08 maio 2013

a culpa

O desemprego é em muito agravado porque os salários só dificilmente caiem. Teóricos que usam uma lógica retorcida para o negar, têm culpa, dado que as condições institucionais da rigidez no trabalho é de sua autoria. Onde se concentram, claro é na "procura agregada" dita insuficiente. Ora a procura nunca é insuficiente, existe sempre procura (para bens de consumo e investimento) a um determinado preço e com uma dada estrutura de capitais (no meio de uma crise, com menos dívida).

E esta difícil questão da "culpa" deve ser analisada, ninguém pode ser culpado pela evolução social que decorre naturalmente de escolhas (não criminosas) das pessoas, mas quando uma parte faz questão em instituir mecanismos compulsórios na ordem económica aplicada a todos, as consequências são evidentemente, sua "culpa".

É uma questão de "hubris" e é muito visível na imposição de um salário mínimo nacional. Umas pessoas, apesar do assunto não lhes dizer respeito, porque não os afecta directamente, baseados numa lógica que não tem lógica, acham por bem proibir pessoas de aceitar um emprego e, na maior das vezes, micro-empresários de os oferecer. Isso tranquiliza-os, sentem-se bem, e nada os demove, nem o medo de qualquer consequência que daí saia, de exercer a força para impedir pessoas de decidir sobre a sua própria vida. Não reconhecem o problema a priori, não reconhecem os problemas, não reconhecem nada. Valorizam a sua falsa paz de consciência mais do que qualquer coisa. Não lhes mete medo que a sua opinião interfira com mecanismos da ordem social e pessoas concretas que pretendem exercer o seu próprio julgamento. Nem de perto nem de longe assumem qualquer responsabilidade. Hubris.

24 comentários:

Ricciardi disse...

Se o caro CN visitar o Bangladesh vai ver que eles seguem à risca as suas teorias.
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Rb

CN disse...

Quais teses? Muitos países não têm salários mínimos nacionais.

Existe sim uma "tese" sobre SMN sem qualquer lógica que a sustente.

zazie disse...

O salário mínimo como hubris

AHAHAHAHHAHAHAHAHAHAH

Ricciardi disse...

Oh CN, vamos ver, imagine que v.exa. era empresário da construção civil.
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A construção atravessa uma crise de vendas e o desemprego no sector anda na casa dos 60%.
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Imagine agora que se institui que deixa de existir o SMN.
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O que é que vc, como empresário iria fazer?
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É bom de ver, se existem no mercado pessoas no desemprego que aceitariam trabalhar por metade do salário mínimo, vc iria despedir aqueles que ainda tinha empregado a receber o SMN e iria ao mercado de desempregados contratar pessoal a metade do salário para substituir aqueles
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Eu fazia logo isso. Então, que impacto é que isso teria no desemprego?
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- Nenhum. Zero. Apenas substituia um empregado por um desempregado.
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Parece-me obvio.
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Já vimos portanto que o impacto no desemprego é NULO. A comprovar isso existem estudos estatisticos da OCDE que comprovam que um SMN inferior a 60% do Salario MÉDIO não afecta o desemprego.
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Agora, vc alegará que as empresas iria incorrer em menores custos de produção, já substituiam a sua mao de obra por outra mais barata. E que isso iria fazer descer os preços dos imóveis etc etc etc.
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Tem lógica, virtual.
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Porém, o que acontece na realidade é que o pessoal difilmente se submente a receber um salário que NÃO dá para pagar as suas contas. Por isso, ao contrário das suas teses, o pessoal EMIGRA para lograr obter Salários melhores.
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Os austriacos chamam a isto, e bem, mas parece que vc ignora, de BAD Deflation que num post anterior tive a oportunidade de lhe demonstrar com um link que v.exa. postou.
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Quer dizer, é uma BAD DEFLATION quando a descida de salários é superior à descida dos outros custos de contexto. E Porque?
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Porque o pessoal perde poder de compra, incorrendo a economia numa espiral deflacionista corónica extremamente prejudicial. Os Austriacos estão, pois, consciente disso, excepto o caro CN.
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Por outro lado, Keynes demonstrou bem que o Salário de alguém representa as Vendas de alguém. Se diminui salário para além do razoavel, outrém verá decrescer as suas vendas, originando mais despedimentos a prazo que vc cura fazendo o mesmo que está na origem do problema.
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Non Sense.
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Rb

CN disse...

