16 janeiro 2014

os cursos superiores são inúteis



Um gráfico aterrador (no Público de hoje).

Bruto e líquido, após impostos

700,00 € - 536,00 €
1.000,00 € - 686,00 €
2.000,00 € - 1079,00 €
4.000,00 € - 1903,00 €

Significa que um licenciado, na função pública, leva para casa cerca de mil Euros. Depois de pagar a uma mulher a dias e a quem lhe leve os filhos à escola, sobra-lhe um ordenado idêntico ao da mulher a dias.
É evidente que neste contexto, não vale a pena tirar um curso superior. As universidades andam a "burlar" os alunos.

12 comentários:

Euro2cent disse...

> As universidades andam a "burlar" os alunos.

Chiu. Olhe os sindicatos.

Não faz grande diferença, porque daqui por uns anos, graças às políticas "fracturantes", não vai haver alunos por razões demográficas.

muja disse...

Muito bem dito susceptível dr.


Vivendi disse...

As universidades em Portugal são um fenómeno eminentemente burlesco por vários motivos que apenas serviram para encher muitos egos de ilusão e uma total desconexão com o mundo real.

Vivendi disse...

Quanto aos ordenados da função pública sabemos que eram irreais e que se alimentavam dos impostos do privado para viverem acima do comum. Mataram o país pelos impostos agora sofrem também as consequências.

hahahaha...

Estudem Salazar que ele explica muito bem o que é o socialismo do estado e o papel do funcionário público.

Vivendi disse...

Socialismo de Estado explicado por Salazar

«Esse socialismo de Estado, que muitos apregoam e aconselham como um regime avançado, seria, na verdade, o sistema ideal para lisonjear o comodismo nato e o delírio burocrático do comum dos portugueses. Nada mais cómodo, mais garantido, mais tranquilo, do que viver à custa do Estado, com a certeza do ordenado no fim do mês e da reforma no fim da vida, sem a preocupação da ruína e da falência.

O socialismo de Estado é o regime burguês por excelência. A tendência para esse regime, entre nós, deve, portanto, procurar-se mais no fundo, falho de iniciativas da nossa raça do que noutras preocupações de ordem social. O Estado não paga muito mal e paga sempre. É-se desonesto, além disso, com maior segurança, com segura esperança de que ninguém repare.

As próprias falências, os desfalques, as irregularidades, se há compadres na governação, são facilmente afastados e os défices cobertos - regalia única! - pelos orçamentos do Estado.

As iniciativas, por outro lado, não surgem, não progridem, porque o padrão é imaterial, quase uma imagem. As coisas marcham com lentidão, com indolência, com sono. É possível que essa socialização tenha dado ou possa vir a dar ótimos resultados em qualquer outro país. Entre nós, os resultados não podem ter sido piores nalgumas experiências já feitas. Basta citar os Transportes Marítimos, os Bairros Sociais, os Caminhos de Ferro do Estado... Apenas uma excepção, que me lembre: a Caixa Geral de Depósitos. Essa é, realmente, uma iniciativa admirável do Estado Português, que tem prestado ao País, ao desenvolvimento da sua economia, sobretudo nestes últimos anos, incalculáveis serviços. (...)

Sou absolutamente hostil a todo o desenvolvimento de atividade económica do Estado em todos os domínios em que não esteja demonstrada a insuficiência dos particulares. Admito, sim, e procuro a cada momento desenvolver a intervenção dos poderes públicos na criação de todas as condições internas ou externas, materiais ou morais, necessárias ao desenvolvimento da produção. Essa intervenção é, mercê das dificuldades da época e dos problemas postos pela economia moderna, não só necessária, como cada vez mais vasta e complexa. Qualquer economia nacional que se encontrasse desacompanhada e desprotegida soçobraria em pouco tempo. Mas isso dificilmente se pode chamar socialismo de Estado.»

António Oliveira Salazar

Vivendi disse...

O burocrata

..."O burocrata é, no simplismo e também por vezes na justeza dos juízos populares, o homem inútil que se compraz em multiplicar as formalidades, encarecer as pretensões, amortalhar em papéis os interesses, embaraçar os problemas com as dúvidas, atrasar as soluções com os despachos, obscurecer a claridade da justiça em nuvens de textos legais, ouvir mal atento ou desabrido as queixas e as razões do público que são o pão, ou o tempo, ou a fazenda, ou a honra, ou a vida da Nação perante o Estado e a sua justiça; trabalhar pouco, ganhar muito e certo; sem proveito nem utilidade social, parasitariamente, sorver como esponja o produto do suor e do trabalho do povo."...


António de Oliveira Salazar - 5 de Outubro de 1940

Ricciardi disse...

Caro Joachim,

Não sei se se dá conta de que, apesar do salário liquido dos FP's ser metade do bruto, estatisticamente continuam altos.
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Para todos os efeitos estatisticos os FP's continuam a ganhar um Bruto muito elevado.
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Não tardará muito e o governo, irá tirar-lhes 90% do Salário e mesmo assim o Salário (bruto) continua elevado. Levando a coisa ao ridiculo, se o governo lhes tirar 100% do salario, os FP's continuam estatisticamente a ganhar muito.
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Um belo paradoxo.
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Rb

Ricciardi disse...

Qto ao Socialismo e ao Salazar dizer que, no tempo dele, havia motivos para se falar em Socialismo. Salazar não era idiota para falar num sistema que não existia. Existia, e ameaçava espalhar-se pelo mundo e ele, naturalmente, falava desse perigo.
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Nos dias actuais não existe Socialismo em lado algum, excepto umas pequenas pinceladas aqui e acolá em países sem relevancia.
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Em Portugal o Socialismo foi engavetado na decada de 80. De então para cá dessocializou-se aquilo que em 3 anos de revolução se socializou.
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Com uma agravante. Privatizaram-se empresas então nacionalizadas com a mesma gula com se fizeram as nacionalizações. Mais grave, não se devolveram as empresa nacionalizadas aos legitimos donos.
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Não sei bem o que é mais grave. Se é a vergonha das nacionalizações de então, ou a vergonha destes processos de privatizações que mais não são do que a legitimação das nacionalizações ocorridas.
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Rb

Rui Alves disse...

Caro Vivendi
A esse propósito permita-me acrescentar também a seguinte afirmação de Salazar (que cito de cor, pois já não disponho da fonte):

"O Socialismo nunca poderia resultar em Portugal porque os portugueses, preguiçosos como são, iam todos querer trabalhar para o Estado."

lusitânea disse...

Tudo pela Nação, nada contra a Nação é evidentemente uma pérola Salazarista
Agora vejam o seu contrário feito pelos internacionalistas do Homem Novo que no nosso caso é mulato depois da entrega de tudo o que tinha preto e não era nosso...

ps

Mas podem ir tomar no cu que agora tem muita discriminação positiva...e qualquer dia a herdarem os filhos uns dos outros...

Anónimo disse...

Caro Joaquim,
um licenciado do Estado, ganha 1200 brutos (pois não há aumentos) o que se traduz num salário liquido de 830 euros (sem contar com o subsidio de ferias em duodecimos). antes fossem os 1000 euros de há 3 anos atrás...

Anónimo disse...

caro rb,
um salário de 1200 brutos é demasiado elevado?
um liquido de 830 é demasiado elevado?
...
sim, está-se a falar de licenciados e não de assistentes técnicos ou assistentes operacionais.
o grande problema é o pessoal que entrou nos anos dourados e ganha demasiado para o pouco ou nada que faz. mas se é aí o problema, que se corte aí e que se deixe a base da piramide, que é a que trabalha, em paz.