29 dezembro 2013

o aborto é um Mal


Sob o ponto de vista ético, o aborto é um Bem ou um Mal?
Para responder a esta pergunta vou começar por recorrer à física. Uma vez que o propósito da vida é reduzir o gradiente de entropia entre o Sol e a Terra, quanto maior for a população humana mais se realiza esse objectivo. A reprodução é um Bem.
O aborto, ao eliminar um ser humano potencial, elimina toda a entropia que este (e o seus descendentes) poderia produzir no período da sua vida. O aborto é portanto um Mal. É possível estimar a entropia – S – que deixou de ser dissipada e, portanto, este Mal pode ser expresso numericamente.
Matar, em termos físicos é um Mal, um Mal quantificável. O bom senso diz-nos que um genocídio é pior do que um assassínio único e a física confirma esta perspectiva. O aborto, claro está, não é um assassínio, porque apenas é eliminado um ser humano potencial, mesmo assim há um impacto termodinâmico.
Conclusão: a física indica que o aborto é um Mal.
Agora, vamos à perspectiva biológica. A finalidade de todos os seres vivos é ‹‹Crescerem e Multiplicarem-se››, não há outro propósito.
O aborto, ao interromper o fluxo da vida, vai contra a natureza e portanto só pode constituir um Mal, em termos biológicos.
Conclusão: a biologia indica que o aborto é um Mal.
Por fim, vamos à tradição. O que nos diz a tradição? A tradição diz-nos: ‹‹Não matarás›› e ainda ‹‹Trata os outros como gostarias de ser tratado››, a regra de ouro.
O aborto impõe a morte de um ser humano potencial, é um Mal. Por outro lado, a pessoa que aborta não está a aplicar a regra de ouro, senão não andava por aí.
Conclusão: a tradição indica que o aborto é um Mal.
Há uma consiliência nestas abordagens que nos tranquiliza. É Verdade que o aborto é um Mal, qualquer que seja a perspectiva.
Claro que há situações em que um Mal se justifica para obviar um Mal maior. Executar um assassino em série, por exemplo, pode estar justificado em termos físicos, biológicos e de tradição, mas não deixa de ser um Mal.

6 comentários:

Anónimo disse...

Que estranha forma de ter uma ética.
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Em suma, para o Joachim, dentro da sua lógica dos gradientes, é tão imoral matar um bicho como um ser humano.
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Levando a coisa ao ridiculo, eu concluiria que não haveria Mal algum se um gajo matasse os homens do planeta inteiro, desde que ao mesmo tempo os substituisse por animais que pudessem reduzir o gradiente termico.
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Não está a ver onde pode levar a cientonice?
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É, digamos, mal comparado e com as devidas diferenças, a forma de pensar dos déspotas assassinos. Como Hitler. Em nome de um alegado designio exterior maior, reduzir o gradiente das raças inferiores era um Bem.
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Rb

Anónimo disse...

E digo isto porque vc está convencido de que o aborto é um Mal devido unicamente ao facto de este reduzir o gradiente termico.
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Se por um qualquer motivo existissem pessoas a mais no planeta, a moral decorrente seria que matar bébes em excesso seria um Bem.
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Portanto, matar na sua optica seria um Bem ou um Mal ao mesmo tempo, dependendo daquilo que vc considera com finalidade da vida.
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Rb

João Pereira da Silva disse...

Disparate RB. O Bem é o ser humano expandir-se para fora do planeta (espaço não falta).

Anónimo disse...

Existem pessoas a mais no planeta... -- JRF

Anónimo disse...

Isso, lá está, mas isso tem a ver com a inteligencia. Matar é sempre um Mal. Resolver o excesso de populacao nao pode ser resolvido elimando pessoas ou bebes, alegadamente para um Bem maior.
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E como a inteligencia é a única coisa que nos distingue dos animais, provavelmente iremos encontrar formas de controlar o crescimento desmensurado da populacao de forma perfeitamente civilizada e inteligente.
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Na China fizeram a politica do filho unico atraves da restricao da liberdade individual.
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O Ocidente vai ter de fazer um controlo, quer queira quer nao queira, só que irá faze-lo sem eliminar a liberdade individual de ter os filhos q quiser. Os governos podem por exemplo ter politicas fiscais que desonerem finaceiramente as familias a ter mais filhos quando é preciso e politicas que agravem fiscalmente qdo sucede o contrario. A ideia é estabilizar a idade média populacional de forma a que exista um equilibrio entre o numero de velhos, novos e bebes.
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Isto terá de ser feito para que um dia nao venha um palerma e começe a dizer que o Bem é fazer o controlo populacional à bruta.
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Rb

Anónimo disse...

Ah o o ocidente já o está a fazer... -- JRF