RB

Tenho escrito sobre deflação benigna e maligna, o termo maligno não é significa que tem de ser evitado, porque faz parte do próprio processo de cura. Uso o termo para distinguir 2 efeitos estatísticos iguais, descida de preços, por motivos diferentes, um de saúde, outro por fazer parte de um processo de cura de uma crise.

Ricciardi disse...

«o termo maligno não significa que tem de ser evitado...» CN
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Ai significa significa. A cura não devém de aceitarmos a malignidade como sendo inevitável. Nada disso.
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Há que concretizar as coisas.
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Vejamos, podemos constatar que a produtividade do país é inferior à alemã. Cerca de 60% da alemã.
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O CN verá nisto uma prova em como é necessário baixar Salários para que a produtividade melhore. Lembro-lhe que o peso dos salários na estrutura de custos das empresas exportadoras(logo no país produtivo) é de, em média, 10%. Isto significa que se baixar 40% dos salários, melhoraria a produtividade do país em 4%. Se baixar 20%, melhora a produtividade em 2%.
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Ora, a competitividade seria muito pouco alterada. Bastaria uma desvalorização cambial nos países de destino das nossas exportações na ordem de 4% para anular o efeito da redução de salários de 40%. Compreende? um esforço inglório, portanto, e com efeitos devastadores para o país, como estamos a ver nos dias que correm.
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Por outro lado, as empresas exportadoras aumentaram os salários no ultimo ano, e tem uma massa salarial bem acima do SMN.
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Como explica que tendo melhorado os salários nas empresas exportadoras, estas consigam ser ainda mais competitivas?
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Vc não explica, porque não sai do modelo mental passadista onde o salário é visto não como um factor de crescimento e desenvolvimento da empresa, mas antes como uma despesa a evitar.
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É, pois, uma visão errada aquela que tem. Porquê?
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Porque a diferença IMPORTANTE na produtividade dos dois países reside em duas vertentes, a saber:
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1º Nos custos de contexto TODOS (onde se inclui tambem os Salários)
2º No Valor que se acrescenta aos nossos produtos, isto é, na InovOÇÃO, marca etc.
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Os custos de contexto podem e devem baixar. Mas os ultimos a baixarem devem ser os salários. Os salários só devem baixar quando conseguirmos baixar os preços da energia, da telecomunicações, dos impostos etc. Quando tudo isso tiver sido reduzido, então sim, os salários devem baixar em concordancia sem que as pessoas percam poder de compra, ou poder de poupança ou o que quiser chamar-lhe. Na prática, sem que percam conforto e confiança.
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Quando um governo lança uma lei, numa altura de desemprego galopante, que induz a contratação de pessoal ao preço da uva mijona, além de não lograr obter redução do desemprego, convida de imediato os empresários a investirem em negócios de merda. Negócios que só se justificam existir quando existem salários miseráveis.
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Ora bem, em suma, o que me incomoda não é propriamente que se defenda uma abaixamento de salários. Se eu fosse Irlandes tambem o defendia. O que me preocupa é que isso não serve os propósitos que anunciam. O que me incomoda é que ao invés de estarem a lutar para que os outros custos de contexto baixem, dedicam-se a atazanar os Rendimentos das pessoas. Mais grave, usam o argumento que o CN usa - A DOR. É preciso que doa para curar.
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Eu sou mais partidário da tese TRABALHO. É preciso trabalho e não dor para nos curarmos.
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Rb

Ricciardi disse...

Keynesssssss, volta meu panasquinha, encarna na Merkel e talvez passes a gostar de gajas.
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Possui a fraulein, revira-lhe os olhos, abre-lhe os olhos.
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Rb

Ricciardi disse...

