Sensações, percepções e vontade
A consciência começa como uma tábua rasa (pag. 38).
O homem é senhor da sua vontade, tem livre-arbítrio
O homem, no Objectivismo, não actua por factores fora do seu controle. O homem é um ser volitivo, dotado de liberdade. Uma determinada sequência de pensamentos ou acção é “livre”.
O princípio da causalidade não se aplica à consciência do mesmo modo que se aplica à matéria. É o próprio homem que escolhe as causas que justificam as suas acções.
Leonard Peikoff
Comentário:
O conceito de tabula rasa foi desenvolvido por John Locke no século XVIII. Na sua teoria da mente, Locke postulou que não há conteúdos mentais inatos e que todo o conhecimento deriva da experiência que obtemos através dos sentidos e da capacidade de perceber a realidade.
Ayn Rand, na sua epistemologia, não faz mais do que recuar até Locke, cerca de 250 anos.
O princípio da tabula rasa foi contudo repudiado e não tem, na actualidade, qualquer apoio científico. Pelo contrário, há um consenso, de que a espécie humana está dotada de uma natureza própria que resulta de um conjunto de regras epigenéticas que condicionam o comportamento.
O modo como nos organizamos em sociedade, por exemplo, ou até o sentimento religioso, são fruto da evolução da espécie e fazem parte da natureza humana.
Estes aspectos têm imensa relevância para a filosofia política. É aqui que as utopias esbarram, não é possível construir um “homem novo” ou uma “sociedade nova”.
Relativamente à fé de Rand no livre-arbítrio, eu tendo a concordar com ela, ressalvando contudo que esse livre-arbítrio está circunscrito à esfera do conhecimento consciente.
43 comentários:
Deve a construção de um 'homem novo' significar uma quebra com todo o legado que os antepassados nos deixaram?
Tendo a crer que o mais correcto deve ser uma 'moldagem' gradual de determinados aspectos para que, e tal como referiu, possam vir a constar no conjunto de regras epigenéticas.
Aguardo com expectativa mais posts seus acerca da temática.
A porra toda é quando um gajo descobre que não tem livre-arbítrio na acção. Nunca tem. Até nas coisas mais comezinhas da vida.
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Como é que a teoria do livre-arbítrio lida com as condicionantes genéticas, ambientais, sociais, psico-coisas etc, hein?
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Não lida; coloca o livre-arbítrio invariavelmente depois das condicionantes.
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Hei, eu sou livre teoricamente de escolher o meu próprio destino, mas nunca o posso escolher livremente. Por causa das coisas.
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A única liberdade que temos é a liberdade de pensar. Nunca a de agir.
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Ainda assim, por outro lado, pelo lado religiosos da coisa, a acreditar em Deus, no Deus cristão e judeu e outros que tais, dou comigo sempre a tentar perceber como é que esse Deus fará para me adivinhar o comportamento se eu tiver livre-arbitrio ou se Ele não souber à priori a minha decisão.
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Se Ele sabe de antemão aquilo que eu vou fazer é porque já está definido aquilo que eu vou fazer. Sendo assim que porra de liberdade tenho?
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Ao que consta, na biblioteca celeste, parece que há um Livro. O Livro da Vida.
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O que me parece, sinceramente, é que somos livres desde que as nossas decisões não caiam fora das estimativas do Altíssimo. Um Livre-Arbitrio condicionado à saída. Podemos fazer o que quisermos dentro de certas condições determinadas. Quando começamos, com o avançar da idade e experiencia, a saber mais do que a conta, o Altissimo tira-nos de jogo. Kaput. Anda cá que já vais almoçar... nos jardins das tabuletas. Não vá um gajo perceber o grande Absurdo da Vida, como o alemão dizia, e deixar de 'acraditar'. que somos livres como passarinhos... numa gaiola.
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Isso. Numa gaiola. Um gajo dentro de uma gaiola é livre de bater as asas para o poleiro de cima e para o de baixo, livre de dormir, bebericar, chilrear. A única certeza que temos é que a porta da saída é uma só. E que vamos sair da gaiola por aquela portinha quando o Altissimo nos tiver preparado a suite divinal.
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Eu, olhe, por causa destas merdices, lanço aqui umas pistas acerca do livre-arbitrio.
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Na infancia:
1º Nascemos porque escolhemos nascer?
2º Sobrevivemos porque escolhemos alimentarmo-nos?
3º Vamos à escola porque escolhemos estudar?
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Na idade média:
1º Escolhemos uma mulher ou apaixonamo-nos involuntariamente por ela?
2º Escolhemos o sexo dos nossos filhos?
3º Escolhemos prescindir de gozar a vida para cuidar das crias ou não?
