Por exemplo, se alguém antecipar correctamente o arrebentar de uma bolha, acumular moeda é o melhor que pode fazer, contribuindo positivamente para que a crise se dê mais cedo do que mais tarde, e será melhor mais cedo do que mais tarde.
Mas falemos em abstracto no mais puro amealhador de moeda e que (se tal fosse possível) reduz o consumo a zero.
Bem, na prática tal corresponderia a que todos usufruiriam de um robot a custo 0. O robot produz e nada consome. Mas recebe salário e limita-se a acumular esse salário na forma de moeda e retirá-la de "circulação" em vez de trabalhar a salário de facto de 0.
De que forma as 2 situações se tornam equivalentes? Os preços descem. O amealhador de moeda retira moeda de circulação e esse acto faz os preços baixarem (menos moeda, para a mesma produção) o que em si, é como se mais moeda voltasse a estar presente. O benefício de todos com o trabalho efectuado sem que consumo do próprio tenha lugar (o equivalente a um robot a custo 0) materializa-se na descida de preços.
É uma vantagem da moeda. Em troca directa, o amealhador acumularia produção real de bens. Equivaleria a consumo de bens que têm de ser produzido por terceiros e que deixariam de estar presentes para outros. Mas com a utilização de moeda, cujo utilidade é apenas servir como meio de troca (nem é bem de consumo, nem de investimento), a sua acumulação, não prejudica, e é sinal que está a produzir para os outros sem nada consumir.
1 comentário:
Bem, CN, o seu erro sistematico é considerar a moeda como sendo apenas um meio de troca.
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Nao é. Longe disso.
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Eu sei, o puritanismo advoga q a troca directa é a verdadeira medida de todas as transacoes e a taxa natural aquela que dessas transacoes derivam.
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E, portanto, existindo uma moeda ela deve apenas servir para que se facilite os trocos na transacao entre a venda de um burro e a compra de um cavalo.
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Porém, a moeda nao serve apenas o propósito de meio de troca. Vai mais longe porque as trocas evoluiram desde que se começou a negociar com povos de outras paragens.
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Quer dizer, se todos povos ou paises usassem a moeda de ouro como meio de troca, ou outra coisa qualquer aceite por todos, rapidamente vc veria povos sem ouro e povos com muito ouro. Os que tivessem muito ouro eram os mais eficientes. Eram aqueles que vendiam produtos que todos os outros queriam comprar.
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É a mais NATURAL lei que existe. A lei do mais apto, que podemos ver nos animais da selva.
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Vc está coberto de razao. Os mais aptos seriam os gloriosos sobreviventes. Pelo contrario, os menos eficientes seriam dizimados a seu tempo.
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Mesmo assim, mesmo os mais aptos precisam dos menos aptos para viver. Ninguem é melhor ou mais apto se nao houver termo de comparacao.
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Ora, esse termo de comparacao encontrou na cotacao das moedas, no caso das sociedades humanas, a sua principal diferença na eficiencia.
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Quer dizer, os menos eficientes veem a sua moeda desvalorizar e, com isso, ganhar direitos a viver.
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Esta é a principal difrnça entre o mundo animal e o mundo dos humanos. Uma moeda de troca com cotacoes distintas.
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Rb
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