Et voilá, como sou um chato porreiro deixo-lhe aqui isto:
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«Bad Deflation is born out of trifling demands. It is an economic situation characterized by reduction in the prices not due to developments in the productivities, but because of a lack of demand induced by crashing down of the stock market. In fact, Deflation becomes bad when the consumers save their money for future uncertainties, or in the expectation that prices may lower further.
Its implications and consequences:

It is the cumulative process of very little generation of demand which affects the population of a country at the time of Bad Deflation. Detection of Bad Deflation thus requires an in-depth study of the overall economic conditions of a nation and not just the price of goods.

Owing to Bad Deflation, the consumers who are the potential purchasers become unwilling to invest and buy, considering the future of their money and the country's economy. This leads to a fast fall in the prices, worsening the overall economic conditions further. Under the impact of Bad Deflation, the recessions are virtually all transformed into depressions. In reality, it is not the price fall of Bad Inflation which matters, but the serious consequences it gives birth to.»
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Rb

Unknown disse...

Fomos ao mercado, estamos ricos,,, 2014 é que vai ser,,,, yupiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...


já agora, será que ela gosta de chibata,,,, heheheheheeh

Ricciardi disse...

Et voilá, eu só queria fazer uma pergunta ao CN. Pode ser?
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Ok, vejamos, se o CN tiver a percepção de que os preços vão cair sistematicamente no futuro (deflação) o que é que faz?
- Compra aquele carro que até precisava ou espera que ele desça ainda mais de preço?
- E aquelas instalações para a fabrica nova? vai lá e adquire o mamarracho ou fica naquela de não saber bem o que fazer?
- E os seus stocks da loja de meias da qual é sócio que não se venderam no inverno? vende-os a preços violentamente mais baixos, a perder dinheiro até, com medo que os preços ainda baixem mais no futuro?
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EM suma, when people expect falling prices, they become less willing to spend, and in particular less willing to borrow. After all, when prices are falling, just sitting on cash becomes an investment with a positive real yield.
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Rb

Ricciardi disse...

Depois disto até imaginei the Austrian Snakes com bocas bico de pato e uma cartola, à la Tio Patinhas, sentado em cima de um monte de moedas de ouro à espera que os preços baixem. A cada queda nos preços, a expectativa é que outras quedas se seguirão e eles, lá, sentados, imobilizados, à espera...
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...à espera, com um lápis na orelha e a esfregar os dois dedos... e de vez em quando coçavam o nariz, grande por sinal.
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Rb

Ricciardi disse...

Eu consigo, modéstia à parte, reconhecer teorias narigudas pelo olfacto.
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When i smell a Rat, there is a Rat.
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Rb

Ricciardi disse...

E depois, tambem não me queria sentir sozinho, e lembrei-me de ir procurar aos Mestres liberais uma opinião acerca do SMN.
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E encontrei isto acerca de HAYEK:
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«In the past, conservatives accepted the need for a government-provided safety net on humanitarian grounds. Don’t take it from me, take it from Friedrich Hayek, the conservative intellectual hero, who specifically declared in “The Road to Serfdom” his support for “a comprehensive system of social insurance” to protect citizens against “the common hazards of life,” and singled out health in particular.»
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E mais isto do mesmo Mestre:
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«Friedrich A. von Hayek, ganhador de um prêmio Nobel de Economia, defende, em O caminho da servidão (1994), no capítulo sobre segurança e liberdade, proteção contra privações físicas severas e garantia de que um mínimo de meios de subsistência deve ser dado a todos.».
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Em suma, afinal de contas HAYEK não era nada contra o estabelicimento de um SMN. Os liberais portugueses andam TODOS enganados.
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Uma risota.
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Rb

Ricciardi disse...

Já o Roth snake, esse, era contra tudo o que mexesse, tivesse duas pernas, braços, dois olhos em cima e um em baixo, um cerebro.
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Pronto, esse admito que era contra o SMN. Mas esse não conta porque não pertence à espécie humana.
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Rb

zazie disse...

«Eu consigo, modéstia à parte, reconhecer teorias narigudas pelo olfacto.»

ahahahhaha

CN disse...

Como eu digo, Hubris. Pretender que se é humanitário impondo a sua opinião sobre qualquer coisa a terceiros que vão sofrer as consequências.

Muitos jovens ou outras pessoas menos afortunadas poderiam ter um emprego na sua terra, imaginemos no interior.

Como não podem, ou ficam desempregado ou têm de se deslocar para a capital.