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Na idade media alta:
1º Um gajo reforma-se porque quer, ou o corpinho já não está para aguentar o nível do ritmo profissional requerido?
2º Um gajo escolhe ter um cancro, uma verruga, uma insufieciencia renal, uma paragem cardio respiratória?
3º Um gajo escolhe morrer?
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Na idade da morte morrida:
1º Escolhe por acaso uma gajo se vai para a suite Divinal ou para a pocilga das profundezas?
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Rb
Eu julgo que nem a pensar somos inteiramente livres. Pensamos como resposta ao que nos ensinam e com os valores que nos rodeiam. Experiência, genética, educação, etc, tudo molda um bocadinho a forma como pensamos, e é por isso que é possível prever algumas tendências sobre como certas pessoas pensam conforme o país, cultura, economia e religião que o rodeiam.
O livre-arbítrio é uma abstracção que torna cristalinos certos raciocínios dedutivos, permitindo explicar de forma lógica muitas acções individuais e colectivas, mas em última análise é sempre um mundo ideal que não reflecte a realidade de forma totalmente correcta. Às vezes faz mais sentido pressupor que somos livres e outras vezes não (e. g., do ponto de vista da genética e da neurociência é mais fácil produzir avanços se deixarmos de lado o livre-arbítrio).
Só mais uma achega meia parva: se fôssemos livres por inerência os libertários deste mundo podiam esquecer a política, porque já vivem no paraíso. Só faz sentido lutar pela liberdade se ela ainda não tiver sido conquistada :)
Francisco, caraças, invejo-lhe a eloquência do discurso e clareza argumentativa.
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Rb
Por outro lado, o Joachim fala amiúde da evolução da espécie como sendo um série cumulativa e adaptiva dos corpos ao ambiente. Eu penso que ele se refere à evolução dos corpos.
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Eu cheguei à conclusão, curiosamente numa conversa onde pretendia defender Darwin, que a evolução da espécie humana não tem NADA de natural.
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Não pode ter. Tem de ter intervenção Exterior.
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Já por aqui aduzi argumentos que ilustram que a teoria da evolução das espécies de Darwin não consegue explicar os motivos pelos quais uma determinada espécie específica – o homem -, entre milhares de outras espécies em iguais circunstâncias ambientais e de competição, evoluiu em Inteligência e as outras não.
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Vem isto a propósito porque me dei conta de que padecemos, em geral, de um grande mal. Quer dizer, aprendemos determinadas teorias ou leis ou alegadas verdades na escola ou nos livros intuídas e deduzidas por eminentes pensadores e, como os gansos acabados de nascer, como diria o ccz, seguimos a teoria para sempre, sem ousar testá-las racionalmente, pensá-las ou questionar até a sua falibilidade.
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Em economia também se passa assim. Deparamo-nos de igual modo com uma verdade absoluta. Uma lei universal e imutável, qual darwinismo económico. A lei da Oferta e da Procura.
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Poucos existem que ousem desafiar estas sopinhas enlatadas prontinhas a comer. A teoria Pundim Flan económica. Parecem possuir contornos de lei Divinal, ditadas pelo Altíssimo.
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Apresentada a lei ficamos impossibilitados de a colocar em causa. Uma certeza da lógica, qual postulado cartesiano, que impossibilita discussão. Aliás a discussão sobre a Realidade das coisas só pode começar a partir da aceitação plena desse postulado.
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Darwin não pôde, ou não conseguiu, demonstrar porque é que uma determinada espécie evoluiu em Inteligência e as outras não. Logo, parece-me que a seleção pode não ter sido assim tão Natural, nem burilada num intrincado sistema de apuramento sucessivo do mais Forte, nem do mais Apto e adaptado ao meio envolvente, já que isso explica a evolução dos corpos ao ambiente, mas não explica a evolução da Inteligência de uma única espécie.
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Assim, para toda e qualquer teoria, emitida por um qualquer Oraculo pretensamente científico, devemos separar a crença dos factos.
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Eu sigo um método: - a Excepção numa teoria cientifica prova a Crença -
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Não percebemos a excepção do ser humano no mundo animal no que à inteligência diz respeito, embora possamos atribui-la a uma Inteligência ininteligível exterior, mas percebemos facilmente que a lei da oferta e da procura tem excepções com uma tal dimensão e quantidade que me fazem crer que as excepções é que são a Lei.
Senão vejamos:
1ºO aumento de procura de um bem aumenta sempre o seu preço?
2ºO aumento de preço diminui sempre a procura?
A resposta é NÃO. Para 90% das situações práticas da vida.
