15 outubro 2013

angustiado

Eu sinto-me tão angustiado com as estatísticas do divórcio em Portugal, que ainda recentemente disse a um amigo: "Eu ainda vou mas é escrever um livro sobre a vida em casal".

E qual a razão da minha angústia? Em primeiro lugar os meus netos e, por extensão, todas as crianças da idade deles.

Faço o seguinte raciocínio. Tenho quatro filhos. Se as estatísticas se cumprirem de modo aleatório, três deles vão acabar divorciados.

11 comentários:

Anónimo disse...

Hmmm... também já fiz esse raciocínio para terceiros... conheço uma família de muitos, todos casados, de 10 a 20 anos... e penso sempre, estes estão a dar cabo das estatísticas...
Mas olhando de perto... pelo menos dois dos casamentos já deviam ter acabado há uns tempos... Dos tais cinco em cada 20 que não se divorciam, grande parte tem uma vida que eu na verdade não compreendo...
É o dinheiro totalmente separado, são as coisas totalmente separadas... não sei que têm em comum... "posso ler este teu livro?"; "posso ir ao teu computador?"... A vida é separada... Jesus Cristo... -- JRF

CCz disse...

"She was critical of Huberman and YAP—and of Barack Obama, for that matter—for ignoring what she called the primary cause of Roseland’s dysfunction: “the disappearance of the black two-parent family.”"

"How Children Succeed" de Paul Tough

Anónimo disse...

Posso deixar um conselho: espere que o primeiro se divorcie e depois é só convencê-lo a casar e divorciar-se mais 2 vezes, salvando assim os outros 3.

zazie disse...

ehehehehe

lusitânea disse...

Não se deprima.Essas estatísticas são para bairro social multicultural em que a família tem uma geometria tão variável que eu me atreveria a aconselhar os modernos arquitectos a fazerem os bairros sociais de forma inovadora que facilite o swing...

lusitânea disse...

Olhe que não estou a brincar...

Anónimo disse...

Caro PA, é o facebook...

Estou casado há uns 12 anos com a minha mulher e com dois bebés. Estamos nos 30's. Uma parte considerável dos casais da nossa geração ou já estão separados ou estão em vias de o oficializar.

Parte deles re-descobriu o grande amor da vida no facebook. A antiga namorada(a) dos tempos idílicos da escola onde tudo lhes corria bem. O amor e uma cabana.

Claro que o casamento tem problemas. Com uma crise em cima, ainda mais.

Mas é preciso ser muito ingénuo para acreditar que tudo se resolve deixando a família para trás (filhos bebés incluídos) e voltar para um amor que era perfeito.

Porra, era perfeito numa altura em que nenhum tinha responsabilidades nem contas para pagar.

Estas aventuras vão durar o quê? 2 ou 3 anos? A chamada da paixão apaga-se e vai ser pior do que o casamento que arruinaram.

Enfim... isto sou eu a desabafar porque acho o facebook a maior porcaria que existe à face da terra. Recuso-me a ter conta naquela merda.

Euro2cent disse...

> re-descobriu o grande amor da vida no facebook

Bah, também não gosto do f*c*book, mas não é daí. Se não fosse essa, era outra qualquer.

O problema é o que o PA apontou - agora tudo põe o seu sagrado "direito à felicidade" acima de tudo, e não lhes ocorre tratarem de cumprir as suas obrigações independentemente do estado dos apetites.

Se os românticos do século XIX tivessem sido sumáriamente encostados a uma parede e fuzilados antes de debitarem os disparates todos que verteram na cultura ocidental moderna, talvez se safasse qualquer coisa. Veneno de acção ao retardador ...

Pedro Sá disse...

Eu quero ler esse livro. Para contar o número de FROUXICES que dele farão parte.

zazie disse...

Se fosse a ti cuidava do traseiro que, quando deres por isso, já és a baby da tuna

http://movimento-anti-frouxos.blogspot.pt/

Pedro Sá disse...

Queres que não te responda ou responda com PANELEIRICE? :P