22 dezembro 2013

latitude, termodinâmica e cultura III


Numa situação termodinâmica adversa, dificuldade em extrair negentropia do meio ambiente, os seres humanos concentram-se na sobrevivência e não investem, por assim dizer, na superestrutura social.
A distância ao poder é grande, porque não há energia disponível para a participação política democrática e o colectivismo predomina sobre o individualismo, porque a lealdade à família e à tribo são essenciais para a sobrevivência.
Numa situação termodinâmica favorável ocorre o contrário. Os países mediterrânicos parece-me representarem um meio termo entre estes opostos.
Portugal, por exemplo, convive com níveis de entropia elevados. A democracia, em vez de contribuir para diminuir a entropia, aumenta-a. Daí a nossa propensão para o Sebastianismo. Queremos que alguém nos ajude a resolver os nossos problemas (à maneira do Sul) porque nós não temos energia para os resolver (à maneira do Norte).

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