15 abril 2013
uniformizar II
Para já está em marcha um novo ajustamento salarial no Estado que inclui não só as empresas que giram na órbita pública e que já integram as contas nacionais como uma diminuição do fosso salarial entre as carreiras especiais e gerais na função pública. Tudo para compensar os cortes impostos pelo Tribunal Constitucional (TC) a quatro normas do Orçamento do Estado (OE) para este ano.
Estão nestes casos os vencimentos dos docentes universitários (incluindo reitores, vice-reitores, professores catedráticos, professores associados com agregação, professores auxiliares e leitores), os docentes do ensino superior politécnico, os médicos, enfermeiros, polícias, incluindo Guarda Nacional Republicana (GNR), militares dos três ramos das forças armadas, juízes e pessoal dirigente, entre muitas outras.
O objectivo é diminuir o peso destes vencimentos na massa salarial global paga pelo Orçamento do Estado. “As opções podem incluir a aplicação de uma tabela salarial única”, escreveu Passos Coelho, numa carta enviada na quinta-feira ao FMI, à Comissão Europeia e ao BCE.
Ionline
PA: ... de um dia para o outro, esta população que, nos últimos anos parecia gostar tanto do Estado e dos benefícios que o Estado lhe trazia, se vai tornar uma inimiga radical do Estado.
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25 comentários:
«podem incluir a aplicação de uma tabela salarial única» Joachim
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Se assim for, isto demonstra que o governo continua desorientado e não tem noção alguma de gestão. Pior que um governo de académicos é termos um governo sem contacto com noções básicas de gestão.
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Esta decisão, a ser verdade, é a demonstração clara de que os liberais no fundo são um cambada de socialists.
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Vejamos, eu não compreendo porque é que o governo não fala ao país, claramente, e aponta os excessos na funcção publica.
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O governo tem de dizer onde tem gente a mais.
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E dizer onde tem gente a mais é tomar decisões circunstanciadas com a realidade.
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Por exemplo, se existem por hipotese cardiologistas a mais, se existem professores de história a mais, se existem cantoneiros a mais, ou arquitectos nas camaras a mais, o governo não pode resolver o assunto baixando o salário aos outros que estão a menos. Isso não tem lógica alguma.
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O governo tem de gerir. E gerir é tomar decisões economicamente racionais. Dispensar, pois, os que tem a mais ou convertê-los noutras profissoes, ou ministrar formação aos excedentários para os preparar para outras funções necessárias.
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Eu não consigo imaginar um empresário ou uma dona de casa a fazer uma politica destas.
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Se eu tenho dois jardineiros, e um deles está a mais, não baixo o salário aos dois. Nada disso. Dispenso um deles. Necessáriamente o menos empenhado.
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Da mesma forma, se existem profs de portugues a mais, ou se existem cardiologistas a mais, o governo não pode por causa disso baixar os salários aos nefrologistas ou aos policias que estão a menos.
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É de uma irracionalidade atroz.
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Como também é irracional tabelar os salários independentmente do que se pratica no mercado ou das necessidades de cada área.
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E o povo entenderia facilmente medidas que se lhes afigurassem justas. Ao bom estilo de Marcelo Caetano, é dever do governo explicar e demonstrar à população que sabe aonde tem funcionarios a mais e a menos e que se prõpoe chegar à quantidade optima num determinado prazo.
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Não percebo porque insistem numa politica cega, indiscriminada, de chicotear as pessoas. E depois admiram-se que o TC chumbe as coisas? Claro que chumba, além de irracional, o governo total falta de senso e contacto com a realidade.
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Rb
(1) Se o governo cortar no salário dos juízes, sem dúvida que passará a ter ainda mais problemas do que hoje já tem.
(2) Se o governo cortar no salário dos médicos, poderá criar-se uma grave escassez de médicos.
Ó Rb, vai uma aposta que o Governo não faz puto onde tem gente a mais e onde a tem a menos?
Mas não faz este, nem fez nenhum dos últimos. Até porque aposto que quando pergunta, obtém resposta diferente de todos os lados e dos mesmos lados!
