Ai... ai... Joaquim,
(Desde que fui à terra do Adam Smith fiquei assim: ai...ai...)
Suponha que existe um tipo de cirurgia (v.g., ao apêndice) que tem uma duração-padrão de uma hora, desde o momento em que o cirurgião inicia os procedimentos até que os finaliza.
Ora, não é aqui que estão as diferenças de produtividade, no sentido em que uma pessoa é operada ao apêndice no público numa hora e no privado em meia hora.
As diferenças de produtividade ocorrem por outras vias. Assim, por exemplo:
Suponha que eu sou cirurgião num hospital público com um horário diário de trabalho de 8 horas.
De manhã, em quatro horas de trabalho, faço quatro cirurgias.
Depois, vou almoçar.
Como o patrão não está por perto, à tarde desenfio-me e vou operar para o privado, onde, em quatro horas de trabalho, faço quatro outras cirurgias.
No fim do dia, em termos de trabalho-cirurgião, cada cirurgia durou (custou), em média, uma hora no privado (quatro cirurgias em quatro horas pagas ao cirurgião) e duas horas no público (quatro cirurgias em oito horas pagas ao cirurgião).
6 comentários:
Caro PA,
O estudo do Público referia-se à duração das cirurgias.
Foi o único ponto que eu levantei. Os cirurgiões não operam mais depressa no adicional.
De resto estamos de acordo.
ABÇ
Ninguem se "desenfia " da maneira como se descreve.Mais uma vez estamos no domínio da má-fé.
Os médicos como os outros trabalhadores cumprem com os horários atribuídos .
Quando se fala do que não se conhece sai asneira.
O ódiozinho aos médicos não tem limites.
AHAHAHAHAHAH
Certeiro. A questão é essa e apenas essa e o resto é conversa.
Agora 4 cirurgias é por ano; não é por manhã.
E com incentivos pagos. Que foi detalhe a que o Joaquim não se referiu.
Desconheço o estudo mas o que a notícia dá conta do tempo gasto NA cirurgia e não a produtividade dos médicos.
É que se não definimos exatamente o assunto e os termos acerca do mesmo então é impossível chegar a alguma conclusão.
Desenfiam?... hehehe... -- JRF
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