Oh a cegueira ideológica de ser contra a redistribuição de riqueza.
Sempre que escrevo sobre vouchers acabo invariavelmente por ser criticado por, alegadamente, preferir a inacção ao gradualismo, em nome da pureza ideológica. Mais uma vez devo explicar que não é disso que se trata, ou pelo menos não totalmente.
Trata-se, isso sim, de considerar que os vouchers não são um passo gradual numa boa direcção. (...)
Mas se o cheque-ensino é um avanço no sentido de uma sociedade mais liberal, não percebo como é que ainda não pudemos observar a defesa liberal do cheque-transporte, do cheque-férias, do cheque-[inserir qualquer bem a que os pobres têm menos ou pior acesso que os ricos]. Afinal, os pobres não têm carro próprio, andam de transportes públicos. Não têm “liberdade de escolha” no seu meio de transporte. Esta ignomínia socialista poderia ser definitivamente atenuada, “liberalizada” if you will, se os contribuintes fossem espremidos para providenciar cheques-transporte para os pobres poderem escolher o meio de transporte que consideram mais do seu agrado. Ou, por exemplo, os pobres não têm “liberdade de escolha” em relação às suas férias, sendo obrigados a frequentar a praia de Carcavelos em vez do Vale do Lobo, ou a ficar hospedados no parque de campismo municipal, em vez de no Four Seasons. É um ultraje que o Estado não forneça os meios financeiros, através do dinheiro extorquido em impostos, para providenciar “liberdade de escolha” aos pobres nas suas férias.And so on and so forth.
Para não falar do irreversível moral hazard que a medida potencia. Imagine-se o cenário: família de classe média, que em Portugal é uma classe remediada, razoavelmente responsável que se nega alguns parcos luxos para poder providenciar uma escolaridade diferenciada aos filhos. Este cenário, como é evidente, desaparecerá quase por completo (excepto nos pais “ideologicamente cegos”, claro). O cheque-ensino servirá, no fundo, para desresponsabilizar ainda mais as famílias sobre a questão de quem deve, na verdade, financiar a escolaridade dos petizes que trouxeram ao mundo, financiando o supérfluo.
(...)"
29 comentários:
Não tenho propriamente grande opinião sobre o cheque-ensino, mas este argumento é completamente ao lado.
A alegada gradual liberdade que o cheque-ensino iria trazer vem do facto de o ensino já ser um serviço público, que o estado já paga em grande mediada. O caso poderia ser comparado à possibilidade de um cheque saúde, p. ex., mas nunca a um cheque-transporte ou férias, uma vez que o grosso dos custos neste caso é suportado pelo utilizador.
A rejeição deste argumento de liberdade gradual dada pelo cheque-ensino ou cheque-outracoisaqualquer só seria válido se ficasse demonstrado que o custo dos cheques para o estado seria superior ao valor que actualmente é subsidiado. O que diga-se de passagem, é bem provável que seja.
è como eu digo- comunada e neotontos a mesma luta.
O undo a preto e branco; ricos contra pobres; exploradores contra explorados; cada macaco no seu galho.
Isto nem é argumento.
A liberdade e alteração podia ser de muito mais que tudo isto.
Para começar seria alteração e competição saudável entre porfs do particular e do estatal- coisa que os do Estado odeiam e, se fosse poss+ivel, nem existiam.
Depois era a mudança na estrutura e direcção das escolas.
E depois, seria ainda melhor se fosse mais longe os raio do Ministério não conseguisse controlar ideologicamente, como controla, toda a gente, pelo folclore de falsas disciplinas de instrumentalição da juventude
Seria também uma tentativa de revitalizar o ensino particular que andaram a matar.
E livravam-se do peso de tanto prof com horário zero que obriga depois a contratarem tarefeiros para irem para onde eles nao querem.
Era uma maneira também de evitar-se o controle totalitário dos comunas do sindicato e mailas greves políticas.
Porque íamos a ver quem que é quer aturar isso a não ser por ser obrigado.
Venha o cheque-policia e o cheque-rim e mais o cheque-justiça e reduza-se o cheque-pensão.
.
Rb
ehehehe o cheque-rim só se for em omolete.
A educação é tida como pressuposto para desenvolvimento e ascensão social.
É tida como um direito fundamental por muita gente: sendo assim proporciona-se o financiamento para a mesma e não a manutenção de estruturas físicas e organizacionais.
«É tida como um direito fundamental...» cfe
.
Qual direito?
.
Não se trata de um Direito individual.
.
Trata-se, isso sim, de um Dever societário... dentro das limitações financeiras do mesmo.
.
E trata-se de um Dever societário porque este depende daquela para se desenvolver.
.
Existem direito individuais. A Vida por exemplo. A Propriedade de cada um também. E existem Deveres de todo o bicho que vive em comunidade.
.
A Educação, a Saúde, a Justiça e Segurança não são direitos individuais. Nada disso. São, isso sim, Deveres individuais para com os outros.
