Percepcionamos dados da realidade material e
trabalhamo-los através da razão, arquivando-os como informação.
Tanto para a nossa subsistência material
quanto para a gestão da informação de que dependemos, utilizamos energia que
extraímos do meio ambiente.
Qualquer barreira à obtenção dessa energia
ameaça a nossa existência física e todo o processo mental de arquivo e
recuperação de informação.
Se atentarmos na famosa pirâmide de Maslow,
percebemos de imediato que as populações têm de utilizar a energia que
conseguem obter, em primeiro lugar, na satisfação de necessidades fisiológicas
e de segurança e que, só depois é que podem começar a “cultivar os afectos” e a
contribuir para a superestrutura social (a noosfera do Teilhard de Chardin ou
a minha “matriz cultural”).
Nas zonas do globo em que a sobrevivência é
mais difícil, em termos energéticos, há mais entropia. Caos envolvente (urbano,
poluição, etc.) na vertente material e desordem (ausência de conhecimento e
de instituições funcionais e políticas) na vertente “informacional”, mental ou
cultural.
Nesse contexto, a sociedade que emerge é
necessariamente distinta das mais afluentes.
O governo costuma ser de monarquias
hereditárias absolutistas, ou até teocráticas, que concentram o poder
legislativo, executivo e judicial. Os direitos cívicos são “termodinamicamente”
ignorados e, em última análise, é o cada um por si.
Um sistema democrático, à inglesa ou à
norte-americana, consome muita energia e não faz qualquer sentido quando os
recursos são escassos.
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