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Os economistas chamam a estes fenómenos de elasticidade, porque se considera que existem determinados bens cuja procura não diminui independentemente do preço (dentro de certos limites). Por exemplo ninguém deixaria de pagar (se tiver dinheiro) uma operação ao coração, vital à sobrevivência, por causa de um Preço mais elevado. O preço por não pagar o Preço, passo a redundância, é a morte. Ilustrei este exemplo para demonstrar que o sector da Saúde tem uma procura inelástica, isto é, não varia proporcionalmente com o preço. A Educação também acontece este fenómeno, mas com uma intensidade menor.
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Mas existem outras excepções por exemplo. A Ayn Rand. É a prova da excepção da sua própria teoria... descientifica que baste.
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Rb
O Francisco tem uma capacidade intelectual extraordinária...
Como diz o PA a verdade está nos comentários.
já dizia o foucault que vivemos livres numa prisão . e está cada vez mais trancadinha.
Para variar, um cientoino a querer explicar noções filosóficas, só pode dar barraca.
A noção de tabula rasa nada tem a ver com descobertas científicas que a provem ou a neguem.
A questão é meramente filosófica, o que significa que está para além de toda a experiência científica para provar o que quer que seja.
A tabula rasa reporta-se apenas à noção de consciência.
Tanto faz que cientificamente se saiba que nascemos com faculdades e capacidades.
O que a tabula rasa diz é que ter consciência das coisas é algo que só se adquire por experiência.
Não há ciência alguma que invalide a questão.
Ela pode é ser contraposta por outras questões filosóficas, nas quais algumas ideias teriam de ser extra-sensoriais- portanto, anteriores e exteriores ao próprio ser humano.
O Birgolino nunca percebeu uma noção filosófica e, como qualquer toino, está convencido que são problemas de conhecimento que se vão resolvendo com o progresso da Ciência.
Isto nem um aluno do 11º ano poderia dizer, se tivesse aulas de Filosofia.
O morgadinho da Cubata é que gosta de fazer exercícios de pensamento bem intereressantes.
Essa forma de refutar os pressupostos da evolução das espécies ou da lei da oferta e da procura é clara como a água.
E acertou, mais uma vez, no disparate que os cientoininhos dizem, quando querem explicar a evidência da "evolução".
Eles apenas se referem a modificações dos corpos.
Claro- Ora evolução pressupões salto quântico que não é mera modificação do que já existe.
Aliás, nunca cientificamente se conseguiu seuer logicamente explicar a ideia da passagem de um trilobite a um er humano.
Tudo isso de adaptação ao meio e da lei do mais forte é mera questão no que já existe.
Não explica como pode aparecer- vindo do nada- o que não existe.
Eles resolvem o problema protelando-o.
Dizem que se demorar muito tempo o milagre vai acontecendo devagarinho
AHAHAHHAHAHAHA
Zazie,
Não explica como pode aparecer- vindo do nada- o que não existe.
Explica pois: por acaso.
Ria-se à vontade, mas se quando viajar de comboio na Holanda e, salvo erro, na Alemanha, lembre-se que os horários de todos aqueles comboios foram criados através de algoritmos genéticos - que não são mais que um modelo computacional prático do neo-darwinismo.
Lá porque a cambada ateísta se vale disso e muitas outras coisas falaciosamente para argumentar a inexistência do divino, não quer dizer que seja de desprezar.
A falácia não reside na evolução por selecção. O mecanismo é perfeitamente válido. Mas para explicar a diversidade da vida. Não a sua origem ou o seu sentido ou falta dele.
É apenas ciência. Mas nesse campo é perfeitamente válida e possui um potencial extraordinário cuja dimensão se pode percepcionar pela diversidade biológica na terra.
A origem da vida não se explica pela evolução por selecção, nem por coisa nenhuma científica. Mas a origem das espécies é coisa diferente, e não há explicação melhor.
O facto de ser falaciosamente usada para propaganda ateísta, não lhe retira validade científica. Não caia nesse erro.
Já agora, a empresa que usa essas técnicas para os horários de comboios (e outras coisas), é portuguesa e chama-se Siscog.
http://www.siscog.pt/
Um excelente exemplo de engenharia e exportação de software portugueses.
Conte lá isso mais devagar.
Como é que algo que não existe em nenhum ser já criado, pode passar a aparecer apenas e exclusivamente numa espécie deles.
Como o morgadinho notou- não entra aqui nem addaptação ao meio nem lei do mais forte.
Não se adaptou a mais nada que os outros não se tenham adaptado e não eram sequer os mais fortes.
Porquê o ser humano e o que é o pensamento.
A questão não é sequer aleatória- porque, se o fosse, também não podiam traçar uma causalidade consequencial.