Tinha que ser uma auditoria monumental, a passar a pente fino o Estado. Porque se forem perguntar directamente, ninguém responde nada de jeito por variados motivos.
Não acredito nem um bocadinho. O Governo sabe e muito bem que não pode baixar esses salários assim.
bump
Mas Muja, eu concordo que dá trabalho. E que é muito mais fácil socializar a coisa e distribuir o mal pelas aldeias. Mas não é correcto, nem justo, nem economicamente sustentavel.
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o governo não tem que perguntar. Tem de agir. Arregaçar as mangas e perceber que não é porque tem profs de história a mais que vai reduzir o salario dos profs de matematica.
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Se o governo centrar os seus esforços numa gestão rigorosa e justa, ninguém o vai acusar de leviandade. E mais do que tudo, transmitiria confiança às pessoas em geral, porque estas percepcionavam justeza e bom senso. E quando as pessoas percepcionam isso ganham confiança.
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É claro, se o governo diz que há FP's a mais sem cuidar de balizar ou circunstanciar a coisa, coloca toda a gente em angustia desnecessária e contraproducentemente.
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E eu penso que, neste momento, as pessoas precisam de confiança. E a confiança devem de poderem perceber o que lhes vai acontecer. Como mesmo os meritosos e empenhados e indispensaveis percepcionam que estão em risco, por causa da falta de senso do governo, a confiança geral colapsa. A confiança é a pedra angular de qualquer economia. É que, sabe, estando toda gente com medo, sem perceber exactamente o que o governo decide (pois não percepcionam justeza) coloca todo o sistema em causa. Em não sei se vai despedir 100 mil, ou se vai subir impostos a 1 milhão. Como não sei, não tenho confiança em investir. Fica-se à espera para ver onde isto vai parar. E guardam-se as ideias e as iniciativas para as aplicar noutros paises aonde se percepcionem as coisas.
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Rb
Ninguém sabe o que isto quer dizer.
Mas, se tocarem nas ditas carreiras de castas, acho muito bem.
Essa cena nas faculdades é chulanço até mais não.
Inventaram tantas castas por nome que ganham mais por cargos que a dar aulas.
Se for nisso, é em grande.
Os funcionários públicos vão deixar de trabalhar. É parte do processo de anarquização da sociedade.
PA
E a população, que não os grupos de interesse afectados, vai estar do lado do Governo quanto a estas medidas.
É a igualdade... tal como invocada pelo Tribunal Constitucional.
PA
No último livro de José Rodrigues dos Santos, Tomás Noronha, um professor de história da Universidade Nova de Lisboa, é despedido da Universidade pelo seu diretor, devido a falta de dinheiro.
Este cenário é correto: o diretor tem um orçamento limitado e tem a liberdade de despedir o pessoal que considera excedentário. O diretor escolhe então despedir um professor, não despedir outro.
Infelizmente, José Rodrigues dos Santos não tem razão: tal cenário é impossível em Portugal. Em Portugal não há diretores de universidades com orçamentos bem definidos e com liberdade para optar por despedir o seu pessoal excedentário.
Não havendo, a única hipótese que o governo tem é contrair a todos os professores universitários o salário por igual.
Mas, neste sentido o PA tem razão.
Em lhes pegando pela palavra e tornando mesmo as coisas iguais, a ver se os que vivem da igualdade não desatam aos pinotes.
Desatam e não votam porque, sempre que falam em nome dos pequeninos e da igualdade por causa dos coitadinhos públicos, é mentira.
Eles querem a "igualdade" é para manterem os seus privilégios vitalícios.
Porque, os pequeninos, com sorte nem ordenado mínimo têm- anda a recibos verdes- são "liberais" sem solidariedade sequer para os próprios e ainda têm de sustentar a dos outros.
PA- se isto for assim, é um bruto tiro nos cascos dos igualitários.
E acho bem. Só falta irem agora aos observatórios e empresas ditas privadas que vivem da mama pública.
Eu também acho bem.
Estavam mesmo a pedi-las.
PA
Isto é o mesmo que se passa em muitas empresas ditas privadas.
