O ponto chave é que Keynes procurou refutar os clássicos inventando que Say (um pré-austríaco na verdade) disse que a "produção cria a sua própria procura" passando a estabelecer o inverso:
- que a despesa cria o seu próprio rendimento.E a chave do problema é acabar com a ligação entre poupança e investimento. Na verdade, a poupança deixa de ser necessária, Keynes desprezava a frugalidade (como qualquer outro valor de resto, a homossexualidade era vista como uma forma superior de existência, com a bissexualidade num mais distante segundo lugar ) cristã-burguesa do aforrador, e criando a ideia que a poupança retira consumo da economia. Solução:
- que o investimento cria a sua própria poupança.
- que o procura cria a sua própria produção.
- as pessoas devem consumir o seu rendimento, para sustentar a procura agregada.Enquanto esta doutrina económica não for devidamente ridicularizada e empurrada para o caixote de lixo da história intelectual continuaremos mal. Mas tudo isto faz parte do regime do estado moderno social-democrático. Está tudo ligado. A mudança significa Mudança, e ela vai vir de uma forma ou outra.
- o crédito passa sim a ser criado pelo sistema bancário, e assume-se como variável independente (deixa de ser necessária poupança monetária e real prévia para investir).
- ao estado, fazer despesa, contribui para o milagre da multiplicação (o multiplicador).
11 comentários:
Nao sera facil
The problem of Southern Europe is a lack domestic demand, not a lack of competitiveness.
http://www.theeuropean-magazine.com/stefano-casertano--3/6825-europes-austerity-debate#6825
Nao sera facil
The problem of Southern Europe is a lack domestic demand, not a lack of competitiveness.
http://www.theeuropean-magazine.com/stefano-casertano--3/6825-europes-austerity-debate#6825
Pelo contrário. Para o lixo foram os clássicos com as aplicações de Keynes. E quando ressurgem, como é o caso dos poderes europeus da actualidade, dá nisto: a crise perpetua-se.
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E depois, caro CN, se vc fala em ciclos económicos austriacos, devia tambem referir no seu post os ciclos de Keynes onde defendia o que vc descreveu, numa situação especifica, a saber: aplica-se apenas quando as economias entram em recessão.
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Quer dizer, quando a procura baixa muito em tempos de crise, Keynes defendia politicas que substituíssem essa quebra na procura, por forma a que o desemprego não subisse e que as empresas não falissem. A história deu-lhe razão, inequivocamente.
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Mas não confunda as teorias de Keynes com as práticas de José Socrates que tem mais a ver com corrupção e compadrio do que com economia.
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É que, Keynes NÃO defendia que se substituisse a quebra na procura quando o país se encontrasse endividado. Nada disso. Ele achava que, numa economia aberta, endividada, a politica adequada era BAIXAR radicalmente impostos por forma a prover uma valvula de escape às empresas e aos particulares atulhados em dividas.
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Por outro lado, Keynes dizia que, mal a economia começasse a crescer, quando os negócios começassem a correr melhor, os governos deviam fazer o inverso. Isto é, deviam aumentar impostos e retirar todos os estimulos eventuais.
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Esta teoria é tão certa e verdadeira quanto o Bom Senso proverbial. Poupar nos tempos bons, Investir nos tempos maus, ou seguindo la Fouintain - Aforrar no Verão para Comer no Inverno.
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O Mal actual do mundo todo está centrado na Europa, especificamente no tipo de ideologia perniciosa ao crescimento que tomou conta das instituições europeias TODAS. Não se sai da crise se não se afastar esta gente do poder.
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É caso para dizer: «Vade retro Satana».
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Rb
Como é que quer que um gajo qualquer pense que deve poupar nos maus tempos para gastar nos bons tempos?
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A ideia é simples e tão lúcida que nem o facto do Mestre ser gay me insurge contra ele.
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Embora não me agrade nada a imagem de o imaginar a elaborar teorias economicas a fazer festinhas a um gajo, entre outras coisas mais, digamos, susceptíveis de nojo.
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Mas tambem lhe digo, se Keynes era rotinho rabeta, os Austriacos são Sado-Masoquistas. Não gostam de receber festinhas, nem de as proporcionar, mas agrada-lhes chicotear o pessoal, indiscriminadamente, homens e mulheres.
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Estais em crise, a sofrer, desempregados, sem esperança?
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- temos pena, é preciso que estejais nessa condição, que padeçais até o musculo se transformar em nervo; o climax atingireis na dor.
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Rb
«Mas tambem lhe digo, se Keynes era rotinho rabeta, os Austriacos são Sado-Masoquistas. Não gostam de receber festinhas, nem de as proporcionar, mas agrada-lhes chicotear o pessoal, indiscriminadamente, homens e mulheres.»
AAHHAHAHAHAHAHA
Rb
Pelo contrário, a argumentação é que a depressão seja a mais rápida possível e a história mostra que mesmo com falência de bancos, perda de depósitos, preços em queda, esta pode ser rápida (18 meses).
«...que mesmo com falência de bancos, perda de depósitos, preços em queda, esta pode ser rápida.» CN
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Pronto está bem, mas quem defende que a depressão seja rapidinha é Keynes. Os Austriacos dizem que a coisa tem que correr o seu caminho natural, sendo que o caminho natural poderá ser tudo: dificil, perigoso, longo, curto, assim-assim.
