05 julho 2013

ministros veem-se gregos

O ex-ministro das Finanças, com o apoio do primeiro-ministro, era praticamente o único membro do governo verdadeiramente empenhado em reduzir a despesa pública em 4700 milhões de euros. A mobilidade especial na função pública, a nova lei do trabalho, o novo sistema remuneratório, o corte nos suplementos salariais, as rescisões amigáveis e os despedimentos no Estado são algumas matérias que levantam muitas objecções no governo. E mais ainda as mexidas previstas no regime de pensões do Estado. Neste domínio, para além da linha vermelha de Paulo Portas à chamada TSU dos reformados, que obrigou o governo a horas extraordinárias e a demarches múltiplas para a troika aceitar a sua substituição por outros cortes equivalentes na despesa pública, o que arrepia muitos ministros, do PSD e do CDS, é a convergência entre os regimes da Caixa Geral de Aposentações e a Segurança Social. A esperança de muitos governantes é que a medida, que implica cortes nas pensões dos actuais reformados do Estado, seja chumbada pelo Tribunal Constitucional na altura própria.

Ionline

Comentário: Os membros do governo que não aceitam cortes na despesa do Estado devem sair, para que não nos vejamos todos gregos.

2 comentários:

Vivendi disse...

A via participativa

Medina Carreira com toda a razão afirma que o estado não pode gastar mais do que 70 mil milhões de euros...

Como não existe capacidade política para resolver o problema porque não passar a responsabilidade diretamente para os eleitores contribuintes?


Referendo:

Como deve ser feito o corte da despesa para colocar a despesa do estado nos 70 mil milhões?

Opção A) - a escolha seletiva

eliminar postos de trabalho no estado
encerramentos de serviços do estado e empresas do estado
ajustar os valores pensão em função da real contribuição de cada pensionista
eliminar autarquias
cortar apoios sociais
... (podem ser acrescentadas mais rubricas)

(corte estimado de 15% = +-10 mil milhões)


Opção B) - a escolha comem todos por igual

diminuir salários
diminuir despesas de funcionamento de serviços do estado e empresas de estado
diminuir pensões
diminuir transferências para autarquias
diminuir apoios sociais
... (podem ser acrescentadas mais rubricas)

(corte estimado de 15% = +-10 mil milhões)

Quadros da composição da despesa aqui:

http://viriatosdaeconomia.blogspot.com/2013/07/a-via-participativa.html

Anónimo disse...

Pois é exactamente ISTO que se tem que fazer. E a opção vai ter de ser tomada. E por quem de direito, ou seja, os POLITICOS!
Claro que essa opção implica muita coisa, por ex. que tipo de sociedade queremos no futuro? Que País? Que moeda? Que modelo económico? QUE, QUE, QUE...
Mas esta é a discussão que realmente interessa, tudo o resto é ruido!...

S.Martins