10 dezembro 2013

a globalização e a termodinâmica


O que é que a termodinâmica nos pode ensinar acerca da globalização? Muito!
Quando dois sistemas termodinâmicos abertos (duas sociedades distintas) entram em contacto ocorrem trocas de energia que equilibram a entropia do conjunto.
O livre fluxo de informação influência estilos de vida e comportamentos individuais e colectivos. A ideia de democracia, por exemplo, está omnipresente e tornou-se numa aspiração global. Os costumes estão a liberalizar-se em todo o mundo. E até a moda sofre o mesmo efeito.
Em termos sociais, vemos que o ensino obrigatório se generalizou e, em muitos países, vai até ao 12º ano. O trabalho infantil foi criminalizado. As condições laborais melhoraram. Quase todos os países têm saúde pública. E etc., seria fastidioso prosseguir.
O problema é que muitos países não têm condições económicas para suportar uma organização social do 1º mundo e colapsam sob o peso de uma superestrura que lhes é ruinosa.
Despoleta-se então a única válvula de escape possível, a migração. As populações dos países agrilhoados pelo efeito descrito emigram para os países onde o seu trabalho pode produzir mais, com menos dispêndio de energia.
Portugal é um exemplo perfeito deste “equilíbrio termodinâmico”, acelerado pela adesão à UE. Pensem nas normas que a Europa nos impôs, nas limitações à livre iniciativa, na fiscalidade típica de países ricos, e por aí fora, e avaliem as consequências: uma sociedade sufocada.
O resultado era previsível à partida: emigração. O equilíbrio termodinâmico tinha de ocorrer.

1 comentário:

lusitânea disse...

E a imigração?Nada influi na emigração?Num Estado Social Internacionalista que apoia quem é mais pobre?E quem é mais pobre entre os pobres sem necessidade de certificação?

ps

Por vezes até subsidiam milionários por engano...