E eu nem falei de origem da vida, nem das espécies.
Eu comentei a perspicácia do morgadinho da ex-cubata.
Ora leia o que ele escreveu, pois faz todo o sentido.
A inteligência humana- o pensamento e fala são únicos.
Como é que se pode explicar este acontecimento, que, pela lógica evolutiva faria todo o sentido em acontecer noutros.
Não acontece porque ninguém sabe sequer o que é o pensamento.
A grande questão da fala também não e todos os evolucionistas bem quiseram encontrar macaões a palrar, ou esperar até que um papagaio desenvolvesse a conversa.
Mas nada. Fala e eu baptizo-te foi o que disse um religioso a um macacão na altura destas descobertas.
O desgraçado perdeu a alma no limbo porque dali não saiu nada.
O "algo que não existia" era a inteligência e fala humana.
Claro- foi isto que eu disse.
Algo que não existia antes nem vai existir depois em mais nenhum ser, por muito que os vegas da animal achem que somos todos iguais e sencientes.
São eles, sim- há-de ser primos.
Bom, se se não sabe o que é o pensamento, havemos de convir que não será fácil encontrá-lo sem ser nos homens.
De toda a maneira eu não tinha lido o que escreveu o Rb.
Percebo mais ou menos o que quer dizer, mas faz mal em atacar os argumentos científicos, em vez de atacar o uso falacioso deles para extrair conclusões que deles se não podem tirar.
Demais a mais, nem Darwin nem a evolução por selecção pretendem explicar "porque é que uma determinada espécie evoluiu em Inteligência" ou noutra coisa qualquer. Pretende explicar como. E dá uma explicação bastante razoável. A melhor até à data.
Agora, se o Homem é produto do divino, então também não vale dizer que as explicações naturais são inválidas porque não explicam o sobre-natural! A ciência explica o natural. E explica - tenta explicar - como pôde surgir a maravilhosa diversidade de vida na terra e como é capaz de colonizar todos os ambientes. Não explica como surgiu a alma nem a natureza humana, nem poderia, pois ainda ninguém sequer sabe bem o que é isso e nada garante que algum dia venha a saber!
Afinal, a filosofia, em 2000 anos, não "avançou" assim tanto. No fundamental, os gregos compreenderam todos os problemas essenciais. Talvez a natureza humana esteja para além da compreensão humana, ninguém sabe. Mas isso não quer dizer que a natureza do olho humano, ou como ele surgiu, também esteja.
A culpa disto é desses grunhos desses cientóinos e dos grunhos fundamentalistas gringos. Ninguém sabe do que fala e dizem asneiras, uns e outros.
É ciência de tasca :)
Isto foi só para vir dizer que a teoria da evolução por selecção não é balela nenhuma.
Quer balelas em ciência? Peça aí ao dr. Joaquim que lhe mostre uma fotografia do vírus HIV in the wild. Não é cultivado num prato de Petri. É num doente.
A ver se ele é capaz...
Mujah.
A evolução das espécies é uma mera teoria.
Não explica o funcionamento de nada observado.
Portanto, é tão divina como outra crença qualquer.
A Ciência explica o natural- neste caso não explica absolutamente nada porque nada teve para observar em mutação.
Não sei a que título é a melhor explicação pois mesmo entre evolucionistas nenhum se entende e tudo o que vão encontrando são mais invalidações das ditas teorias (são várias) do que o inverso.
Era preciso viajarem no tempo para ser algo hipoteticamente observável ou explicado o modo.
Pode dizer-me é que é um crença que foi elevada a científica por efeitos de ateísmo.
isso sim.
Mais nada.
nem sequer o desgraçado do Darwin a inventou e é coisa que já o Lucrécio dizia no séc I.
A pintura renascentista tem várias ilustrações da dita cuja. Isto no séc. XV e XVI- portanto, meu caro- é uma teoria que foi beber ao mito, tanto quanto as religiões.
Outra coisa:
A Filosofia não avança nem recua. Pode é haver boa e má e a do presente é péssima.
As questões filosóficas nada têm a provar ou a demonstrar.
São puro pensamento. O Aristóteles e o Platão pensavam como nem o Kant pensava tantos séculos depois.
É preciso entender uma questão filosófica e o v. problema é sempre esse.
Não sabem em que consiste e comparam sempre com o senso comum ou com detalhes científicos.
Para o caso, o que importava salientar aqui é que uma conjectura impossível de ser observada e que já era conhecida nos mitos antigos, não é uma experiência ou hipótese científica que esteja a ser testada.
Para simplificar.
O que eles vão encontrando são fósseis e restos de seres que existiram.
também podem relacionar uns com os outros e lá encontrar alterações que podem ser adaptações ao meio.