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But hei, devo confessar, às vezes imagino-me na SELVA, meio desorientado, à procura do caminho mais fácil para chegar à CUBATA.
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E deparam-se-me dois caminhos que baptizei assim:
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a) Caminho Miseano:
- É caminho curto, mas está cheios de hienas, cobras, e escorpiões; mas consigo ver a cubata lá ao fundo. Dá-me mesmo vontade de ir por lá, ainda por cima consigo enxergar a minha Jane a lavar roupa no rio, de tanga, e com um mamilo à mostra. E isso, frequentemente me faz esquecer os perigos. Nunca sei se lá chego morto, moribundo ou, pelo contrário, chego lá inteiro. Normalmente canso-me tanto que mal chego à cubata, desato a dormir.
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b) Caminho Keynesiano:
- É o preferido da minha Jane. Mais longo, mas menos cansativo. Chego lá fresquinho para ela e para brincar com as crias e ainda alombo com um GNU nas costas que flechei no percurso, já cortado aos pedaços, para alimentar bem a familia.
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Lembro-me de um dia dizer à Jane, oh Jane amanha vou pelo caminho a) para variar... Nem me deixou acabar a frase e meia histérica começou logo a criticar que escolhendo esse caminho ia ter que de dar carne de cobra aos filhotes e que isso não podia ser e que já bem bastava o facto dos primos deles terem uns mucassins com sola de casco de elefante e os dela tem solas com casco de burro e que faziam muito barulho para jogar às escondidinhas.
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Começou o relambório habitual, e ainda acrecentou que tinha era de trazer peles de nobres animais, bizonte, para as tungas da rapaziada que estavam cheios de andar com tungas de pele de boi.
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Epá, CN, um homem que é homem, não pode ouvir as mulheres quando começam com estas coisadas até porque a minha Jane é exigente demais.
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Veja lá que ela ontem virou-se para mim e disse, oh Rb tu tambem só pensas em caçar. Olha o marido da minha irmã. Fez uma cabana na falésia com vistas para o mar, e nós aqui neste buraco.
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E um gajo, com a cabeça em papas, a pensar que ela gostava muito da Impala que tinha caçado para lhe fazer uma surpresa, ouve estas coisas e, enfim, vai ter com o marido da irmã dela e diz, oh meu caralho, tens aqui uma impala que a tua mulher gosta muito; forneço-te impalas durante um ano se tu me fizeres uma cabana por cima da lagoa em estacas de madeira.
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Foi aqui que compreendi que a especialização é uma arma poderosa. O gajo fez-me uma boa cabana e eu fornecia-lhe impalas (com o tempo ele lixou-se por causa da bolha).
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Chego a casa com um pedaço de GNU, e a minha Jane vira-se para mim diz, sempre GNU sempre GNU, olha o marido da minha irmã que lhe dá impalas.
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Um gajo fica lixado, é certo, às vezes até dá vontade de esganar o marido da irmã que é um simples trolha de cabana que tem a mania de pretender ser melhor do que eu, mas caramba, afinal de contas, eu faço de sapateiro especializado em solas de burro, alfaite de tangas de pele de boi, e ainda não satisfeito meto-me a alombar impalas para a mulher dele.
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Cansado disto, fui ter com ele e disse-lhe, oh cunhado, meu palerma, tens ali uma madeira especial para fazeres uma casa maravilhosa. Indiquei-lhe o caminho a) na esperança que encontre muitas cobras, escorpiões e austriacos afins. Ele foi pelo caminha a), o Miseano, e NUNCA mais voltou.
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Rb
"Pronto está bem, mas quem defende que a depressão seja rapidinha é Keynes"
Tipo a ... "Grande" Depressão?
A grande depressão foi-se na europa em... 3 anos?
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A crise do pos guerra na europa foi-se em... 3 anos?
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A crise do subprime foi-se na europa em... [ tchuuu já vamos nos 6 anos, não diga a ninguém].
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Rb
A taxa de desemprego nos EUA caiu para minimos de QUATRO anos. Aqui:
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http://www.jornaldenegocios.pt/economia/emprego/detalhe/taxa_de_desemprego_nos_eua_cai_para_minimos_de_quatro_anos.html
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Na Europa a taxa de desemprego subiu para máximos de... 40 anos, fixando-se nos 12,1%.
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Volta Keynes, estás perdoado por alguns erros de somenos importância.
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Não, espera lá, o Caminho Natural é este. Devemos perder os empregos. Finalmente, quando os perdermos vai haver uma chusma de gente que estava a trabalhar como trolha e... converte-se milagrosamente num técnico de Nano-Tecnologia algures no futuro risonho e maravilhoso. Os pasteleiros que os liberais têm a certeza que estão a mais, converter-se-ão em massagistas especializados em massa corporal de estrangeiros turistas.
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E, cereja em cima do bolo, quem não se converter pode emigrar. A minoria que nem emigra, nem se converte, bate pivias o dia inteiro e vai para a assembleia da republica cantar o Grandola Vila Morena.
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Eis o mundo maravilhoso. Aquele mundo que ha-de vir anunciado nos Livros... austriacos.
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Rb
«na esperança que encontre muitas cobras, escorpiões e austriacos afins.»
ehehehehe
Estas histórias são uma coisa completamente louca e deliciosa
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