09 abril 2013

TC em negação sobre o desemprego

O TC vive em estado de negação quanto ao desigual status de desemprego no público e privado e merece ser confrontado com um despedimento colectivo numa dimensão que o faça igual. Isto para não confrontar o TC com a descida de remuneração média no privado que se vai operando voluntariamente, incluíndo pelo penoso processo de despedimento e com sorte aceitação de novo emprego a menor salário. Isto claro, é um exemplo do falhas das elites. E tivessem os Juízes uma experiência no sector privado com um mínimo de profundidade e duvido que o seu julgamento fosse o mesmo. Não existe outra saída se não provocar um choque tão brutal (adenda: qualquer desemprego é brutal, realidade bem conhecida já por quase 1 em cada 5 pessoas) quanto a cultura da ilusão persiste. Adenda: Parque Industrial da Autoeuropa em risco de dispensar 500 trabalhadores.

15 comentários:

Ricciardi disse...

Despedir só mesmo com justa causa. No privado e no publico.
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O estado terá de encerrar serviços se quiser despedir.
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Fechar hospitais e todo o pessoal inerente. Fechar escolas, institutos, enfim, coisas concretas.
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Não pode despedir porque lhe apetece muito despedir ou porque acha horrivel haver um FP.
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Nos novos contratos de trabalho dos FP's, que são individuais, o estado já pode despedir por encerramento de uma secção de um serviço. Não precisa de encerrar um hospital, basta encerrar a secção de queimados e despedir os especialistas nesta área.
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Isto significa que o governo vai ter de começar a governar e se quiser despedir tem de saber aonde, como e porquê? e não da forma ligeira, injusta e indiscriminada como tem feito ou pretendia fazer.
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por outro lado, é engraçado, mas há uns meses diziam que tinhamos o nº de FP's maior do que a média da ocde e ue e que não podia ser uma barbaridade dessas. Hoje, que já estamos abaixo da média, que já temos menos pessoal que a media europeia, já não sabem o que argumentar mais.
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Atiram-se às médias de salários. Et voilá, veio o estudozinho e comprovou o que eu dizia há seculos, que os salários são mais elevados no publico apenas e só nas profissões MENOS qualificadas. Os outros recebem MENOS do que no privado.
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Com uma agravante de que ninguém fala. É que no privado não se declara tudo o que se recebe. Em lado algum. Os bancos por exemplo, pagam parte do salário em isenções parciais e totais de horário, que é uma forma de não fazer descontos para a SS. E tem bonus e premios que não fazem parte do salario.
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Por outro lado, é comum os trabalhadores no privado descontarem pelo SM e depois receberem cenisses para completar o salrios efectivo acordado. É ou não é?
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Comparar o rendimento real seria, pois, mais justo.
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É que, não me canso de dizer, um prof com 20 anos de trabalho ganha no estado a soberba quantia de 1260 euros liquidos por mês.
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Rb

BLUESMILE disse...

Para esta gentalha, basta despedir e pronto. Qual justa causa, qual quê...

BLUESMILE disse...

Eu bemsei onde lhes dava o choque brutal...

Vivendi disse...

CN, pode publicar este diagrama?

http://viriatosdaeconomia.blogspot.com/2013/04/licao-rapida-de-economia.html


Simples e eficaz com a opinião que bem entender.


Obrigado.

lusitânea disse...

O síndrome da "igualdade" pelos vistos ainda não tem vacina.Mas todos puderam concorrer a funcionários públicos.E houve tempos em que ganhavam pouquinho, mas era certinho.Só políticos, nomeados pela política, assessores, motoristas e respectivas amantes é que pelos vistos são poucos...

Henrique disse...

Porque será que os funcionarios publicos são sempre os culpados de tudo....., ainda há muita gente no estado a ganhar 500/600 euros mensais...e agora com 22 dias de ferias...O estado pode cortar os seus custos em muitas rubricas em que não incluem pessoas. Mas como o sensionalismo jornalistico impera fala-se sempre no mesmo.....

José Lopes da Silva disse...

Proponho ao Joaquim ou ao CN que façam um post com um resumo do mapa II do Orçamento 2013 e o link para os leitores irem consultar a versão completa.

http://dre.pt/pdf1sdip/2012/12/25201/0004200240.pdf

Anónimo disse...

Boa Vivendi esse diagrama faz o JM corar de vergonha e olha que ele faz umas coisadas muita catitas da oferta e da procura e coiso.

Well Done Rapaz

Elaites

CN disse...

Henrique


Pelo menos eu não pretendo culpar estes ou aqueles, se alguma coisa, somos todos culpados de uma forma ou outra.

muja disse...

Não pretende culpar, mas culpa.

Logo a começar quando diz que o f.p. não é contribuinte líquido.

Mas nunca o ouvi falar das empresas que vivem (viviam), em exclusivo ou em parte, dos fundos do QREN, de cuja obtenção através de projectos da treta, estava dependente o salário dos seus trabalhadores e os impostos que pagariam sobre os lucros.

Esses são contribuintes líquidos ou não?

Anónimo disse...

Lá estão vocês com a treta das médias (de nº funcionários, de salários, etc.) e esquecem a realidade.
E a realidade é que a nossa economia não produz o necessário para sustentar este "Estado".PONTO.
Portanto, doa a quem doer, há que cortar em tudo até encontrar uma plataforma de sustentabilidade e recomeçar daí.
Chama-se refundação do ESTADO. Não há volta a dar.
E se o fizermos agora, já, vamos ser competitivos dentro de algum tempo relativamente a quem na Europa não o fizer.
Porque ninguém foge ao problema, nem a Alemanha.
Ou seja, finalmente encostámos a barriga ao nosso "Muro de Berlim", e vamos ter que enfrentar a nossa "glasnot e perestoika russas", vinte e tal anos depois...

Anónimo disse...

Há ainda um outro problema. Nós estamos a pagar demasiado caro por algumas funções do Estado. Por exemplo, tentou-se equiparar os salários da Saúde, do Ensino etc. para as médias europeias, sem cuidar das fontes de financiamento. Para os sindicatos e para alguns governos passados o que era preciso era equiparar... sem cuidar de fazer um paralelo com o desempenho real da economia(PIB e paridade do poder de compra), e está aí o resultado, a bancarrota.
Isto é tão grave que nem as faculdades de economia sabem lidar com o assunto. Foram muitos anos (mais propriamente 60) a ensinar e "vender" teorias de crescimento e agora ninguém tem conhecimentos para aplicar a contração e restabelecer o funcionamento da economia...

Anónimo disse...

CN. Nãao acha que a composição do TC -um tribunal político- é já de si uma aberração?

lusitânea disse...

Sem alterarem a Lei da imigração e da Nacionalidade e de meterem travões no Estado Social que no nosso caso é INTERNACIONALISTA vão continuar no rumo da escravidão.O que temos em mão é acima de tudo um problema ideológico causado pelo gajos do tudo(entrega de tudo o que tinha preto e não era nosso) e do seu contrário(o mundo agora já pode ser um só e por nossa conta...)
As televisões não vão fazer programas aos bairros sociais multiculturais "difíceis" para o portugal profundo ver o que cá têm...

Pedro Sá disse...

Treta. Porque, ao contrário de que alguns dizem, uma lei que permita despedimentos na função pública (eles já são permitidos quanto aos trabalhadores do Estado com contrato privado) não é de todo inconstitucional.