Mas isso são detalhes na mesma espécie.
Isso nada tem a ver com dizer-se que é científico um peixe transformar-se numa pessoa com o tempo.
Ora evolução das espécies já nem é de trilobite a peixe ou de macaco a pessoa,
é mesmo de trilobite a Jaquim.
eheheheh
Pelo meio, agora até dizem que já houve jaquins com cauda que também eram marsupiais.
Depois, as coisas tinham de ser mutantes e nem se encontravam.
Sempre que há achado, lá há mais excepção e agora até já coexistem dinos com macacos e assim.
Ninguém sabe nada. Não deve aver campo do saber onde mais se invente que nesta cena da "evolução das espécies" e nas datações do planeta e dos seres que por cá apareceram.
haver, claro. Foi o mindinho que atrapalhou o h
Eu curto estas cenas porque são a prova que a fantasia humana é insuperável.
Mas mato-me a rir com quem toma isto com tom sério.
Por exemplo- esta mais recente "descoberta" do darwinius- mais um elo perdido entre macaco e nós, é um lemure.
Ora os lemures já assim se chamavam porque os romanos consideravam-nos os espectros dos antepassados.
Tinahm até a festa da lemurália e o mito continuou com outras coisas como sociedades perdidas e utópicas dos lemures.
Agora, recontam a historieta e nem se dão ao trabalho de citar a lenda primeira.
Pois é.
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A única explicação que Darwin tem para a Inteligência é aquela cena de se dizer que os mais fortes expulsavam os mais fracos para tomar conta dos alimentos e que estes tiveram que desenvolver outras valências para sobreviver e tornam-se intelectualmente mais desenvolvidos.
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Isto quer dizer que o ser humano actual é produto dos mais fracos fisicamente falando e não dos mais fortes.
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Mas isto é falso. É falso porque todos os animais, todos os macacos têm individuos mais fortes e mais fracos. Em todas as espécies uns expulsam os outros e nunca vi que os mais fracos expulsos lograssem obter inteligencia... excepto um ramo muito especifico de hominidio - o homem.
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É que não se consegue cientificamente demonstrar que exista um ramo dos lobos que evouiu em inteligencia, ou dos macacos, os das hienas, ou dos crocodilos. Continuam seres instintivos, como sempre foram. A inteligência deles, fracos ou fortes, adpatados ou inadaptados ao meio, não evoluiu como evoluiu uma Única espécie- Nós.
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Porquê?
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Eu não sei se Alguém nos terá insuflado pelas narinas adentro a determinada altura a semente da inteligência ou se Algo aconteceu que fez mudar uma espécie muito especifica de animal, mas a verdade é que essa alteração só pode ser exterior ao sistema.
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E eu dou comigo a acreditar. Magnifico. Que tenha sido Deus, afinal, a soprar inteligência num ramo muito especifico de um bicho, não escolhido ao acaso, mas propositadamente escolhido, cujo corpo evoluiu até aos dias de hoje e que resultou naquilo que somos hoje.
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Mas há gente que acredita na intervenção alienegena para justificar esta coisada.
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Pronto, e eu até respeito os extra-terrestrials believer guys. Um gajo sabe lá. Na volta até foram uns curiosos e experimentalistas que vivem do outro lado da galaxia que chegaram aqui viram agua e juntaram uns pós magicos dos quais devieram os peixinhos e e algazinhas. Mas porra, se foram eles, se foram esses gajos, de certeza que quando fizeram o caldo de aminocoisos houve um deles, e só um, onde eles colocaram mais qualquer coisinha e disseram ahh este aminoacido vai evoluir em inteligencia e tornar-se parecido connosco os outros não.
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E foi assim.
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Rb
Zazie,
tem razão, pois não fui preciso.
É, evidentemente, uma teoria. Mas em ciência é tudo teoria porque, em última análise, tudo carece de demonstração empírica. E mesmo quando existe essa, amanhã não se sabe se alguém demonstrará o contrário.
É num contexto que as teorias podem ser mais ou menos úteis. E embora a teoria da evolução, como diz, careça ainda de demonstração empírica "definitiva" - tanto quanto ela o pode ser (a física newtoniana foi e é muito melhor demonstrada empiricamente que a evolução, e já está ultrapassada, e continua a ser útil na maioria dos contextos) - existem alguns indícios que a permitem apontar como a melhor até agora: o caso das borboletas nas árvores que mudaram de cor em Inglaterra com a Revolução Industrial, certos pormenores anatómicos em vários bichos, desde as solhas às membranas interdigitais, à cegueira das toupeiras.
