Uma das razões que tem sido invocada para
explicar o “gap” de produtividade entre o Norte e o Sul são os custos de
oportunidade. Com um clima fabuloso como o nosso, com as melhores praias do
mundo, com uma gastronomia fantástica e com vinhos bons e baratos, como é que
se obriga a malta a trabalhar?
Quanto é que nos têm de pagar (custo de
oportunidade) para virarmos as costas a um belo dia de praia, com umas
deliciosas sardinhas assadas com pimentos e uma garrafa de vinho do Dão? E, não
esquecendo, os olhinhos refastelados de tirar as medidas às mais belas
raparigas do mundo – as portuguesas.
Ora bem, os custos de oportunidade elevados
são um facto. Mas a este, eu acrescento outro. A energia que se despende a
trabalhar, em Portugal, é superior à que se despende no Norte –ceteris paribus.
Fica mais caro (em termos energéticos) trabalhar em Portugal do que a maior latitude. É mais cansativo, dito de outro modo.
Portanto, somemos estas duas circunstâncias. Trabalho
mais dispendioso e custos de oportunidade elevados e tiremos as devidas conclusões.
Sem comentários:
Enviar um comentário