho da cubata já tinha sido eleito marquezinho minhoto

ahahahahaha

V.s nem sabem como os galegos (que são os morcões lá do sítio) se estão absolutamente nas tintas para os "celtas" tugas.

Regionalismo é uma tara de que não sofro.

Felizmente que Portugal é uno e tem as fronteiras mais antigas da Europa.

Agora que há características diferentes, há. Por isso é que é bom preservá-las, em vez de se imitar tudo da estranja ou de Lisboa.

zazie disse...

Ma, em termos de modo de ser, também me dou melhor com o Norte do que com o Sul.

Sei apenas isso por ter feito Portugal inteiro de mochila às costas, para levantamento fotográfico de igrejinhas tardomeidevais.

Não é muito, é apenas uma impressão com que fiquei.

Posso resumi-la rapidamente- só tive problemas no Alentejo- foi o único local onde houve +essoas que se recusaram (e ainda gozaram) em abrir a igreja para o meu trabalho.

Na Madeira, depende. Fui lá várias vezes e, tirando os padres e bispo, tem dias.

Nos Açores, tudo ok,com reservas para os de Ponta Delgada e o melhor possível para a Terceira.

Mas, é um facto, que nestas coisas há-de haver alguma genética temperamental.

No sítio onde senti maiores afinidades foi mesmo em Trás-os-Montes. Incluindo quando havia braço de ferro entre o "quero que me abram a porta da igreja" e o "espere, que estou a almoçar".

eheheh

Em quebrando esse braço de ferro de personlaidade, é gente de quem tenho as melhores impressões.

Os minhotos são o máximo são baris e foliões.

zazie disse...

Fiz uma das viagens mais loucas de Ponte de Lima a Barcelos.

De camioneta com as feirantes a misturarem as couves e sacas de batatas com a minha mochila.

Uma loucura de barulho quando há festarola.

ehehehe

muja disse...

Enfim... Eu também não sou nada regionalista ou lá como lhe chamam.

Também gosto muito de Trás-os-Montes onde tenho família e passei umas temporadas quando era miúdo.
A casa da minha tia lembra-me que se tinha de sair para a rua para ir à casa de banho que ficava noutra construção separada. Muita confusão me fazia isso na altura...
E tinha escanos, a que sempre achei um piadão... e comia-se pão torrado na brasa.
E as ruas cheias de bosta de vaca. Os primos e vizinhos emigras no Verão...
Os palavrões...

E depois comer... Comer e comer... alheiras, chouriça, presunto.
Beber foi pouquinho que não tinha idade. Se fosse agora...

São umas grandes peças os transmontanos.