Paralelamente, existem modelos computacionais da teoria que dão resultados que corroboram o potecial que se lhe dá, e são bastante toscos (os modelos, os resultados nem por isso). Um muito engraçado é do Karl Sims:
https://www.youtube.com/watch?v=JBgG_VSP7f8
Estes resultados, de facto, não demonstram empíricamente a validade da teoria no sentido de que é a teoria que explica as espécies que existem. Mas permitem, pelo menos, demonstrar que pode explicar o desenvolvimento de adaptações ao meio e a eventual especialização.
E, mesmo assim, ao nível da bacteriologia, não sei se não será possível já observar espécies novas ou coisa muito aproximada. Veja-se, por exemplo, o caso das bactérias resistentes aos antibióticos.
Seja como for, não é bacoquice nenhuma. E se já era conjectura avançada pelos romanos, pois mais valor lhe dou eu, porque não os tenho em conta de estúpidos.
E é como lhe digo, a falácia está em ver numa mera teoria - que tem valor científico incontestável (o valor) - uma explicação para coisas que são ainda firmemente domínio da teologia e da filosofia e que provavelmente sempre serão, pois quando falava em "avanço" da filosofia, pu-lo entre aspas por isso mesmo: eu compreendo que a filosofia não avance nem deixe de avançar - tal como a natureza humana. É pensamento e, como tal, já os gregos antigos pensavam tão bem como nós.
O que estáa dizer não implica mutações nem aparecimento de algo absolutamente distinto do que já existe.
Eu não nego a existência de uma série de seres muitíssimo diferentes do que existem hoje.
O que eu digo é que dizer-se a uma criança que uma espécie de bicho que nem peixe era se desenvolveu e deu homem e mulher, é coisa tão credível como científica como contar-se algum mito que os seres humanso tinham para falar do mesmo.
Porque a inviabilidade desta questão não é dificuldade técnica.
A inviabilidade é dizer-se que demoram milhões de anos e que para assistir a essa mutação tinhamos de viajar no tempo.
É falso dizer-se que toda a ciência funciona assim.
No filme não se fala numa diferença específica do ser humano.
A inteligência e a fala.
O que eles dizem é que a inteligência é um sistema nervoso mais desenvolvido que noutros animais mas da mesma ordem.
E, em relação à fala, nem sabem bem o que dizer.
Porque, se dizem que a fala também foi questão que apareceu posteriormente, então seria natural que mais animais tivessem essa evolução e nem os papagaios que imitam vão mais longe que os golfinhos que têm o cérebro mais desenvolvido mas não falam.
Tudo indica- por estudos de semiótica- que apenas aprendemos línguas mas que a fala é capacidade que já nasce connosco- de outro modo seria impossível a uma criança desenvolver essas capacidades gramaticais de modo tão rápido.
Portanto, até os gramáticos tendem a defender que a fala é pensamento e que um não existiu sem o outro.
Isto é de ordem muito diferente do que mostra o video.
Eu quando falo de Inteligência quero referir-me a coisinhas como Consciência; que é coisa única e distinta no reino animal.
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E o engraçado, mesmo engraçado, é que a palavra ALMA, na verdade, a sua tradução exacta pode ser outra. Dizem que é CONSCIÊNCIA.
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“Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida (neshamah), e o homem passou a ser alma (nephesh) vivente” genesis
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Ora, esta frase biblica da criação demonstra bem a coisa. Vejamos, Deus não soprou o folego de vida a todos os animais. Mas sim a um só especifico - a nós.
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E terá sido, simbolicamente, esse sopro de vida que nos distinguiu dos demais animais. Nesphesh (traduzido para Alma) ficaria melhor traduzido para Consciência Individual... vivente.
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A situação de Morte do corpo é frequentemente descrita tambem como SONO, DORMIR. Cristo dizia isso frequentemente. O correcto seria Inconsciente em vez de Morte, que é uma forma de estado de Sono.
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E é por isso que os mortos para a religião não morrem, dormem, porque estão Insconscientes... alegadamente à espera de um juizo posterior. Para uns do Messias, para outros de Cristo; o mesmo para os muculmanos.
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E isto é engraçado, dentro do genero, porque afinal não nascemos com alma (por causa das aventuras da EVA e do ADAO que tinham Alma (imortal) e Deus castigou-os tirando-lhes a Alma, conferindo-lhes apenas Consciencia.
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Nascemos assim com Consciencia porque perdemos a Alma, por causa das coisas, enquanto vivos e passamos a um estado de Inconsciencia na morte morrida à espera de quê?
- Da Alma.
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É verdade, o estado de Inconsciencia (morte) espera a Alma quando Cristo voltar e nos der a Arvore da Vida para provar (a alma).
