05 julho 2013

ética empírica

“Analisámos a ética das preferências de género e das técnicas de escolha do sexo no contexto britânico e não encontrámos razões para prever consequências danosas nem para as futuras crianças, nem para a sociedade em geral, se estas técnicas forem disponibilizadas por razões ‘sociais’ no quadro regulamentado do nosso sector do tratamento da infertilidade”, disse Stephen Wilkinson, professor de Bioética da Universidade de Lancaster e autor principal do relatório, citado em comunicado da Universidade de Keele.

Em particular, os autores concluem que o facto de permitir a selecção do sexo dos filhos não conduziria, naquele país, a um desequilíbrio entre os sexos na população. Por outro lado, constatam que o sexismo não é inerente à escolha do sexo dos filhos – e que, mesmo isso se verifique em certos casos, não representa riscos suficientes para as futuras crianças que justifiquem a proibição da prática. E, muitas vezes, o que os pais desejam é ter filhos dos dois sexos.

Público

Comentário: Não percebo como se pode decidir sobre a ética de um determinado assunto com base em "consequências previsíveis", tanto mais que nas ciências sociais as consequências são quase sempre imprevisíveis. Os julgamentos éticos têm de ser determinados com base em princípios apriorísticos e, neste caso, escolher o sexo dos filhos não é ético porque essa escolha não respeita "a vontade de Deus".


1 comentário:

FilipeBS disse...

No que respeita à escolha dos sexos, a vontade de Deus é estocástica. Portanto é dizer: "neste caso, escolher o sexo dos filhos não é ético porque essa escolha não respeita a aleatoriedade do fenómeno".