.
Agora, a forma como obtém financiamento desses Deveres e como se ministram os mesmos é que podem e devem ser discutidos.
.
O facto de se tratar de um Dever e não de um Direito, não significa que a execução dos Deveres seja coisa exclusiva do Estado. Mas cabe a este assegurar que todos participam no financiamento da Educação de todos os indivíduos.
.
Rb
Sendo mais concreto: um bebé quando vem ao mundo não nasce com o direito à educação plasmado na testa. Os que cá já estão, se cá estiverem e tiverem condições, é que têm o Dever de a proporcionar àquela.
.
Rb
Quanto a mim é um necessidade colectiva. O que torna a coisa mais simples.
Mas, não é uma necessidade colectiva da ordem da defesa e das polícias, nem um órgão de soberania como a Justiça.
Donde, só por puro preconceito comuna se inventou que em Portugal é pecado se for ministrada por professores que não sejam funcionários públicos.
Em Portugal, o ensino é "educação" e "formação para a cidadania"- qualquer coisa parecida a "dêem-me uma criancinha de 5 anos que eu farei dela um comunista para toda a vida"- Lenine.
Isto porque o vosso engano é verem a coisa pelo mero prisma economicista.
O Estado está-se perfeitamente nas tintas em gastar dinheiro com ensino ou com o raio que o parta.
Gastam por 2 motivos:
1- Porque precisam de controlar tudo ideologicamente
2- Porque assim sabem que têm na mão um grupo profissional que vai andar atrás da cenoura e a votar em quem lhe promete mais.
Claro que a lógica do PCP/sindicato é a mesmíssima- disto não abrem mão.
Os profs. em Portugal, antes de serem profs são funcionários públicos.
E é essa lógica que comanda todas as preocupações e reivindicações da classe.
As greves são decretadas pelo partido comunista e ninguém que as decreta é professor.
Nem precisa de ser.
Eles obedecem porque são funcionários públicos.
Qualquer coisa relativa ao ensino é perfeitamente estranha nesta lógica.
Quando parece que não é (caso das greves pela avaliação da lurdinhas), capitulam, mais uma vez porque são funcionários públicos, antes de serem professores.
Portanto, parece-me que também qualquer coisinha que estragasse um pouco este status quo, seria bem-vinda.
O sindicato faz a sua função. Se eu fosse accionista de um sindicato contratava o Nogueira para o gerir, porque o gajo de facto desempenha o seu papel na perfeição. Isso não invalida que aceite o que ele defende. Nada disso.
.
O PCP não tem expressão na sociedade portuguesa. A clientela do PCP não são os profs. Longe disso. A clientela do PCP tem a ver com a história recente e concentrasse no alentejo e migrantes de lisboa oriundos do alentejo.
.
Rb
Como assim?
Tu não digas disparates.
A Fenprof é a maior fraude que existe.
Sabotam todas as verdadeiras lutas dos professores e apenas se interessam em os usar como carne para canhão para as suas sabotagens políticas.
Sempre.
E é melhor nem se falar no que sucede se algum prof precisa do sindicato para resolver uma questão jurídica.
É melhor.
Porque eu cheguei a mandar carta aberta àquelas bestas, com a desmontagem de todos os buracos legais que eles ajudavam a manter, em negociações com o governo.
Isto para lixar os profs do particular e cooperativo.
E os do Estado tramam-nos na mesma se a questão tiver mesmo a ver com ensino.
De resto, andam lá a sacar, até com aquelas vergonhosas acções de formação que também vendem ao Estado
Tu não fales do que não sabes.
Eu disse que o PCP comanda as greves e os profs obedecem pro puro barriguismo de funcionário-público.
Em parte alguma escrevi que eram os votantes do PCP.
Mas são a base de apoio do PS.
Eu tenho casos com o sindicato que são idênticos aos que também já tive com assistentes sociais.
Duas pargas sociais que deviam ser extintas.
Não tive com os pedagogos porque a esses enfiei eu tamanho barrete que dá para me rir a vida toda.
Mas são outros que também deviam ser extintos.
O caso que tive com o Sindicato também não saí vítima porque não nasci para vítima.
Mas sei como tive de tanguiar aquela tropa fandanga e vi como toda a gente que tinha lá processo os perdia.
Posso dizer bem alto- eles próprios o confirmaram- em décadas de existência da Fenprof eu fui a única pessoa que ganhou um processo em tribunal e recebeu dinheiro por isso.
Eles nem tinham papeis para eu receber a indemnização.
Porque fazem com que todos percam.
E conheço até um tipo BE que já foi militante do PCP que também foi tramado e o confirma.
O Dr. Aleln é um bom advogado- pena que trabalhe para sabotar todo o prof.
E há pior que o Allen- há por lá aqueles grunhos que se podem ver nas festas do Avante que têm mesmo nojo de prof que ande ali por qualquer problema seu e não para servir as lutas do partido.