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Uma porra. Afinal um gajo vai ficar a vegetar à espera que venha Cristo e nos dê de comer os frutos da Arvore da Vida. E é aí que ganhamos a Alma imortal. Nem sei como era antes de Cristo. Mas parece que Moises e mais três outros assim do genero são os únicos que ganharam Alma. Favores Divinais pela lealdade, afiançam.
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Pois, porque se um gajo já tivesse Alma e se já estivessemos no Céu ou nas profundezas não fazia sentido que o Messias voltasse para nos levar?
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Se Ele vem nos buscar e despertar do estado de Inconsciencia é porque não estamos lá, no céu ou no inferno. Estamos algures, Inconscientes como carapaus. Num estado de PAUSE vá.
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Portanto Deus não nos tira de Jogo por completo quando passamos o 1º nivel ou morremos. Faz um PAUSE. E vai retomar o jogo no 2º nivel quando o Filho tiver feito os trabalhos de casa.
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E isso chateia-me. Apesar de que um gajo Inconsciente não se chateia com nada, e quando é despertado deve pensar que adormeceu ontem e acordou hoje.
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Cá para mim o 2º nível é um mistério praticamente resolvido. Ando agora a pensar como será o 3º nível. Depois de ganharmos a Alma com a vinda de Cristo, vamos ficar ali eternamente a coçar os tomates no paraiso ou guinchar no inferno?
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Não pode ser. Os tomates não se compadecem com uma cossação eterna. Além disso um gajo aborrecesse.
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Portanto tem de haver um 3º nível. Mas sosseguem que isto não vai de nivel em nivel rumo ao infinto.
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Nada disso.
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Ando a ficar convencido que o 3º nivel é regressar ao 1º. Com outros graficos e um boneco diferente. mas o jogo é o mesmo. On and on, forever and ever, round n' round.
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E isto ainda me aborrece mais porque me cheira a maradices de reencarnação que é coisa que eu acho, digamos, ridicula sob ponto de vista estético. Mas sei lá.
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Rb
Zazie,
Repare que, em boa verdade, o que a teoria afirma - na moderna interpretação neodarwinista - ja tendo em conta a genética - é que, à medida que os bichos se reproduzem e têm descendência, estão sujeitos a dois processos (podem ser mais e serão provavelmente, mas estes são suficientes para demonstrar a viabilidade da teoria):
- erros aleatórios devido a interferencias externas na copia das caracteristicas dos progenitores a que se chama mutações; na esmagadora maioria das vezes são prejudiciais como seria de esperar de fenómenos aleatórios. Não o são completamente por motivos que se podem explicar em termos computacionais, mas que agora me dava muito trabalho explicar - especialmente neste teclado.
- recombinação, que é a obtenção das características dos pais e recombiná-las mais ou menos aleatoriamente. Isto é um fenómeno estabelecido em genética.
Geração após geração, pelo menos estes dois processos - operadores, em calão computacional - são aplicados a cada reprodução. A pressão ambiental determina quais são os individuos que se reproduzem mais (os mais fit). Assim, o que V. tem é um processo longíssimo (conforme o tempo de vida de cada ser) de acumulação de pequenas características ou alterações que, todas juntas, fazem uma grande diferença entre duas gerações arbitrárias - tanto maior quantas mais gerações existirem entre essas duas.
A diferença entre duas gerações "contíguas" será sempre ínfima e provavelmente imperceptível. É errado e é ciência de tasca afirmar-se que o homem descende do macaco. O que é correcto é dizer-se que tanto o homem como o macaco (quaisquer dois individuos) eventualmente contarão entre si uma espécie antepassada comum com a qual partilham algumas características. É evidente que, até se encontrar a dita espécie e até se estabelecer precisamente a cadeia de alterações, não se pode afirmar cabalmente que a teoria esteja demonstrada!
Mas é a melhor explicação que se encontrou até hoje. E para algumas caracteristicas os modelos computacionais mostram que é possivel - o caso da locomoção no Sims. Todos aqueles exemplos são individuos de uma geração que conta antes de si várias outras e cuja ancestral era composta por individuos de caracteristicas completamente aleatorias.
Do ponto de vista computacional, trata-se de um processo de optimização. E pode ter a certeza que funciona e muito bem.
Agora, a falácia dos ateístas é que antes de optimizar, é preciso haver algo passível de optimização.
O Dawkins sabe isso muito bem e então vem com a história dos replicadores - que são o imprescindível para que o processo começe.
A questão é como surgem os ditos replicadores - coisas que se copiam a si próprias?
Ele não consegue fazer melhor que dizer que foi por acaso. Ora isso é pouco diferente que dizer que foi Deus.