Francisco disse...

Rb,

Das minhas "investigações" austríacas já compreendi que o Hayek é um Austríaco muito heterodoxo, imagine só que ele sempre rejeitou os axiomas a priori da praxeologia Miseana (btw, até o Rothbard admitiu que eles são extraídos empiricamente, só mesmo o Hoppe é que se mantém na cruzada do racionalismo puro).

De resto, o "Road to Serfdom" foi sem dúvida o livro liberal mais interessante que eu já li. Ainda hei de pegar nele outra vez porque estou convencido que estabelece muitas pontes com outros autores não liberais nas críticas ao absolutismo iluminista (como os alucinados da escola de Frankfurt, p. ex.). E até suspeito que podem ser encontradas críticas à defesa mais radical da propriedade privada, mas teria que ler outra vez para confirmar.


Francisco disse...

e por "críticas à defesa mais radical da propriedade privada" entenda-se críticas que o Hayek não necessariamente subscreve ou prevê, mas que estão implícitas nos argumentos do livro.

CN disse...

Francisco, Hoppe explicitamente fala da acção como o elemento que liga a realidade ao raciocinío lógico, se assim lhe quiser chamar. Quanto a Hayek não assumiu a praxeologia mas se ler os lextos de economia verá que só o raciocínio conta.

Anónimo disse...

O smn é uma forma de planeamento central, e como todas as formas centrais de controlo da vida ela acaba por perturbar as relações orgânicas que se estabelecem todos os dias e de forma infinita entre todos os agentes. Este é o argumento cientifico contra o smn. Podem ler the use of knowledge In society do hayek, que apesar de defender um estado mínimo mostrou a impossibilidade de se controlar ordens complexas tais como a economia através do planeamento central.

As pessoas não percebem os malefícios que o planeamento central causa numa sociedade porque nao conseguem observar a complexidade que é retirada à vida, mas sim os efeitos mágicos que as suas teorias que aparentam produzir, e a consciência limpa, tal como o CN afirma, apesar das consequências nefastas.

(Actualmente sou um arquitecto que recebe ligeiramente abaixo do SMS, de forma ilegal, apesar de pagar impostos, caso contrário já estaria no estrangeiro)

Francisco disse...

CN,
obrigado pela correcção relativamente ao Hayek. Como já deve ter percebido eu não estou propriamente interessado em economia, mas mais em filosofia. Mas vou tentar perceber a faceta puramente racionalista do Hayek da próxima vez que pegar nele.

Já agora, sabe se há algum conjunto de axiomas a priori alternativos à praxeologia que o Hayek vá buscar?

CN disse...

Francisco

Esrão erradamente a dar uma conotação "racionalista" com outro significado.

Repare, o que não é "racionalista" então?

Só as ciências naturais pelos vistos. Filosofia, erica, qualquer disciplna reflexiva é então "racionalista"

Mas a praxeologia apenas analisa as popriedades da acção humana e as suas restrições: bens e tempo escasso, erc, e foge a fazer o homem um ser "previsivel" ou maximizador de "utlidades".

Os empiristas é que pretendem "racionalizar" o livre arbitrio do homem.



Francisco disse...

CN,

é só uma confusão de linguagem. Por racionalista eu quero dizer alguém que acha que o conhecimento provém da razão, independentemente dos sentidos. Os austríacos são racionalistas relativemente ao modo como se obtém leis económicas. E são "ateus" relativamente à existência de leis sobre a formação de valor por cada indivíduo.

Já se percebeu que eu não estou de acordo com nenhuma destas duas posições, mas isto é uma discussão interminável, não vale a pena andar aos círculos demasiado tempo.

Mais útil que repetir os mesmos argumentos outra vez seria aprender alguma coisa de novo, e eu agora estou curioso se o Hayek tem algum conjunto de axiomas alternativos à praxeologia, ou se abandona este caminho racionalista para usar outra metodologia. No fundo, qual é a origem do raciocínio no Hayek?

CN disse...

Francisco, todos os autores ckassicos reflectem sobre economia, mesmo os que se assumem empiristas o fazem.

O que mises fez foi estrutrar porque é assim e porque nem pode deixar de ser assim.