Houve um que uma vez teve o desplante de me perguntar se eu queria que ele fosse lá, ao meu local de trabalho, com uma pistola, obrigar a darem-me a profissionalização em exercício.
Porque esses filhos-da-puta tinham negociado a lei de modo que os colégios podiam dar, a quem quisessem, mas não eram obrigados a dar e não havia regra alguma para isso.
Isto para demover qualquer pessoa a ir para o particular em vez de se enfiar na função pública.
Denunciei esta merda com artigo de lei e mandei carta aberta a toda a direcção.
E denunciei o cabrão do advogado que me disse isto.
Portanto, não venhas com historietas da carochinha para mim.
Estou longe desse mundo há muito.
Para que fique claro.
Mas eles são os mesmos de sempre.
O que impressionante é que estes fósseis não mudam.
Bem, pois, mas olha, substantivamente dou-te razão acerca dos sindicatos.
.
Mas vejamos, eles fazem a sua missão. Se alguma coisa está mal são as leis feita pelos políticos e não os sindicatos. Se se acha que eles têm poderes exagerados e desproporcionados, não podemos acusa-los a eles, mas sim a quem faz as leis que lhes dão esses poderes.
.
O Nogueira explora até ao tutano as curvas das leis. Ele sabe mais dessas manhas das leis que quem as fez. É por isso que eu acho que o homem, enquanto profissional da coisa, é um verdadeiro CEO sindical. Até me apetecia dar-lhe um prémio de eficiência. Essa virtude se aplicada em bom sentido era cá uma coisa que vou-te contar.
.
Rb
Olha aqui: as leis são feitas a meias.
É uma coisa que nunca entendi nem entenderei na vida, como é que uns pascácios que nada têm a ver com a profissão, têm poder para negociarem e redigirem leis com o governo, para esse grupo profissional.
Eu não sou contra os sindicatos. Sou contra o sindicato dos caciques do PCP que é uma porca mentira.
E também nunca fiz política com isto- tratei a coisa pessoalmente e usei-os, assim como eles usam os palermas dos outros.
E o PCP tem lá bom caracanhol meu em quotas da FENPROF.
Lembro-me que aquilo durou tanto tempo que, às tantas, já nem estava no "negócio" e precisei que a maluca da advogada preenchesse a papelada para eu receber a indemnização.
Pois não é que apenas para esta "consulta" em que a tipinha nem sabia quais eram os documentos e nem uma conta de dividar conseguia fazer por falta de calculadora e não saber trabalhar com a calculadora online, tive de pagar todas quotas em falta!
Isot é uma cambada.
E é cambada porque há gente que também só sabe funcionar pela trela e a magote.
Se não forem todos, nõ vai ninguém. E depois tramam-se.
Como se tramaram todos os meus colegas que ficaram a arder.
Mas é bem-feito. Também nunca me ajudaram nem ajudariam para meter processo.
Tratei sozinha, meti o Partido Comunista Português a trabalhar para mim e recebi eu uma pipinha dos porcos capitalistas que achavam que me burlavam
AHAHAHAHAHHA
Mas esse Nogueira nada tem a ver com sindicatos.
É até um insulto ao espírito sindical.
Devias dizer é que é um cretino que joga bem pelo partido.
Mais nada
Mas estou-me nas tintas para holismos. Eu tenho pavor a tudo o que é a magote.
A esse espírito colectivo que só vê a floresta e ignora a árvore.
Assim como tenho pavor á matilha que só enfrenta se forem muitos e estiver protegida.
Minha tribo sou eu e sempre lutei saozinha sem agit prop.
E, até agora, ainda está para nascer o comuna ou o sindicalista ou o raio que o parta de pedagogo ou seja quem for, incluindo patrão, que leve a melhor comigo.
Não leva.
É uma questão de honra.
O meu paiz dizia que nunca tinha perdido um processo em tribunal. E tratava ele de ler os códigos e se defender.
Eu faço o mesmo e já percebi que só assim é que uma pessoa não corre o risco de fazer figura de ursa.
Estou agora a resolver um problema da cria, com umas mentecaptas do registo civil que lhe trocaram o nome.
Já chamei vigária a uma que teve o desplante de dizer que "a partir de agora, pela Lei da República Portuguesa, o seu nome é x"
~E com o nome inventado por ela
ahahahahaha
Isto só com a nossa função pública e mesmo nos consulados são assim- mentecaptos e impunes.
A maluca baptizou-o sem sal nem água benta. E eu telefonei e pedi para falar com a nossa vigária no estrangeiro
":O))))))))
É a Casta Susana- vigária do nosso cônsul em Havana
":O)))))))
O meu pimpolho mandou-me um mail a dizer para eu ter cuidado com a Casta Susana, Vigária do Cònsul, porque ela é danda para baptismos e ainda me muda o nome também.
Em vez de zazie no metro, ainda passo a zezinha de carro eléctrico
eheheheheheh
Enviar um comentário