E ao contrário da teoria não se conseguiu criar replicação espontanea em caso nenhum nem em circunstancias nenhumas. Nem se viu em lado nenhum semelhante coisa ocorrer naturalmente: excepto com replicadores que já existem: o que comummente chamamos vida.
Mujah,
Se assim fosse- por erros até as fotocópias tendem a piorar de qualidade.
Ora a teoria da evolução das espécies diz que é para evoluir e tem como postulado atingir o ser humano.
«O que é correcto é dizer-se que tanto o homem como o macaco (quaisquer dois individuos) eventualmente contarão entre si uma espécie antepassada comum com a qual partilham algumas características.»
Características físicas até parece ser do senso comum encontrá-las em quase todos os bichos- têm olhos, boca, nariz, pernas, braços, etc.
Agora o que v. não encontra é característica de fala e pensamento que tenha calhado aproximado, antes ou depois.
O grau de diferença é exclusivo e não pode ser colocado em paralelo com outros paralelos de espécies.
Muito menos, como o Morgadinho mostrou- que essa inteligência seja fruto de adaptação e sobrevivência do mais fraco.
Mas explique lá uma coisa: que raio de espécie querem v.s encontrar para demonstrar que o ser humano derivou dela de forma directa?
Demonstrar era observar a continuação da dita evolução das espécies.
Nem isso se observa no mais pequeno grau que seja.
Claro que eu acho o assunto apaixonante.
A diferença é que não consigo distinguir a parte de fantasia científica da fantasia mítica.
São idênticas. Uma apenas encontra uma via materialista para o que não se sabe.
As outras falam do mesmo por alegorias e mitos.
Já quanto às datações, isso então é questão de ficção ainda mais imaginativa.
Como sou do Porto estou-me quási a bir com a discusson, carago!
Ó Zazie, eu não quero encontrar espécie nenhuma.
Eu nem sou biólogo nem nada. Mas sempre gostei muito deste assunto e acho espantoso o processo em si, que depois tive oportunidade de estudar do ponto de vista computacional.
A sua questão da fala é pertinente, mas repare que pode não ser coisa exclusiva dos humanos - há outras formas de comunicar sem ser por sons.
Fizeram umas brincadeiras com uns chimpanzés há uns anos em que lhes ensinaram linguagem gestual e eles efactivamente eram capazes de articular uma frase. No caso dos golfinhos desconfio que com um meio apropriado deve ser possível comunicar minimamente com eles.
Seja lá como for, falem que não falem, o problema da consciência - ou da alma, como quiser - é que é o complicado. Aí é que ninguém sabe nada... As experiências neurológicas que são feitas têm por vezes resultados paradoxais.
Não sei se alguma vez conseguirão explicar a coisa, mas acho que mesmo para penetrar mais no cérebro, a ciência vai precisar de mudar bastante. Provavelmente ao ponto de criar um ramo novo para lidar com os fenómenos desse género, de que há paralelos em economia, física, computação, etc.
Quanto a observar a evolução, é difícil porque o ritmo é lentíssimo. Ou melhor, até nem é, só que a maior parte das alterações dá para pior, não para melhor, por isso não crescem em cada geração. Mas com seres de vida curta e progenia numerosa é mais fácil. Ou então por selecção artificial. Na Rússia há uma experiência a decorrer desde antes da Revolução, sobre a domesticação de raposas. As raposas são seleccionadas conforme a sua mansidão e curiosamente, começaram a desenvolver características semelhantes às dos cães: pêlo malhado, orelhas caídas, etc.
Na realidade, aquilo que ali se está a fazer é criar uma nova espécie. A diferença é que a selecção é artificial em vez de natural.
http://en.wikipedia.org/wiki/Domesticated_silver_fox
http://en.wikipedia.org/wiki/Dmitri_K._Belyaev
A fala humana é outra coisa- não é nada apenas isso de "comunicar".
Sabe que linguistas repararam que crianças surdas-mudas americanas e outras chinesas faziam os mesmos gestos para comunicarem questões sem nunca se terem encontrado?
Ou seja- eles criaram uma linguagem gestual para referirem palavras que se dizem de forma absolutamente distinta nessas duas línguas.
O que se pensa é mesmo isso- a fala é pensamento e nunca existiu um sem o outro.
Não encontra isto em mais espécie alguma.
..............
Quanto ao resto, eu não acredito nessa evolução que chegaria ao ser humano.
Ponto.
Trata-se de uma questão de crença, seja em nome da Ciência, seja no que se quiser.
Não só não acredito como tenho vindo a notar que os biólogos cada vez metem mais os pés pelas mãos.
Este último elo perdido do lemur é de loucos.
Uma patuscada sem sentido.
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