23 maio 2013

lei natural e a razão

A lei natural exprime o sentido moral original, que permite ao homem discernir, pela razão, o que é o "bem e o mal, a verdade e a mentira. Ela enuncia os preceitos primeiros e essenciais que regem a vida moral. E é denominada natural, não em referência à natureza dos seres irracionais, mas porque a razão que a promulga pertence como algo próprio à natureza humana. Presente no coração de cada homem e estabelecida pela razão, a lei natural é universal nos seus preceitos, e a sua autoridade se estende a todos os homens. Ela exprime a dignidade da pessoa e determina a base de seus direitos e de seus deveres fundamentais" (CIC, 1954 a 1956)

Portanto temos:

O livre arbítrio, a lei natural e a razão.

9 comentários:

Pedro Sá disse...

Bela treta. Isso tudo do direito natural é a maior fraude jurídica de todos os tempos. Não resiste à realidade.

CN disse...

Bem, aqui no caso da Igreja "lei natural" é um conceito mais amplo que "direito natural" no sentido jurídico.

Mas quanto ao direito natural, é a realidade da escassez e do livre arbítrio que faz com que o homem, cada homem tenha dignidade para prosseguir os seus próprios fins (e com as suas próprias preferências) pelos seus próprios meios escolhidos. .

Podemos resumir:

o direito positivo é uma necessidade, mas tem de se compatibilizar com o direito natural, não o contrário. Em abstracto, o direito positivo precisa do acordo voluntário da pessoa, o direito natural não.

Ricciardi disse...

Consegue o CN demonstrar que existe livre arbítrio?
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Eu não posso, mas consigo intuir que ele não existe.
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1º Acaso vc decidiu nascer?
2º Acaso decidiu mamar?
3º Acaso escolheu onde nasceu?
4º Acaso é dono do seu destino?
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Eu nem consigo perceber, neste capitulo, a própria Igreja. Desconfio que Ela própria não se percebe. Por um lado afirma que existe um Livro da Vida, onde está escrito o nosso devir. Por outro lado diz que as opções são nossas.
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Eu fico consuso com isto. Quer dizer, se a coisa está escrita, se Deus sabe de antemão aquilo que nós vamos decidir amanhã, então, porra, nós não escolhemos coisa alguma, a coisa já está prevista e escrita e nós só podemos decidir na aparência.
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Rb

CN disse...

se mudam o significado das palavras não há comunicação.

Onde é que "livre arbítrio" significa "poder de"?

Francisco disse...

Talvez ajudasse a esclarecer essa questão se CN esplicasse qual é a diferença palpável entre uma realidade onde existe livre arbítrio e outra onde não existe.

Eu posso avançar uma: num mundo onde existe livre arbítrio é impossível haver uma teoria que explique deterministicamente a acção humana (onde é que eu já li isto? :D), portanto se alguma vez tal teoria for encontrada pode-se concluir seguramente que não existe livre arbítrio. Mas se não for encontrada, que é o nosso caso, nada se pode concluir. Resumindo, esta definição de livre arbítrio, no nosso contexto, é absolutamente inútil.

CN disse...

os empiristas bem tentam encontrar mas sem sucesso.

Francisco disse...

Só para acrescentar que parece que a única possibilidade é a de que determinismo é incompatível com livre arbítrio, mas isto não é uma necessidade lógica, é só andar a brincar com os significados das palavras, 99% desta discussão é absolutamente inútil.

CN disse...

Francisco

O livre arbítrio na teologia católica parece-me (e de acordo om as citações) que é o que confere que toda a pessoa é capaz de discernir o bem e do mal e assim as suas escolhas são de sua responsabilidade, por um lado, mas por outro é também sempre capaz e digno de se salvar. E isto com carácter universal.

Portanto, é iniferente se num campo filosófico a discussão possa ter lugar, a questão é cada pessoa ser um fim em si mesmo, e não uma peça menor de algo que o transcende.

Francisco disse...

Sim, o livre arbítrio também pode ser usado como agente responsabilizador e moralizador. Talvez seja mais útil assim, apesar de desconfiar que a ausência de livre arbítrio não implique o fim da moralidade, apenas é descrita de outra forma.