São todos iguais a recibos verdes, com tabela supostamente igual, sem promoções, tirando os que têm cargos.
E esses cargos a contrato, têm sempre montantes clandestinos.
Quando há crise, vá de baixarem os dos recibos verdes. Para aguentarem os milhões dos tachos dos apparatchiks
O que está em cima é igual ao que está em baico. E vice versa- foi esta mentira escardalha que destruiu Portugal e que fabricou ricos a granel sem precisarem de mais nada a não ser o encosto certo.
Pode crer, PA.
Estavam mesmo a pedi-lás.
Hpa perto de 40 anos que andam a vender uma mentira a que chamam igualdade.
E caçam votos aumentando os que dos privilégios que depois dizem que é por causa dos coitadinhos mais abaixo.
Nunca um igualitário é capaz de assumir que está é a defender privilégios e que isso nem tem preço- porque é "dinheiro público".
E sabe o que isto significa?
Significa aquilo que o José muitas vezes diz- foi pena o PCP não ter ido para o poder e destruído tudo com o igualitarismo.
Tinham provado o próprio veneno e não tínhamos estes fósseis da mentira a venderem igualdade como em mais parte nenhuma da Europa.
Isto é tarde mas o caminho é este.
Não é anarquia que se precisa nem revoluções. São reformas, por lei.
São justiças que deviam ser feitas, pague-se ou não se pague a dívida com isso.
e falta muito.
Falta irem aos intocáveis.
E podem ir- pegando na palavra do sentido de voto- mais igualdade- menos privilégios
ehehehehe
No dia em que forem iguais por igualdade imposta pelo Estado, vão descobrir que o capitalismo não é assim tão negro.
Vão descobrir que investir não é palavra maldita.
Vão deixar-se de venderem o "sucesso" na escola, sem esforço e sem preço.
Vão perceber que é contra natura essa gigantesca mentira da Constituição que diz que o progresso é chegarem todos a uma " igualdade real "
A igualdade como etapa a alcançar é sempre igualdade na miséria.
Mas, como é mentira e tem servido para castas, nunca a sentiram.
Os ideólogos da igualdade são sempre mais iguais que os outros.
Zazie,
Por isso é uma maravilha estarmos no euro. A moeda não se divide para o mal da tal "igualdade".
Uma coisa que me ensinaram ainda antes de Portugal arrebentar oficiosamente, foi que as estruturas iriam abalar principalmente os do topo, porque o pobre sempre foi pobre e já é acostumado com essa condição. Mas a estrutura de muitos dos ricos portugueses era como um castelo de cartas.
Mas oh Vivendi, a desigualdade não aumentou desde a adesão ao euro? é o que dizem as estatisticas. Os pobres mais pobres, os ricos mais ricos e a classe média em decadência.
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Como é isso?
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É que esta estória da moeda forte ou fraca não pode ser utilizada de forma ideologica. Depende do contexto.
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Olhe por exemplo, Salazar adoptou o padrão-ouro durante três meses. E abandonou-o imediatamente quando viu que a Inglaterra tambem o fizera. Não foi em extremismos ideológicos. E no caso do Salazar a ideia de valorizar o escudo era boa. Porque ele queria atrair os depositos estrangeiros para Portugal. Mas mal viu que estando no padrão-ouro teria desvantagens competitivas com o resto do mundo, não teve pejo em abandona-lo.
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É o tal bom senso que falta amiúde nos nossos intelectuais de hoje em dia. Mais do que isso, é a diferença em ter os interesses nacionais como mais importantes do que ideias internacionalistas ideológicas.
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Rb
Salazar, tudo o que fazia era para Portugal crescer.
Os políticos de agora tudo o que fazem é para destruir Portugal.
Há muitos fatores que promovem a desigualdade. Não adianta só culpar o euro.
- impostos
- burocracias
- globalização
- expansão monetária
- corrupção
- estado social
- peso do estado na economia
- ideologias fósseis (já testadas em outro lados mas ainda muito admiradas por aqui)
- o papel da igreja
- educação
Nisso tens razão, morgadinho.
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