18 setembro 2013

Goodbye Estado Providência, Hello sociedade participativa


À medida que o Estado Providência, nos restantes países da Europa, evolui para a “sociedade participativa”, mais consentânea com o século XXI, de uma coisa podemos estar absolutamente certos: os portugueses vão saudar e copiar esta inovação, como saudaram e copiaram o Estado Providência.
Esta tendência da nossa cultura, como tem sublinhado o PA, garante que os mesmos palermas que aplaudiram o Estado Providência e exageraram na sua aplicação entre nós, ao ponto da falência, vão ser os mesmos que vão abraçar a “sociedade participativa”, como um modelo avançado do desenvolvimento civilizacional.
Esperem pela primeira oportunidade, que vai ocorrer quando o PS regressar ao poder, e vejam. Vamos ser os campeões da “participação”, seja lá o que isso for, porque é uma ideia que vem da Holanda. Vamos adoptá-la, como adoptamos a educação obrigatória até ao 12º ano, a tolerância com as drogas, ou o casamento gay.

16 comentários:

Francisco disse...

Nas drogas Portugal foi o primeiro país a descriminalizar, e o resto é que tem ido a trás, citando o "bom exemplo português".

Quando o rei faz anos, Portugal está na vanguarda e os outros é que são os pacóvios.

Anónimo disse...

Caro Francisco,

Olhe que já se consumia erva na Holanda livremente, quando em Portugal só havia tintol.

Francisco disse...

Tem razão anónimo, mas na Holanda só era (é) legal consumir erva e outros produtos "light".

Portugal foi o 1º a descriminalizar o uso de toda e qualquer droga.

Anónimo disse...

É verdade, copiamos e ainda vamos mais além...

Joaquim

zazie disse...

O uso de qualquer droga?

Como assim? Estou a leste.

Em Portugal é possível andar tudo a meter para a veia legalmente?

zazie disse...

Mas é mesmo verdade?

Então prendem as pessoas que lhes vendem e não as prendem se as mesmas se drogarem também, por solidariedade com os osbservadores de drogados?

ehehehe

O mundo está às avessas.

zazie disse...

E passam a vida a noticiar que apreenderam não sei quantos quilos de erva nos festivais.

Para quê? para a venderem legalmente a quem apenas seja consumidor?

":O)))))))

Francisco disse...

Podem apreender e acusar criminalmente quem tiver mais de X quantidade quer consuma ou não, porque se assume que é para vender.

Mas mandar para a veia por si só não dá nem multa nem cadeia.

Francisco disse...

Em Portugal, o cliente tem sempre razão :)

zazie disse...

AHAHAHAHAHAHA

Grande boca.

Estava a leste desta anormalidade.

zazie disse...

Msa isso foi em que "consulado".

Passou-me completamente ao lado.

Francisco disse...

Foi com o Guterres.

É parecido com a situação da prostituição: só não se pode ser chulo. E do aborto antes da legalização: só o médico é que podia ser condenado.

Desde há uns anos para cá que esta medida é constantemente citada pelos pró-legalização dos países prot como um exemplo a seguir, porque parece que em termos de indicadores estatísticos a coisa correu bem.

zazie disse...

Não sabia.

Mas correu bem, porquê? Os observadores não parecem ser espécie em vias de extinção.

Francisco disse...

Basicamente o consumo de drogas duras baixou, as doenças contagiosas relacionadas com a droga cairam a pique, e os drogados deixaram de ir para a prisão fazer merda e morrer na valeta.

Imagino que isto deve ter tido custos acrescidos para o SNS, uma vez que alguém em risco grave de saúde por causa destas cenas passou a poder ir voluntariamente ao hospital ou fazer reabilitação sem ter que se preocupar com o risco de ser preso.

Mas não estou a par dos detalhes, deve haver muitos factores a contribuir para que a coisa aparentemente tenha corrido bem.

zazie disse...

Ah. Por isso é que falam muito numa cena qualquer por siglas que é centro estatal de reabilitação.

Dizem que drogado é doença.

Mas já li que aumentou a coca. Não percebo.

zazie disse...

Mas, se correu bem, melhor.