03 janeiro 2014

um País cheio de entropia


Na teoria da informação, a entropia corresponde à quantidade de informação (em bits) que se perde na transmissão de uma mensagem. Uma comunicação clara tem uma entropia baixa e uma comunicação vaga tem uma entropia alta.
Em Portugal, vivemos numa época de elevada entropia informativa. Basta abrir qualquer jornal para compreender este fenómeno. Ao terminar uma notícia são mais as dúvidas do que as certezas.
O governo também não ajuda, deixa-nos numa incerteza permanente – elevada entropia.
Numa sociedade feminina, como a portuguesa, é natural que exista mais entropia informativa. As mulheres gostam de se rodear de mistério e o seu discurso é quase sempre redondo e equívoco, mesmo nas coisas mais simples. Quando um homem diria: queres ir logo ao Norteshoping ver o último filme do Woody Allen, que passa às 18 horas? Uma mulher comentaria apenas: gostava de ir logo ao cinema...
Por vezes digo à minha mulher: não te importas de ligar o GPS? Algumas coordenadas, por favor... como aonde, o quê e a que horas?
Agora extrapolem deste simples exemplo para um país regido por uma cultura feminina. Anda tudo às aranhas. E o pior é que o esforço que temos de fazer para superar a “enorme” entropia, é excessivo para a nossa latitude.
Mais vale deixar ficar tudo como está, aliás é isso que as mulheres costumam querer.

8 comentários:

Anónimo disse...

Ó Jaquim,
Caguei p'ra ti.
Ó Jaquim,
Caguei p'ra ti.

(Todos)

Ó Jaquim,
Caguei p'ra ti
Ó Jaquim,
Caguei,
Caguei,
Caguei,
Pra ti.

Anónimo disse...

Jesus Cristo... ainda agora começou o ano e este já se cagou todo... -- JRF

Anónimo disse...

Caro JRF,

Já lhe deixei aqui a resposta:
http://portugalcontemporaneo.blogspot.pt/2014/01/temos-artista.html

Joaquim

Rui Alves disse...

Desculpe, mas parece-me que está a confundir o conceito de entropia na ciência informática:

http://en.wikipedia.org/wiki/Information_theory#Entropy

A Teoria da Informação é um modelo matemático abstracto que se aplica ao conteúdo da informação veiculada, e não aos problemas físicos decorrentes do canal de transmissão adoptado. A mensagem M tem a mesma entropia quer seja transmitida via radio-frequência sob a interferência de uma tempestade solar, quer seja imaculadamente transmitida via uma porta USB.

O que define a entropia de uma informação é a sua imprevisibilidade e portanto o seu grau de aleatoriedade. A Teoria da Informação parte do princípio que a informação tem tanto mais valor quanto mais imprevista for. Assim, por exemplo, a informação de que nevou em Faro no mês de Agosto é muito mais relevante do que a informação de que nevou na Serra da Estrela em Dezembro (os nossos telejornais obviamente não se guiam por esta teoria).

Suponhamos que só existiam automóveis pretos, e que todos os automóveis só podiam ser dessa cor. Nesse caso, era desnecessário constar nos livretes a informação sobre a cor do respectivo automóvel. Não haveria entropia informativa. Seria uma informação perfeitamente previsível e redundante. O que acontece na realidade, porém, é que os automóveis podem ser de diversas cores, e essa informação é útil porque se a DGV pesquisar informações sobre o seu automóvel, imagine-se, é impossível prever de que cor será.

Talvez tenha sido induzido em erro pelo hábito de se afirmar que há entropia na comunicação quando a transmissão não funciona bem. Mas isso é gíria técnica, nada tem a ver com a Teoria da Informação a que se refere.

Por isso, já está a ver onde isto leva. Eu afirmaria exactamente o contrário do que foi dito por si. Os nossos telejornais têm é uma baixa entropia, dada a previsibilidade das suas notícias. À luz da Teoria da Informação, reportagens sobre os portugueses na praia num feriado em pleno Verão tem um valor informativo caquético. E quanto a notícias do género "hoje faz X anos sobre o acontecimento XPTO", então nem falemos, correspondem ao que em probabilidade se classifica como acontecimento certo, com 100% de probabilidade de acontecer, e portanto de utilidade nula.

E visto que as suas posteriores conclusões partiram duma premissa incorrecta, talvez tenha que repensar o que falou sobre as mulheres :-)

Anónimo disse...

Caro Rui Alves,

Obrigado pelo seu comentário. Fui ler o artigo que citou na Wiki.
Logo no início diz o seguinte:

Information theory is a branch of applied mathematics, electrical engineering, bioinformatics, and computer science involving the quantification of information. Information theory was developed by Claude E. Shannon to find fundamental limits on signal processing operations such as compressing data and on reliably storing and communicating data.

Como vê, a teoria da informação foi desenvolvida para problemas de compressão. armazenamento e transmissão.

Ao contrário do que afirmou.

Joaquim

Anónimo disse...

Ainda,

Depois evoluiu:

it has broadened to find applications in many other areas, including statistical inference, natural language processing, cryptography, neurobiology,[1] the evolution[2] and function[3] of molecular codes, model selection in ecology,[4] thermal physics,[5] quantum computing, plagiarism detection[6] and other forms of data analysis.[7]

Anónimo disse...

Uma mensagem imprecisa encerra mais entropia do que uma mensagem precisa porque admite mais estados possíveis.

Relativamente às mulheres, não é necessário saber nada de teoria da informação para saber que as meninas usam, com frequência, uma linguagem mais imprecisa. Aliás, dei um exemplo.

Joaquim

Anónimo disse...

Sempre houve gente reles, filhos de uma mãe querida.