Quando dois sistemas termodinâmicos abertos
(duas sociedades distintas) entram em contacto ocorrem trocas de energia que
equilibram a entropia do conjunto.
O livre fluxo de informação influência estilos
de vida e comportamentos individuais e colectivos. A ideia de democracia, por
exemplo, está omnipresente e tornou-se numa aspiração global. Os costumes estão
a liberalizar-se em todo o mundo. E até a moda sofre o mesmo efeito.
Em termos sociais, vemos que o ensino
obrigatório se generalizou e, em muitos países, vai até ao 12º ano. O trabalho
infantil foi criminalizado. As condições laborais melhoraram. Quase todos os
países têm saúde pública. E etc., seria fastidioso prosseguir.
O problema é que muitos países não têm
condições económicas para suportar uma organização social do 1º mundo e
colapsam sob o peso de uma superestrura que lhes é ruinosa.
Despoleta-se então a única válvula de escape
possível, a migração. As populações dos países agrilhoados pelo efeito descrito
emigram para os países onde o seu trabalho pode produzir mais, com menos
dispêndio de energia.
Portugal é um exemplo perfeito deste “equilíbrio
termodinâmico”, acelerado pela adesão à UE. Pensem nas normas que a Europa nos
impôs, nas limitações à livre iniciativa, na fiscalidade típica de países
ricos, e por aí fora, e avaliem as consequências: uma sociedade sufocada.
O resultado era previsível à partida: emigração. O
equilíbrio termodinâmico tinha de ocorrer.
1 comentário:
E a imigração?Nada influi na emigração?Num Estado Social Internacionalista que apoia quem é mais pobre?E quem é mais pobre entre os pobres sem necessidade de certificação?
ps
Por vezes até subsidiam milionários por engano...
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