Há duas semanas atrás, a minha filha C.
perguntou-me: ‹‹tu não queres que eu seja feliz?››.
Respondi-lhe: ‹‹e o que é que tu sabes sobre a
felicidade?››, ‹‹não achas que eu, que sou bastante mais velho, sou capaz de
saber mais sobre a felicidade do que tu?››.
A felicidade, disse-lhe, não é um sentimento
permanente. Somos completamente felizes por uns minutos e depois fazêmo-nos à
vida, até ao próximo sorriso. Mas de uma coisa podes estar certa, a felicidade
é um sentimento que alcançamos com mais frequência quando atingimos os nossos
objectivos e especialmente quando esses objectivos são difíceis.
‹‹Quem é mais feliz, o alpinista que chega ao
topo do Evereste ou o colega que fica na base à espera dele?››.
Vem isto a propósito de um comentário do
Euro2cent, que desde já agradeço, que diz o seguinte:
Realmente, não há nenhum sistema de traga a
felicidade à espécie humana e não pode haver porque a felicidade não se dá,
conquista-se. Normalmente através do esforço pessoal.
Mas há muitos vendedores de banha da cobra que
prometem o paraíso na Terra, enfim.
Pensar dá-me felicidade, procurar a Verdade
também.
Já pensou, caro Euro2cent, o prazer que dá
pensar que é possível desenvolver uma ética baseada na física e saber que somos
o único ser humano no mundo (tanto quanto eu saiba) a contemplar esta hipótese?
É uma aventura... uma aventura para a qual todas as
sugestões e comentários são úteis.
1 comentário:
Não tenho comentado muitos os seus desenvolvimentos porque não tenho nada de especial a acrescentar, pelo menos desde o ponto da latitude intermédia de David Landes. Espero que algures o seu caminho se cruze com o da teologia da tradição mariana da Igreja Católica, para se poder trocar pontos de vista.
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